sábado, 3 de fevereiro de 2024

Meus Seios na Sua Cara

Toda a certeza que um beijo pode dar,
Ela tinha.
O batom rasurado na boca,
O abraço confortável.
O cheiro que percorria a roupa,
A sensação de continuar a estar.

Dirá a promessa,
Com olhos fechados,
Bocas entrelaçadas,
Braços e corpos colados.
É certo
Pra sonhar acordada não precisa muita coisa.

Ele disse:
-querida, peitos grandes 
E um pouco de inteligência.
Com o coração aos saltos
E olhar em prantos
Ela podia ver que não era pedir muito 
Se entregar a alguém,
Transformar costumes,
Mudar roupas e usar um decote.

Pareceu pouco até ela chegar a janela,
Expor o colo branco e brilhoso,
E despertar da rua mil olhares.
Não, um decote não é para mulheres solitárias,
Seria?
Ser cobiçada…
Reagir com cautela para não ser emburrecida.

Mas aquele beijo não seria facilmente esquecido,
Certo que não poderia,
Frente a isso,
Melhor o decotinho.
Um salto nos pés ou uma rasteirinha?
Colocar a primeira perna fora da porta,
Depois a segunda…

Exigir, então, um vestido… curto?
Curto será o diálogo com o primeiro
Que elogiar de forma estúpida…
Dolorido será o tapa que está porvir,
Melhor caberia unhas pintadas…
Saio da janela.
Pinto as unhas…

Bem melhor. Melhor.
Será que olhares podem ser perversos?
Amedrontar, ferir, cobiçar
Ou mais que isso?
Tipo… estuprar?
Já li sobre isso.
Ferir a distância…
Um arrepio percorre a espinha,
Meus pelos eriçados mexem o vestido curto.

Puxo ele para o joelho,
Sem sucesso.
Mas o beijo nunca esquecido
Mais longe de ser esquecido ficava.
Trêmula a boca e aquecia o rosto,
E aquele roseado percorria a face,
Ah, saudade.

Está é a diferença.
A distância fere uma boca
Faz esquecer a outra?
Um beijo desses faz de uma moça livre escrava,
O decote exige.
Mas a boca que cobra
Beija tão bem.

Tome a parte suas exigências:
Belo decote e um pouco de inteligência.
Seria muito pedir sua companhia?
Estás duas coisas juntas exigem sua força,
Agora não se trata de lembrar uma boca
Ansiar por um beijo,
Preciso te-lo perto!

Liberdade para se dispor,
Escrava de tudo que sente,
Necessitar um beijo,
Do calor que faz arrepiar a pele…
Sentisse vontade de beijar antes
Ou ao menos tivesse querido estar perto de outro,
Mas antes dele,
Nenhum outro.
Como pode?
Agora exige decote!

Há nuvens em céus como os de hoje,
Seios expostos molham-se com facilidade,
Aí por Deus como controlo o tremular das pernas?
A vontade de me deixar consumir por tudo que sinto!
Decote, seios fartos a saltar da roupa…
Mamilos entumecidos ante a sua boca,
 Ansia desmedida e evidente!
Ah, molhar-me de chuva quem dera.

Volto-me a mim com cautela,
A cor fica bem em minha unha,
Modifico-me por aquele que amo,
A gargalhada faz falhar a fala,
Sem saber porque lembro tanto,
Nem o que me faz quero-lo desta forma.
Penso se seios caem fora da roupa,
Ou se sabem escapar a olhares por si próprios.
Estes meus que se virem,
Se dobrem e desdobre,
Procurem eles seus próprios jeitos,
Aí o beijo. Aí o beijo.
Preciso dele.




sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Vamos queimar, cara?

Caio de boca,
Boquiaberta neste canhão,
Ferro intenso, potente, dilacerante.
Me pega no colo,
Me põe entre suas pernas
Mete seu pau em mim valendo.

Quero estar entre suas bolas.
Caralho, que estrago!
É guerra de horas contra o tempo?
Te quero, você sabe disso.
Não vê como te olho?

Quero este pau de carne pulsante 
E nervos descontrolados aqui dentro,
Me abre,
Cara me faz sua putinha,
Você pensa que quero outra coisa?
Olha, se foi a garota inteligente!
Ficou lá atrás imaginando você na cama.

