Acordo no escuro da noite,
Movo a mão para o lado,
Tento chamar um nome,
Não há ninguém aqui comigo,
Busco o relógio confirmo a hora,
São 4:30 da madrugada,
Penso em buscar o celular,
Digitar uma mensagem rápida:
Ora, querido amor, não tarda!
A distância que nos separa
Chama-se saudade,
Com um S maiúsculo e sinuoso,
Aqui ele estende-se e toma forma,
Desprende-se numa estrada tortinha,
Que te conduz até onde estou;
Conforme os seus entornos há curvas,
Algumas pedras soltas,
Mas insista coração, e estarei a sua espera,
Logo ali, no final dela,
Depois do S, há o A,
Ah, de um suspiro que não se evita,
Da alegria de tê-lo em minha vista,
Composta por uma estrela em metades,
Veja meu amor o A: inicial do seu nome,
Soma-se A com A, assim tenho uma estrela,
Que longe de ti me guia a sonhar,
Permanece lá no céu como se a te buscar,
As vezes, acredito que ela segue o meu olhar,
Pois, aonde você esta ela o procura,
Perto de ti, a sinto em seu abraço,
Deitada em seu corpo posso vê-la,
A formar-se das nossas iniciais e tão próxima,
Acaba-se a busca, encerra-se a espera,
Aqui está você meu amor: Ah, que delícia!
Então, vem o U logo em seguida,
Formado por duas linhas iguais,
Acho que ele ri de nós, meu amor,
Abrigada a ti como gosto de estar,
Você é um pouco maior,
Mas ele forma-se dos nossos corpos,
Passa-se este instante vem o D,
Ele me eleva lá nos céus como você,
Junto minha mão a sua e cruzo nossos dedos,
Poderia fazer uma oração mas não precisa,
Tudo que eu quero esta comigo!
Fecho os olhos e digo: Deus, obrigada!
Dos nossos carinhos retorna o A,
Doce sempre mesmo quando só recorda:
Um Ah solto, e meu suspiro incontido te busca,
Então, o D, cá estamos de novo eu e você,
Amor, não quero negar mas é difícil conviver,
Seu sobrenome me vem a boca,
Não tenho como negar o orgulho de ser sua,
E, bem: Ah?, o E?!
Meu amor, eu sinto saudades e agora?
Meu querido amor, porque tarda a voltar?
São quase cinco horas perdi o sono,
Te busco a minha volta e cá estas,
Mas, este amor me amedronta,
Querido me perdoa eu sei que fujo de nós,
Sou sua e tão pequena,
Abraço o travesseiro e o chamo!
Seu nome grita saudade, eu obedeço.
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