Queria mesmo é que a vida tivesse manual de instrução,
Mas será que eu teria lido?
Na rapidez do dia a dia que tempo eu me disponibilizaria?
As vezes, me sinto insatisfeita,
Parece que os resultados estão fora do previsto,
Então, eu paro e penso:
E se eu tivesse feito diferente,
Quais dos meus resultados seriam ausentes?
Passamos a vida vivendo apenas,
Esquecemos que existe um tempo
Em que se para tudo e olha para trás,
Neste momento, é porque nos arrependemos,
Pouco resta a fazer diante do que está feito,
Sempre há tempo de um pedido de desculpas,
Mas nem todas as pessoas estão abertas a perdoar,
E se não estiverem?
Perdão não vem por obrigação!
Há sempre um discurso em oposição,
Que diz que o melhor é esquecer,
Apagar os erros e seguir em frente,
Mas, nem sempre é possível desculpar,
Por vezes, os erros são frequentes,
Ou mesmo de proporção gigantesca,
Se perdoa apenas porquê se deve?
Ah, então é melhor desculpar mas não esquecer,
Estar sempre preparado para o que vier,
Existe relação onde não há confiança?
Se uma aliança se quebra se derrete e dela faz outra,
Outro dedo, outra pessoa? Tudo é substituível?
Somente é fruível enquanto nos sirva?
Mas então perdoa, mas desfaz a amizade,
Não guarda rancor,
E ainda se compadece com a dor do semelhante,
Porém, a amizade deixa de ser a mesma,
E quando se está perto não recorda outra coisa,
Isso, que uns chamam perdão que nome tem?
Fazer como se faz até enquanto convém?
Fazer o esperado enquanto é aguardado,
E no escuro do quarto o que se vê?
Qual é a imagem que reflete no espelho,
Pouco antes de a luz ser apagada?
Você ainda ousa olhar para você mesmo,
Quando está despido de suas roupas,
De sorriso desfeito sem precisar fingir nada?
Puxa o cobertor para o lado,
Arruma o travesseiro...
Há alguém que queira chamar nessa hora?
Ou você prefere estar sozinho,
Ora, mas no escuro o que você veria?
Logo que fecha os seus olhos o que há?
O que guarda consigo e não conta?
Há algum sonho que lhe traga paz?
De olhos fechados o que lhe sobra
De todo o tempo que gasta no seu dia-a-dia?
Há algo que valha a pena para lhe fazer companhia,
Um alguém que você queira,
Mesmo que seja por uma hora...
Do seu tempo, quanto tempo há?
Para você, para/com essa pessoa?
Por quanto tempo você pensa antes de sonhar?
Qual é a paz que te abraça quando vai se deitar?
Que medos te impedem?
O que lhe prende nisto que você chama: viver?
Eu queria encerrar com ao menos uma resposta mas ela não vem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário