Que grande inutilidade,
Guardei o batom com o qual o beijei,
Não o vi nem toquei sua face,
Porém, o batom guardei!
As palavras da jura de amor
Diziam: te verei, não te esquecerei.
Hoje abro e fecho o batom,
Levo-o a boca e sinto seu cheiro,
Queria mesmo sentir seu gosto,
Contudo, a coragem me foge aos olhos,
Queria vê-lo,
Nada mais que isso,
Se pensamentos tivessem poderes,
Se ele pudesse se voltar
E querer me ver apenas uma outra vez,
O que eu ganho com tantas lembranças,
De quê me adianta guardar tudo com carinho?
Vejo o papel do doce guardado,
Até a estrela que vi naquela noite
Ainda parece brilhar da mesma forma,
Todavia, se encontra mais perto agora,
Não foi aqui que o beijei,
Mas ela está tão próxima,
Parece ter se movido,
Mas, não duvidaria que,
Se eu estivesse em mesma hora e lugar,
Eu a veria, como se nunca tivesse saído,
Que há com ela?
Será que me busca por sentir sua falta?
Horas vem e horas se vão,
Mas seu beijo permanece para sempre,
Mesmo reflexo é tão cheio de emoção,
Até o espelho o nota em minha pele,
É como se seu calor ainda estivesse aqui,
O sol se levanta e o sol se põe,
Depressa retorna para onde iniciou,
Não torno a fazer o caminho que fazia antes,
Sinto medo de descobrir que você mudou o trajeto,
Bem, é sabido que conversas andam,
Você sabe, notícias sempre chegam,
Não significa que você seja a primeira conversa
Nem ao menos que é a última,
Mas, você atendeu o telefone uma vez,
Bem, você errou a colocação da frase,
Acho que a resposta dela ao telefone foi não...
Me perdoa, mas chorei, senti dor,
Como pode não reconhecer seu valor?
Seu adeus que não foi falado não me foi ouvido,
Embora, eu não o busque, eu te guardo,
Espero que não se importe com isso,
Nada faz sentido!
O que um coração ganha com tanto trabalho,
Será que eu ganharia mais se o esquecesse
E apenas perambulasse como anda o sol?
O vento que vem do sul hoje está para o norte,
Me desculpa se estou com a janela aberta,
Você fala num tom alto o bastante,
Daqui eu posso ouvir cada palavra sua,
Me perdoa se descordo com cada resposta evasiva que você
ganha?
Me desculpa, se acho errado que você não seja entendido,
Entenda, o que não dói em você me sangra,
Bem, já estou com dor no ouvido...
-Ela, se recusou a vê-lo, como pôde?
Por Deus, eu nunca teria forças o bastante!
Por favor, não queria me procurar agora,
-Eu não disse que te Amo!
Desculpa se aquela hora bati a porta,
Me perdoa se você olhou para fora sem vazão,
Eu não tenho única desculpa para dar até agora,
Mas não, meu bem, eu não entendo porque aquela disse não...
“Era desespero aquilo que vi naquela hora?”
Foi desespero o que enxerguei no seu olhar,
Por favor, não queira me ver agora,
Me perdoa, se absorvi todo o seu cheiro como se fosse morrer
naquela hora?
Me desculpa, se ainda o guardo comigo,
Se até então não absorvi outro ar?
Você não sabia o que fazer na frente das pessoas,
Parecia que estava todo mundo olhando?
E então, meu amor, como você está agora,
Da que eu era eu não mudei muito,
Não pense que estou triste se você vive dos meus sonhos,
Mas, deste não que você recebeu eu não entendi o após.
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