sexta-feira, 5 de maio de 2023

Malditas As Ações


Porei seus beijos no governo,

Irresponsáveis serão as noites,

Nada de buscar amor em seus olhos,

Apenas quero o sabor da sua pele,


Sorte de quem domina seus desejos,

Aliás azar, azar é o dele,

Quero mais viver cada segundo,

Ser sua até o alvorecer,


Cada um que cuide do seu próximo,

Viver intensamente isso sim dá prazer,

Então, porque o tempo passa e eu o busco?

Qual o motivo de espera-lo a cada instante,


Meu jovem coração se levanta pelo destino,

O quer,

É isso.

Você me entende?


Sinto em mim o seu sabor,

Solidão desprezível contra o nobre,

Uma mulher agarra-se ao seu abraço

E dirá sobre o sabor de sua pele,


-Querido, fica mais um pouco?

Eu não fiz isso você deve se recordar,

Talvez não por não ter querido,

Quem sabe eu não soubesse me expressar,


Você pelo menos tem meu amor para manto,

E eu aqui,

Sem saber porque o frio fere tanto?

Estar sozinha é dolorido,


Cada um contra o seu próximo,

Veja cada um tem seu governante,

Eu os seus beijos,

Você eu ainda não sei ao certo,


Tento assumir o poder sobre minha mente em ruínas,

Se soubesse você iria se exclamar!

Não há remédio ou roupa que aqueça,

Preferia tê-lo aqui comigo e agora,


Não me sinto bem em minha casa,

Tento sair na rua e percebo que nem lá fora,

Estou sozinha e agora?

Sinto medo e não tenho você por perto,


Promessas vazias e mais promessas,

O final é sempre o mesmo,

-Para você que não dou ouvidos ao que ouço!

Sim, eu me firo e é profundo,


Sei que você não se importa com isso,

O que vivemos foi pouco,

Pobre na acepção miserável do termo.

Não tente me nomear governante de mim mesma,


Já não sou responsável por mais nada,

Perdi as rédeas da minha vida,

Malditas as horas em que me virou as costas,

Pior foi o instante em que o permiti ir embora.


Minhas ações desafiam sua presença gloriosa.

Não sou digna de você,

Por favor, vá mesmo embora.

Cálido o jeito como o pecado me toma.


Sem nada a esconder,

Nem o que sinto ou o que sou agora.

Ai deles.

Que a desgraça recaia sobre o pecado,


Este pecado de deseja-lo com tanta intensidade

Mesmo sabendo que para você não sou nada,

Sentimento pobre, medíocre e fétido.

Apenas desgraça recai sobre cada uma de minhas ações,


Juntos desgraça e pecado,

Sabe-se de antemão que nada cairá bem.

Levanto meu olhar,

Ainda assim levanto,


De onde tiro minhas forças?

Ao seu beijo,

Sim, nossas lembranças,

Contudo eu procuro em meu passado,


O busco e você já não está.

Ainda assim eu o penso.

Você foi embora, e agora?

Estou viciada na ideia de tê-lo?


Que tola, enganadamente tola.

Nunca o tive,

Então, o quis algum dia?


 

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Sinto Sua Falta, Também.

 

A arrogância de desistir foi abatida,

A voz ensaiada de não quero mais vê-lo

Foi sutilmente calada,

Com a primeira mensagem de te amo,


Bem, na verdade ele apenas sumiu e reapareceu,

-Oi, meu amor.

Foi o bastante,

Me ganhou de sobressalto.


As pernas cruzadas sobre o sofá

Se dirigiram à aquele telefone correndo,

A boca que jurou nunca mais dirigir palavra

Agora buscava as letras para chama-lo,


O sorriso brilhava pelos lábios,

O rosto embasbacado,

Me via suar e procura-lo.

Sim, tudo que resisti até então por água abaixo,


Vieram com a mensagem todas as vontades contidas.

O eu te amo,

E até aquele fica comigo para sempre bem guardado.

Por causa do sentimento que veio com a mensagem,


Em razão de tudo que senti ao seu lado,

Não diria que foi devido a saudade,

Quanto a ela eu até reagi bem,

Mas, revejo agora quando olho acima da colina,


Que esperava dele uma atitude,

É como se todas as minhas emoções corressem para ele,

Sentimentos desvairados,

O dia de revê-lo!


A ansiedade me ganha por inteira,

E eu nem imaginei que isso iria acontecer,

Por nem um dia esperei o reencontro,

Mas, agora parece iminente.


-Oi, chega aqui em casa meu amor.

Se aproxima perto das oito.

Estou a espera-lo,

Envio as chaves até o seu encontro.


Após digitar e encaminhar a mensagem,

Pego uma caneta e não acho outra frase que se adeque,

“Faça do meu corpo morada para o seu pênis”.

Não deixo assinatura,


Apenas fecho o bilhete que contêm a chave,

Então, a encaminho através de um conhecido.

Ele é sigiloso e confiável,

Beijo seu rosto antes de ele sair,


E o cuido até dobrar a esquina.

Então, ele some.

Perde-se de minha vista.

Eu retorno e cuido para fechar com cuidado a porta.


Volto para o sofá e estendo as pernas.

“Que ele fique dentro de mim para sempre,

Serei sua até você transbordar,

Espero que não sufoque seu grito de prazer,


Nem que seu transbordar signifique desistir,

Que sua vontade se perca,

E que se ache toda dentro de mim.”

-Amá-lo-ei. Amá-lo-ei.


Seus beijos são quentes,

Os anteriores eram gelados,

Eles somem todos da minha mente,

Fica apenas os dele e seu calor,

-É diferente, é diferente.


Sim, Ele Teima Em Ser O Principal

 

Nos últimos dias

Aquele rosto foi considerado o principal,

Dentre tantos beijos e bocas,

A dele teimava em ressurgir,


Por um tempo desproporcional,

Parecia estar competindo em espaço,

Se elevava acima dos suspiros e juras,

Isso que de sua boca não ouvi sussurro,


Contudo, a noite, o dia... foram lindos.

E agora, todos os homens correm para ele,

O elegeram para uma espécie de exemplo,

Até cogito que ele saiba o que fazer,


Mas, não com meu cérebro,

Não com ele.

Virão muitas das pessoas e dirão:

-Oh, apaixonados!


Não, por favor, não com meu coração,

Me recuso à rótulos e caprichos.

Mas, passa tempo e horas,

E minha alma o chama,


-Venha, estou disponível agora,

Quero dizer, oh, me desculpa,

Você tem um momento para ficar comigo?

Digo, droga, me perdoa,


Estou com saudades,

Queria revê-lo!

Afasto o telefone sem esperar resposta,

É quase como se eu não quisesse ouvi-lo,


Porém, anseio por sua volta.

-Ta bom?

Ouço em voz alta,

Num final de conversa.


-Ah, sim. Está.

Concordo em tempo e medida.

Um riso solto no canto da boca,

E o telefone é desligado.


Não sei com quê concordei,

Mas, meu coração pulsa forte,

Eu quero revê-lo a certeza vai me ganhando,

Gostaria de estar com ele, é isso.


-Droga, com quê concordei agora?

Uma unha é mordida e se perde,

-Espero que não fosse eu ir encontra-lo,

Ou então um jantar a luz de velas,


Não gostaria de algo muito romântico...

Espero, também, que não dependa de providências!

Tiro outra unha,

Nenhuma faz falta.


Seus lábios é feito espadas e arados,

Abrem em mim sonhos que eu não tinha,

Sempre me considerei mais contida,

Agora me vejo até buscas alternativas,


Seus braços me recordam lanças e foices,

Me vejo buscar por eles,

Quere-los a minha volta.

É certo que um homem deve ser mais que isso,


Quase me certifico disso,

Mas, foices, lanças, espadas e arados,

Isso tudo já é um começo,

O riso deixa um dos lados da minha boca,


Apenas para toma-la por inteiro,

Me vejo feliz e sem motivo,

Me recordo que tenho algo para logo após,

Afinal eu fiz uma concordância...


Fiz ou não?

Devo retornar a ligação

Apenas para rever o desfecho da conversa?


terça-feira, 2 de maio de 2023

Quem é?


Então, você chega aos trinta e três,

Tem um ataque psicótico,

E decide não saber o que fazer,

Cai no banheiro,


Bate a porta contra parede,

Já não há ninguém para pagar,

Apenas você.

Por sorte não fica vestígios,


Marca um encontro,

Quer um segundo de prazer,

Cansaço, subúrbio, medo...

Chega o cara sem avisar,


Há segundos depois de pedir-lhe para esperar,

-Então, por quê você veio?

Alegou a pouco que não viria.

É muito mais que deixar a desejar,


É não querer vir por não ter vontade alguma,

-Medo. Por favor, vá embora!

Você me fez entender que poderia não vir,

E infelizmente eu me acostumei com a ideia.


Vá, volta para onde não deveria ter vindo.

Ele diz: você fala errado,

Eu me calo.

Olho para este que aparece e não reconheço,


Só entendo que não o quero por perto.

Ele se parece com outro ou mudou tanto?

E fosse outro, por quê viria?

Eu não convidei!


Mas, minha vontade não importa.

Vozes, vozes e vozes,

Por todos os lados pessoas decidindo,

E eu aqui a obedecer-lhe?


Ele diz, eu sou o grande cara!

Grande para quem?

Me vejo mais sozinha agora,

Seria errado se apenas o quisesse por dinheiro?


E porquê ele mereceria mais que isso?

-Que são estas pessoas no meu redor?

Eu quero muito perguntar isto a alguém

E mais que isso,


Quero muito ter a resposta.

-Por quê estão atrás de mim?

O que querem com isso?

Ele diz meu amor eu vim aqui para salvá-la,


Só quero o seu bem.

Desejo apenas protege-la!

-E seu rosto, que rosto você tem?

Ele se esquiva e diz querida não lhe convêm!


Eu toco minha cara,

Penso no quanto mudei,

Vejo todos ao meu redor e não reconheço,

Caiu minha vergonha quando caiu a cara?


-A feia, sou feia e daí?

Ele diz que me escolhe,

Mas, querido, não me dá escolha.

-Ah, querida, sou seu sempre que me convém,


O seu,

Aquele que não tem face,

Aquele que você não sabe quem é,

-Chame a qualquer um,


E eu provo logo após você transar:

Sou eu, era eu no lugar.

Mas, por quê não apareço,

Querida, desculpe a ligação está se perdendo...


Faça sexo, faça sexo, faça sexo...

Eu mando este que vem embora,

Peço desculpas por não reconhecer-lhe,

Digo: amigo, espalha esta história,


Você veio a meu convite,

Porém, te vejo e não sei quem é.

domingo, 30 de abril de 2023

Garoto de Uma Hora

 


Ouçam, céus e terra.

Pois, o Senhor de mim falou:

-Criei sentimentos para amar,

Mas, tudo que sinto se revolta.


Não, aquele de ontem não foi digno de amar,

E o de hoje, por quê será?

O coração reconhece seu dono,

A alma sabe a quem pertence,


Veja, toda a cidade sabe o que sinto,

Porém, não consigo achar aquele que merece,

Sou muito mais que isso,

Este qualquer coisa que ele me oferece.


Chega até eu e me pede juras de amor,

Após, diz ah, querida, me escreve...

Pergunto: para quê tudo isso?

Se sente o superior, o grande homem.


Não passa de um bosta,

Coisa pegajosa, noite inexistente.

Ah, coração pecador,

Porque tenta tanto convencer minha’lma?


Diante de mim está mais para malfeitor,

Diz que ama e deseja que o siga?

Ora, por favor, pense um pouco,

Este para quem se entregou o que lhe deu?


Sim, entenda você não merece este desprezo...

-A desprezada!

Tristemente intitulada.

A desprezada!


Abandonam tudo que eu sinto,

Abandonam tudo que sou.

A cada dia um nome,

A cada amanhecer um alguém que passou,


Não peno pela falta,

Penso que não queria desde antes,

Então, porra, por quê me entreguei?

Esta coisa de sentir é chata!


Esta coisa de ver que por mim não sentem nada,

Ah, isto é muito mais chato!

Olho para eles e não sinto medo do que sinto,

Porquê apenas sinto repulsa,


São desprezíveis os que não me amam,

Sim, o são para eu que não vivo de semanas.

Se quer fazer sexo porque jurar tanta coisa?

Pênis não combina com alma,


Sexo é coisa de prazer, de pele,

Porquê esta coisa de eu-te-amo-meu-amor?

-Ah, a querida grande noite!

Sim, eu a queria e você também,


Mas porra, essas suas juras estragam tudo

Logo no outro dia?

Que coisa chata para se lembrar depois!

Do coração a alma estou cansada!


Entenda, pênis esta fora de juramentos,

Você é falso e falso deve ter sido o seu orgasmo,

E isto nem me faz melhor?!

Você é feio para ser exibido,


Que porra, agora gosto de transar escondido!

Isto é coisa de adolescente ou de mulher fo-di-da!?

Vergões e ferimentos abertos,

Sim, eu não chorei hoje – obrigada,


O garanhão que secou as lágrimas não as fez cair.

Não agora,

A desculpa?

Ele está longe,


A técnica?

Esnobar para se sentir melhor,

Diz ele que gosta de me ver aos seus pés,

Ah, querida, o carro quebrou,


Não posso te atender o que senti já passou!

Tenho filho e mais o que fazer!

Cuide-se sozinha veja a sua idade,

Ora, entenda quem você é.


A terra parece um tanto devastada,

Bem, palavras não concertam,

Não entendem e não dão desculpas,

Mas, apenas para lembrar,


Eu sei esquecer tanto quanto sei odiar.

-Que cara pobre, medíocre!

Meu coração parece chorar fogo,

Agora se permite sofrer,


Que dó,

Diante de vocês,

Alma e coração,

Eu abrigo uma plantação de girassol,


Logo a lua chega e eles se fecham?

