O que os espera,
Acorda-se, pensa estar tudo bem,
Uma mulher afirma ser mãe de família,
Filhinhos bem ensinados,
Chama e pede assistência,
Eu decaio, penso em que me afirmo,
Te amo, você entende e sabe disso,
Gosto da ideia de ter você,
Bem, sabe, apenas me firmo nisso,
O mais nem foi conquista foi por querer,
Você vem armado à duas mãos,
Joga na cara que faz o que convêm,
Indaga tudo que conquistei até então,
Jura que me ama, jura?
Não diz não ou sim, também,
Te jogo algo sujo na cara,
Você vê e pensa se entende,
Eu imagino se sei o que você quer,
Você pensa que sobre mim sabe muito bem,
Desfaz minha fisionomia,
Não se importa em destruir meu dia,
Tenta desfazer o nome que tenho,
Assim como o sorriso que decai em cada palavra,
Lhe indago se me ouve,
Você faz pela segunda vez a mesma pergunta,
Não, não se importa,
Penso se pergunto se você me vê,
Você joga o dedo contra minha cara,
Segura sua arma abaixada,
Sim, você sabe como a manter,
Empurro-o, não te sustento,
Se me amasse ao menos um pouco,
Veria a que sou em tudo isso,
Não, não, você não vê,
Me indaga tudo de volta outra vez,
Te jogo que sim sou pequena contra você,
Você olha para o lado e vê a importância da outra,
Mas, me diz agora aonde você está,
É ela que esta ao seu lado,
Será que a protege como você quer?
Bem, foi fácil esquecer a que fui,
Será fácil esquecer meu rosto,
Não, não me veja mais,
Lhe imploro que não dirija nenhuma palavra,
Se é sofrimento o que vê em minha cara?
Não, é o seu dedo, a sua arma e a inocência dela,
Ignore tudo o mais ao seu lado,
Não me veja, por favor, não me veja mais,
Agora vejo a notícia: morre outra, outra e outra,
Meu pai me indaga quando será minha vez,
Para isso, não tenho resposta,
A resposta que você poderia ter,
A que não foi importante - quanto gritou a minha janela?
Eu mando o palavrão,
Mando a imagem na sua cabeça,
Jogo o cheiro de tudo que ela fala,
Sim, porque há nela o hálito,
E em mim? Um dedo apontado para meu rosto,
Eu falo, ela mostra a você: o quê?
-Foda-se você com suas fragrâncias...
Flagrâncias*
Perdão o r no L,
Um rosto em lágrimas?
E o outro?
O meu é aquele que você não vê,
Minha história é a que não nota,
Veja ela é quem e você ainda existe?
Parabéns, ela teve importância,
Agora aí eu sou um número?
Sou para você e não para ela que me tem marcada,
Mas tudo certo,
Respeito não se mede pelo lamento,
Rápidinho não é sinônimo de lhe gosto...
Bem, r não se troca por l,
Não confunda seu poder com o dela,
Você acreditou que fez tudo certo,
Ela teve mais tempo para refletir o que faria,
Bem, não chamo a tudo isso planejamento...
Mas quê importa?
Hoje não lhe sou um número e a ela?
Nenhum comentário:
Postar um comentário