O crepúsculo aproximava-se,
Tingindo o céu em tons avermelhados,
Depois, lentamente, partia no horizonte do poente,
Dissipando-se em um manto escuro,
As estrelas, então, surgiram no mistério noturno,
Seguidas por uma meia lua, que brilhava ao luar,
De algum lugar ouvi o uivo de um lobo,
Acompanhado pelo sussurro do vento frio,
As sombras das árvores balançavam ao meu redor,
Como se estivessem vivas,
Atenta, desembainhei minha espada,
E vi o luar percorrer o aço,
Senti o coração parar no peito,
Ao ouvir gemidos indistintos,
Então, parti com cuidado ao encontro,
O vento soprou com mais força,
Por isso, amarrei os cabelos com um grampo,
Pondo a lâmina na boca,
O sabor do aço frio me confortou,
Sete passos adiante,
Um homem atacava outro ferozmente,
Atordoada, percebi se tratar do meu namorado,
Rolando no solo entre pontapés e socos,
Em um segundo de descuido,
O inimigo lhe feriu o rosto gravemente,
Então, ataquei em seu resguardo selvagemente,
Manejando a espada com ódio incontrolado,
Arranquei a cabeça do maléfico com um golpe de aço,
Com o inimigo caído em uma poça de sangue,
Me agachei abraçando apertado o meu namorado,
Senti-o me abraçar recuperando os sentidos,
Se recostando seguro em meu peito,
Então lhe jurei amor eterno.
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