Ah, ah, ah.
Absorvo este refrigerante gelado
Entre meus lábios,
Frio e arredio a escorrer em meu corpo,
Cara mete seu pau entre minhas pernas,
Vai ser bom e eu o quero líquido!
Vamos derreter este canhão!
Transar até ficar bambo,
Cara, você é de ferro mas eu não!
Vamos foder até a alma.
Me permita a hora de ser sua putinha.

Você é safado,
Não é pra uma vida,
Te quero de hora marcada,
Cara pulsa em minhas veias,
Põe este pau em minhas mãos,
Você é ferro de foder ajoelhada,
Deixa de refrigerantes gatinho,
Vem aqui e pulsa forte até liquidar.

Carne, sangue, pulsação, dilaceração,
Você gosta de buceta fraca?
Tamanho certinho cara não se encaixa,
Pega a minha e fode até doer,
Vamos queimar cara, vamos queimar,
Vamos foder até dilacerar,
Você pretende que eu o aceite deste tamanho?
Veja-me e mete em minha vagina.

Nem pequena, nem grande,
Cara você vem de canhão a ferro e bolas quentes?
Não,aqui não trata-se de tamanho,
Aperta-se, queimar até virar chama,
Você sabe bem do que falo,
Cara você se adequa a minha cama,
Me aceita de joelhos,
Quero rezar com seu membro para sacrifício,
Veja,
Jogo fora a inteligente, a bonita, a santa.
Me faz sua putinha?
Carne intensa contra carne que pulsa,
Bate dentro de mim até derreter em chamas!


Dor, dor, dor

Chegava às vezes a admitir um elogio
Desejo, amor, sedução,
Não se confundem tanto,
Não até contemplar sua feição.
Pain, pain.

Ele simplesmente olha e diz,
Há assombro, medo ou loucura?
Não sei o que há em meu sorrir,
Entre lágrimas e alegria.

Queria ser sua água, vício e cobiça.
Este é o tipo de cara que inspira
Pain, pain, pain
Me vejo dizer para mim mesma,
Mas o autocontrole é coisa que se prática,
Me esforço pra não pirar,

Reconheço nisto algo de perversidade,
Quero toca-lo, senti-lo, ver tudo que pode,
Ir até onde for possível,
A solidão faz das mulheres bonitas idiotas,
Me vejo desnudar a alma e não encontrar nada,
Tiro a roupa, peça a peça e uma por uma,
Reproduzo uma foto,
Publico-me: a sua!

Pain, pain, pain.
Tenho estes aspectos e vícios,
Por vezes o espanto faz-me burra,
Noutras sou apenas a que ama 
Com certa profundidade no olhar, 
E a busca, a busca incessante de que falo,
E a qual ele me inspira.

Pain, pain, pain,
Me lateja a cabeça,
Me vejo pirar,
A sombra da qual ele se compunha,
Me destrói, corrói e não se sustenta,
Este sorriso e sua falta, dois lados,
Obscuros ambos.
Desejo-o em cada um de seus ângulos.
A bonita e a burra,
Com seios pequenos, empinados e embrutecidos,
Não, não sou tão esperta.

Pain, pain, pain.
Me vejo deslizar em sua busca,
Correr, me fartar de sua existência,
Dentro dele a ignorância,
Não sabe que estou a espera?
Enfermidade.
Defermidade.
Fora dele este mistério,
Imensidade,
Intensidade.
Pain, pain, pain.

Seu olhar,
Vi há dois dias, duas horas e um suspirar,
Me basto nisto,
Por hora, por hora.
Grande satisfação,
Vivo de alucinação.
Vendo-me poderia pensar:
-Ora, há nela algo de atrevida!
Me canso de ser a bonita e burra,
Quero apenas um tanto de sua companhia.
Pain, pain, pain.



quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Um Soco

Existem na estrada de pedras soltas
Duas saídas e uma sequência,
Uma saída dá para um moro,
Este moro é mais formado por pedras que terra,
Lá planta-se ainda,
E anda-se através uma espécie de escada,
Feita está de suas próprias pedras.

Mas houve um tempo que não se plantava,
E mais atrás um em que não havia a escada,
Então,estar lá era muito difícil,
E o bonito encantava menos, eu penso.
E se não fosse a escada de pedras,
Estás pedras prestariam-se a esconderijo de cobras,
E bancos para pernas cansadas.

Descansei lá por muito tempo,
Senti as folhas caírem em meus cabelos,
Me refugiei do sol e escondi-me de gente,
Aquelas pedras são especiais,
A terra é disposta de forma encantadora,
Cheira bem,
E é cheia de vida.
Cabem nela as flores.

Muitos beijos espertos e dignos de crédito,
Afirmo ter sonhado,
Recostada aquele conforto intenso e resistente,
Sobre estás pedras cabem sonhos,
É uma escada que conduz quase sem retorno,
Ora, cobras são previsíveis,
E flores não nascem em todo canto.

Aquele beijo foi inesperado,
Um sopro no ar que permanece,
Adormece o cheiro das árvores,
E reaviva todo o redor,
E também por dentro,
Sonhar com aquele beijo reaviva muito.

Todas as estradas revistas,
Percebia-se que uma não conduzia a nada,
A outra era quase perda de tempo.
A prova disso é que lá as pedras escorregam e fogem,
Fácil derrapagem para tolos,
Nem sempre me mantenho composta!
Evito-a.

Mas com muita distância,
Cautela e precaução,
Ele chega e diz: - um soco na cara é um soco na cara,
Um arrepio percorre a dorsal.
Caramba, meu irmão?!
Digo ao virar o rosto para buscar contato.
Porém, um soco de um pai ou irmão nunca é como o de um estranho!
Busco o horizonte sem dizer muito.
Por quê?
Ele sorri e eu pareço vê-lo de frente.
-Ora, minha irmã. Se o tempo passar e lhe fizer sofrer, que você se fira por si mesma não por outro. Não confunda homem por definição masculino… o soco de um pai ou irmão não é igual ao de um estranho…
Eu lembro de sorrir ao conselho.

-Seu rosto é muito grudado aos ossos.
Ele diz.
Eu levo a mão a sua perna.
Eu sei disso. Pretendo que continue.
Ele sorri.
Então recorde disso.


O Arrogante

Alguns instantes depois,
Haviam muitas marcas por dentro,
Poucas por fora,
Porém, a dor queria ser provada,

Sente-se rasgar a pele,
É como escorrer sangue,
Pior.
É um vai e vem que não dessa,
Dor.
E vontade de ver tudo terminar.

Não querer contemplar um rosto,
Desejar não sentir-se fraca,
Um ângulo desaprovado,
Apenas um fechar de olhos.

Punhos serrados e seguros entre seus dedos,
Mãos estendidas,
Ao alto.
Dor a romper o peito.
Ossos que rasgam-se…

Já não pensava em dor passageira,
Queria falar não podia,
Queria ter um alguém pra ouvi-la.
Lágrimas a cortar a face.

Tentar escoar o sangue,
Apagar marcas que existem
Mas não aparecem para o quanto doem,
É provável que,
Nesta ocasião,
Tivesse se soltado,
Soltado um tapa,
Um pum ou coisa afora…

Evitar, empurrar, desistir,
Simples não querer que queima,
Pulasse uma lágrima em seu olhar,
Visse em seus olhos compaixão ou dor,
Piedade ou carinho,
Neles já não cabiam mais nada.

Casualmente,
Mantinha os olhos escondidos,
Evitava contato,
O cara ali, desconhecido.
Assim, a convenceu de segui-lo,
Disse: vai ser bom.
Ela não soube porque bastou.

A dor rompeu a inocência de menina,
Dois braços a punham contra o chão,
Mantinham.
Desgraçado.
Ela sussurrou o nome dele em seu rosto,
Não queria respirar ou viver aquilo.

Sozinha no espelho,
Passou a unha por seu rosto,
Quis dilacerar, marcar, destruir,
Via-se e não se reconhecia,
Não podia marcar-se assim,
E simplesmente sair para fora
Com o mesmo sorriso de outrora.

Não,
Aquele rosto não se mantinha,
Desgraçado.
Era esse sim o nome dele,
A partir de agora e depois.
Chamava-se desgraçado poderia dizer,
Agora o estranho de olhos esquivos tinha nome,
Ficou tempo ali imóvel,

Escorada no espelho,
Olhando-se sem se ver,
Mil pedaços inteiros num rosto vazio,
Constroe-se do nada onde não há,
Mesmo que um dia tenha existido,
A dor, o sangue,
Vertia dor e sangue,
Como não podiam ver?

