domingo, 14 de julho de 2024

Pois é


Eu digo: - lá lá lá,

Será que Rahat já chamou meu nome?

Lá lá lá,

Ou simplesmente veio em minha busca.


Ora, o amor te viu,

Dirigindo seu carro

E tudo bem,

Então, de repente,

Rogou por mim,

E lá lá lá,

Trouxe você aqui.


Na noite em que tudo começou,

Ele nem se chamava Rahat,

Na verdade,

Quando tudo começou

Ele me era desconhecido,

E ao se apresentar 

Eu não ouvi nome algum,

Após isso,

Não soube identificar.


Quis beija-lo apenas,

Fazia frio e ele estava bem quente,

Apaixonada 39,

Ou outro milhar número,

Sim, gostei dele e lá lá lá,

  • será que podemos passar 

Para o beijar,

Ficar a sério,

Casar?


A polícia é quem riu muito,

Nós dois sofremos juntos,

E lá lá lá,

Distância e uns sopapos,

Riu mas foi azar,

Desistiu logo de tudo que tinha em mente,

Optou por mim,

Que ótimo,

Foda, churrasco e fotos.


Como a maioria de suas apaixonadas,

Eu investi em tê-lo,

Sei lá o que fiz,

Devo ter cortado o cabelo,

Feito maquiagem,

Comprado roupa legal.

E a bebida ia e vinha.

Bom demais, e lá lá lá.


Contrário delas,

As apaixonadas 40 ou 38 ou outras,

Eu não sabia mesmo quem ele era,

Ele hora se mostrou legal hora não,

Conquistou pontos,

Perdeu de ficar calado,

E por fim lá lá lá lá.

Foi bem errado por causa das vadias.

A polícia militar trabalhou fundo,

Queriam nos ferrar,

E nós prestamos auxílio.

Foi tapa, discussões e distância.

Oh oh oh e lá lá lá lá.


A reação de todos foi falatório

E atitudes de gelar o sangue,

Suei frio e passei medo,

Mas para me aproximar não mexi único dedo,

O amor também sofre calado,

Aliás mais o amor que todo o resto,

Ele soube ser bom

Em eu não quere-lo perto.

Depois mudou.

Ganhou gelo entre os lábios,

Lábios quentes derretem facilmente,

Mas sangram e esfriam-se,

De certo ele preferiu um sorvete.

Então, voltou.


E o destino que se prendia

Nas mãos da polícia militar 

E seus comparsas

Se perdeu de vista.

Ele optou por nós,

Buscou-me,

E não me achou melhor que antes,

Dopada de remédio,

Ouvindo vozes

E sendo alvo de ódio.

Não sabia o local onde ir

Para me defender,

Não sabia quem eram,

Muito menos o porquê.


Ele sofreu mas descobriu,

Se preparou,

E me buscou,

Prestou amparo,

Reconstruiu meu psicológico,

Eu estava a loucura,

Prestes a ser internada ou presa,

“Demente.

Dê e mente!

Foda-se e esqueça,

Ignorei e morra!

Dêem e pensem,

Do contrário tudo vai para trás,

A vida, a família…

Joguetes feito cachorro louco,

Saúde de bobos,

Remédio manipulado,

Dá -me o que for seu,

Entregue-se.

Dê a sua mente,

Suas ideias,

Você não se determina,

Você se presta a peso

E ao cair adubo.

Dê garota,

Você mente…”


Foda pra burro.

De perder o couro,

O cabelo, o pelo,

De restar apenas

Um vazio profundo

E mais nada!

A ignorada,

Desolada,

E odiada.

Corações vazios

Presos a um fio de telefone,

Com suas vidas seguras em gabinete,

E dinheiro, dinheiro e dinheiro,

E lá lá lá lá.

Me fodi mesmo,

Me fodi pra caramba!

Mas há comigo um cara,

E com estes pouco até o nada.

O gabinete perdeu o teto,

Mostrou a cara,

Bando de desgraçados,

Protegidos por poder corrupto,

Dinheiro a meio sujo,

Violência e estupro.

Sobrou pouco de mim,

Recolho o que há,

Junto o que houve,

E amo.

Mas por vezes,

Você vê,

Choro, sofro e culpo.

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