sábado, 27 de julho de 2024

Liberdade, liberdade

Amores novos não substituem antigos.
Ele chega,
Fala do cara que você gosta,
Você ri pra caramba,
Mas não muda nada.
Não gostar de sofrimento basta.

Odiar e não sentir nada,
Que pessoa se satisfaria?
Mas ele insiste,
Fala do cara e chama o nome,
Pega você pelos cabelos e puxa,
Pensa que tem domínio sobre você,
Apenas porquê acha que sabe:
*Sobre você;
*Sobre o que você sente;
*Sobre dar prazer;
*Sobre o receber.

Você embasbaca
E a boca saliva,
Dá vontade de sumir dali,
Estar com outro,
O outro que nem sabe de você.
O cara aproveita seu descontrole,
E faz pressão sobre sua coluna,
Dirige sua boca ao pênis dele,
O que ele quer?
Te sufocar ou morrer?!
Ódio puro reveste o prazer,
E o que estaria por vir
Foi mais fácil que estar ali,
Agora sair…
Ir para longe,
Recuperar-se,
Ninguém precisa de estúpidos com você,
Prazer, prazer, prazer,
Bate latente contra sua cara
E você recusa.

Não basta e ele tira a foto do cara
E cola acima da cama,
Na distância do seu olhar,
Será que ele pensa que você 
Pensando num cara
Poderia estar com outro ao mesmo tempo,
Desculpa mas o pênis na bunda
E vara na cara não me satisfaz nenhum pouco,
Sei lá vergonha
Ou liberdade demasiada…

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