Para que tantos sacrifícios?

Queria poder não odiar,

Mas, me convém tanto o humilhar!


Uma reunião entre sentimentos,

E logo a lua muda,

Tudo ocorre durante uma semana,

Tempo o bastante para esquecer,


Estas mãos que sangram feito o sangue...

-Você me é repugnante,

Suas orações, mesmo que as faça,

Não as escutarei,


Não reúna suas desculpas,

É noite e você preferiu não estar,

Não faz falta.

-Ódio sinto por mim mesma, - que pena,


Ódio por tê-lo chamado por uma hora,

Garoto de aluguel,

Pobre idiota de motel!


quarta-feira, 26 de abril de 2023

Saudade

 

Entrei em meu jardim,

Havia uma flor caída

Que parecia que ria para mim,

Amei-a da mesma forma,


Cuidei dela tanto quanto antes,

Sentei em meu banco de madeira bruta,

Arranhei um pouco a perna,

Mas quem se importa?


Logo apareceria a lua e estaria cheia,

Minha noiva, minha linda noiva.

Comi cinco ou seis bergamotas,

E desejei que meu namorado estivesse perto,


Eu estava quase dormindo e ainda comia.

Mas meu coração sonhava acordado,

O dia já não lhe preenchia,

Apenas as flores que floriam, estas sim,


Voavam ao vento e chegavam aos meus pés,

Se pudessem sorrir,

Eu sei que sorriam para ele,

Um coração que ama é sempre belo,


Mas quando o objeto dos seus desejos não se encontra,

Talvez, mais ainda.

Pois quem é que irá duvidar dos sonhos?

Escutem!


Eu poderia ter falado,

Mas estava sozinha,

Vejam este coração batendo!

Parece até que chama pelo nome dele,


E eu não duvido,

Nem busco alternativas,

Caim lindas flores saiam de seus lugares,

Suas fragrâncias voam para tão longe,


Não se permitam ficarem estagnadas,

Meu homem ideal parece que já vem,

Ele não disse nada,

Mas eu o espero e vocês sabem.


Mesmo que eu fique com a cabeça encharcada de orvalho,

Ou se a lua excitar em brilhar,

Ainda assim eu o espero,

Há os que falam em eclipses e outros eventos,


Lá no céu há um tanto de incerto,

Porém, em meu coração não há.

Veja em meu cabelo,

Há umidade da noite passada,


Instante em que caístes e me viste acordada,

Não duvide: o amo!

Já tirei a touca rosa,

Me abriguei ao casaco


Mas me deixei o máximo reconhecível,

São tantos os dias em que o espero...

Um dia ele irá sentir saudade,

É o que promete.


Bem o vento sul toca arredio e frio,

Terei que me abrigar de novo,

Pôs a mão na abertura da jaqueta,

Tocou um envelope lacrado,


Sim, letra rasurada de quem passou noite insone,

-Querida, por favor, anote meu telefone,

Ali, ao seu alcance, finalmente,

Um número e ao final sem assinatura,


Devia ser ele,

Quem mais seria além daquele que ama?

O coração palpita mais forte por causa dele,

Levanta-se e deixa o banco onde está,


As mãos percorrem a jaqueta

E parecem que desenham-na,

A saudade chama não há como se esquivar,

O amado vale a espera,


Mas antes que pudesse chegar a casa,

Antes de discar o número e chamar por ele,

Uma luz forte se aproxima,

Logo ali rompendo a tardinha,


Será que seu amado havia partido?

O mal abate até mesmo bons corações,

Será que algum infortúnio terrível o abatera?

Bem, só podia ser ele a chegar e não má notícia,


Só podia. De-ve-ria!

Quase desmaia de medo e tristeza,

Procura-o e não o encontra,

Tinha consigo a certeza que saberia dele,


Na mais frágil aproximação, saberia,

Mas não soube.

Chama por seu nome,

É uma tênue alternativa...


Ninguém responde,

Parece que não há motorista...

Melhor, melhor dessa forma ela pensa...

Porém, não. Havia.


Há poucos passos viu que havia.

O coração que fez sentinela a esperar

Não foi capaz de prever que haveria,

Bate tanto que fere-se,


O manto da jaqueta não é capaz de aquecer,

A touca não faz diferença,

Até as flores que pareciam fazer juras fogem,

Que dirá este que se aproxima?


Que dirá ele?

Que estaria adoentada ou em amor?

De repente usaria o termo abandonada,

Ou esquecida, largada a própria sorte,

- Quem é este que chaga a olhos altivos?



Comida do Leito do Rio

E, Houve fome no rio, Os peixes Que nasceram aos montes, Sentiam fome. Masharey o galo Sofria em ver os peixes sofrerem, ...