E como ela poderia ver?
Olhar-se a partir daquele instante,
Continuar o caminho de antes?
Pensativa e com passos vacilantes?
Desgraçado era sem nome,
Assim se chamava o cara de olhar arrogante.


quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Dentro

 Nua sobre plumas, penas e folhas secas,

Ela debruçava-se a esperar,
Parecia que em cada folha
Havia o sinal de seus dedos hábeis,
Cuidadosamente separando-as,
Para que a noite elas pudessem toca-lo.
Sentir suas curvas,
Provar seus contornos másculos,
Deixando-lhe um tênue brilho,
Maravilhoso cheiro de noite de bom proveito,
Ele chega a porta,
Maravilhosa visão bebida até embriagar.
Ela permanece de olhos fechados inebriada.
Depois ele sobe a cama,
Lhe toca com gentileza,
Desliza sua língua por suas sutilezas,
Lambe de sua doçura secreta.
-minha.
Sussurra alto com um silvo.
Mais para si e aos outros.
Além dela poucos crêem nisso.
Ele retorna ao seu corpo e beija-o.
Toca sua pele trêmula de desejos,
Desliza-os por sua doçura ensopada.
Um gemido escapa aos ouvidos,
Ele a move,
Deixa em posição de frente para ele,
Então, a contempla com olhar languido,
Ama-a mais e de imediato.
Os olhos dela mantém -se abertos.
-Por cada um dos deus,
Será que sonho?
 Ela diz enquanto lhe toca com as duas mãos.
-Um Deus para um mundo todo é tanto,
Mas um feito só para eu, mereço?
Ele sorri,
Sedento, honrado e satisfeito.
Beija o colo de seus seios e pescoço.
-tenha a cada dia o melhor dos sonhos.
Então, deita-se sobre ela e fica.
Ela toca seu membro ereto, sedento e turgido.
Leva, em seguida, os dedos até sua boca.
-que você fique comigo!
Lambe os dedos.
Suga-os.
Ele não sai de dentro dela.

Gosto

 


-Hum, qual é o seu gosto?

Ela indaga por trás,
Com uma mão sobre o ombro dele,
Conhece seu rosto,
Mas, por ora deseja mais.
Ele está com um joelho dobrado,
Amarra o cadarço de um dos calçados,
-Não se eleve 
Meu maior desejo era te ver a altura.
Ela diz dando um passo.
Põe-se a frente dele.
Eleva o vestido,
Retira-o, sem perdão.
Único movimento.
Não espera aceitação.
O quer.
Demonstra e o pede.
Ele brinda-lhe um sorriso surpresa,
Em susto,
Fica e olha.
Mãos ainda sobre o calçado.
-Há suor em seu rosto.
Com um movimento ela seca sua testa.
Passa suavemente seus dedos nela.
Recosta-se em sua boca.
-precisa de ajuda?
Ela sorri e seu olhar brilha,
O sol toca intenso sua pele,
Seu corpo arde,
E o desejo inflama.
-Voce ficaria ótimo de joelhos!
Ela se joga sobre ele, intensa.
Põe suas duas mãos sobre seus ombros
E o dobra até seus pés,
Até sua altura,
Recostado acaricia seus cabelos suados,
Sente-o intenso de encontro.
Leva os dedos trêmulos em seu membro,
Contornando seu esturpor de ferro,
Sentindo-o com urgência e necessidade,
-Como se o amor durasse para sempre!
Ela diz ao se agachar até seu ouvido.
-Se eu lhe contasse você ainda me amaria?
Ele responde surrando sua pele com a língua.
Empurra-a e arranca sua calcinha,
Com um movimento seguro,
Sem feri-la ou marcar.
Fica de joelhos com as mãos em seus quadris.
Seu membro quente pulsa intenso.
Um sentimento férreo o ganha,
E percorre por todo o corpo,
E a toma.

A Plantação de Pêra e Maracujá

Os pais de Pitelmario Fizeram uma linda plantação, Araram o campo, Jogaram adubo, Molharam a terra, Então, plantaram pêras...