quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Sua Arma na Minha Cara

 


O que os espera,

Acorda-se, pensa estar tudo bem,

Uma mulher afirma ser mãe de família,

Filhinhos bem ensinados,


Chama e pede assistência,

Eu decaio, penso em que me afirmo,

Te amo, você entende e sabe disso,

Gosto da ideia de ter você,


Bem, sabe, apenas me firmo nisso,

O mais nem foi conquista foi por querer,

Você vem armado à duas mãos,

Joga na cara que faz o que convêm,


Indaga tudo que conquistei até então,

Jura que me ama, jura?

Não diz não ou sim, também,

Te jogo algo sujo na cara,


Você vê e pensa se entende,

Eu imagino se sei o que você quer,

Você pensa que sobre mim sabe muito bem,

Desfaz minha fisionomia,


Não se importa em destruir meu dia,

Tenta desfazer o nome que tenho,

Assim como o sorriso que decai em cada palavra,

Lhe indago se me ouve,


Você faz pela segunda vez a mesma pergunta,

Não, não se importa,

Penso se pergunto se você me vê,

Você joga o dedo contra minha cara,


Segura sua arma abaixada,

Sim, você sabe como a manter,

Empurro-o, não te sustento,

Se me amasse ao menos um pouco,


Veria a que sou em tudo isso,

Não, não, você não vê,

Me indaga tudo de volta outra vez,

Te jogo que sim sou pequena contra você,


Você olha para o lado e vê a importância da outra,

Mas, me diz agora aonde você está,

É ela que esta ao seu lado,

Será que a protege como você quer?


Bem, foi fácil esquecer a que fui,

Será fácil esquecer meu rosto,

Não, não me veja mais,

Lhe imploro que não dirija nenhuma palavra,


Se é sofrimento o que vê em minha cara?

Não, é o seu dedo, a sua arma e a inocência dela,

Ignore tudo o mais ao seu lado,

Não me veja, por favor, não me veja mais,


Agora vejo a notícia: morre outra, outra e outra,

Meu pai me indaga quando será minha vez,

Para isso, não tenho resposta,

A resposta que você poderia ter,


A que não foi importante - quanto gritou a minha janela?

Eu mando o palavrão,

Mando a imagem na sua cabeça,

Jogo o cheiro de tudo que ela fala,


Sim, porque há nela o hálito,

E em mim? Um dedo apontado para meu rosto,

Eu falo, ela mostra a você: o quê?

-Foda-se você com suas fragrâncias...


Flagrâncias*

Perdão o r no L,

Um rosto em lágrimas?

E o outro?


O meu é aquele que você não vê,

Minha história é a que não nota,

Veja ela é quem e você ainda existe?

Parabéns, ela teve importância,


Agora aí eu sou um número?

Sou para você e não para ela que me tem marcada,

Mas tudo certo,

Respeito não se mede pelo lamento,


Rápidinho não é sinônimo de lhe gosto...

Bem, r não se troca por l,

Não confunda seu poder com o dela,

Você acreditou que fez tudo certo,


Ela teve mais tempo para refletir o que faria,

Bem, não chamo a tudo isso planejamento...

Mas quê importa?

Hoje não lhe sou um número e a ela?


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