Eu digo: - lá lá lá,
Será que Rahat já chamou meu nome?
Lá lá lá,
Ou simplesmente veio em minha busca.
Ora, o amor te viu,
Dirigindo seu carro
E tudo bem,
Então, de repente,
Rogou por mim,
E lá lá lá,
Trouxe você aqui.
Na noite em que tudo começou,
Ele nem se chamava Rahat,
Na verdade,
Quando tudo começou
Ele me era desconhecido,
E ao se apresentar
Eu não ouvi nome algum,
Após isso,
Não soube identificar.
Quis beija-lo apenas,
Fazia frio e ele estava bem quente,
Apaixonada 39,
Ou outro milhar número,
Sim, gostei dele e lá lá lá,
será que podemos passar
Para o beijar,
Ficar a sério,
Casar?
A polícia é quem riu muito,
Nós dois sofremos juntos,
E lá lá lá,
Distância e uns sopapos,
Riu mas foi azar,
Desistiu logo de tudo que tinha em mente,
Optou por mim,
Que ótimo,
Foda, churrasco e fotos.
Como a maioria de suas apaixonadas,
Eu investi em tê-lo,
Sei lá o que fiz,
Devo ter cortado o cabelo,
Feito maquiagem,
Comprado roupa legal.
E a bebida ia e vinha.
Bom demais, e lá lá lá.
Contrário delas,
As apaixonadas 40 ou 38 ou outras,
Eu não sabia mesmo quem ele era,
Ele hora se mostrou legal hora não,
Conquistou pontos,
Perdeu de ficar calado,
E por fim lá lá lá lá.
Foi bem errado por causa das vadias.
A polícia militar trabalhou fundo,
Queriam nos ferrar,
E nós prestamos auxílio.
Foi tapa, discussões e distância.
Oh oh oh e lá lá lá lá.
A reação de todos foi falatório
E atitudes de gelar o sangue,
Suei frio e passei medo,
Mas para me aproximar não mexi único dedo,
O amor também sofre calado,
Aliás mais o amor que todo o resto,
Ele soube ser bom
Em eu não quere-lo perto.
Depois mudou.
Ganhou gelo entre os lábios,
Lábios quentes derretem facilmente,
Mas sangram e esfriam-se,
De certo ele preferiu um sorvete.
Então, voltou.
E o destino que se prendia
Nas mãos da polícia militar
E seus comparsas
Se perdeu de vista.
Ele optou por nós,
Buscou-me,
E não me achou melhor que antes,
Dopada de remédio,
Ouvindo vozes
E sendo alvo de ódio.
Não sabia o local onde ir
Para me defender,
Não sabia quem eram,
Muito menos o porquê.
Ele sofreu mas descobriu,
Se preparou,
E me buscou,
Prestou amparo,
Reconstruiu meu psicológico,
Eu estava a loucura,
Prestes a ser internada ou presa,
“Demente.
Dê e mente!
Foda-se e esqueça,
Ignorei e morra!
Dêem e pensem,
Do contrário tudo vai para trás,
A vida, a família…
Joguetes feito cachorro louco,
Saúde de bobos,
Remédio manipulado,
Dá -me o que for seu,
Entregue-se.
Dê a sua mente,
Suas ideias,
Você não se determina,
Você se presta a peso
E ao cair adubo.
Dê garota,
Você mente…”
Foda pra burro.
De perder o couro,
O cabelo, o pelo,
De restar apenas
Um vazio profundo
E mais nada!
A ignorada,
Desolada,
E odiada.
Corações vazios
Presos a um fio de telefone,
Com suas vidas seguras em gabinete,
E dinheiro, dinheiro e dinheiro,
E lá lá lá lá.
Me fodi mesmo,
Me fodi pra caramba!
Mas há comigo um cara,
E com estes pouco até o nada.
O gabinete perdeu o teto,
Mostrou a cara,
Bando de desgraçados,
Protegidos por poder corrupto,
Dinheiro a meio sujo,
Violência e estupro.
Sobrou pouco de mim,
Recolho o que há,
Junto o que houve,
E amo.
Mas por vezes,
Você vê,
Choro, sofro e culpo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário