domingo, 7 de novembro de 2021

Meu Amor É Poderoso

 


Meu amor é poderoso,

Seus braços parecem o luar ao me tocar,

Ilumina até os dias mais obscuros,

Seu olhar é feito duas estrelas na órbita,

Dão um brilho diferente ao infinito,


Meu amor é poderoso,

Seu abraçar me assegura como nunca,

Sinto que nada poderia me machucar,

As duas estrelas que brilham em seu olhar

Me trazem os melhores sonhos,


Meu amor é poderoso,

Seus olhos tem a cor da noite escura,

Se sinto medo eles me guiam às cegas,

Sua voz é segura, altiva e máscula,

Ele sabe bem como escolher as palavras,


Meu amor é poderoso,

De olhos fechados ou abertos eu tenho para onde ir,

Não preciso estar sempre certa ou ter medo de errar,

Mesmo em noite escura há sempre duas estrelas,

Feito uma mão amiga a me guiar pelo caminho,

Só que elas não estão no céu, estão em seus olhos...


Meu amor é poderoso,

Sempre próximo de onde estou para me proteger,

Sua voz é tão forte que abriria uma fenda na terra

E nela consumiria todos os meus medos,

Acredita, ela sabe escolher as melhores frases,

Na sua língua, há nela as palavras mais lindas,


Meu amor é poderoso,

Seus lábios são grossos e bem definidos,

É como um caminho a se estender ao meu dispor,

Percorro cada um deles e é sempre melhor e mais bonito,

Há sempre uma surpresa em seu beijo,

Meu Deus, como meu amor sabe fazer bem tudo que faz!


Meu amor é poderoso,

Sua voz sabe embalar meus sonhos mais belos,

Ela, também, é capaz de afastar o inseguro do sono,

Sua língua é possessiva ela me penetra no fundo,

Sinto que toca a minha alma no acontecer do beijo,

Qualquer vazio desfalece com com o seu beijar,


Meu amor é poderoso,

Sua mão se estende sobre a minha e me guia,

Ele é o de mais importante que eu tenho,

Foi com ele que aprendi a escrever família

Em cada linha do caminho em que me construo,

Seus dedos são fortes e ávidos para acariciar,


Meu amor é poderoso,

Ele gosta de ajudar a todos,

Engraçado isso, mas não vive para agradar,

Ele possui porte altivo e sabe como percorrer o destino,

O mesmo destino que escrevo nele e com ele,

Acredita, ele já foi capaz de fazer sozinho,


Meu amor é poderoso,

Ele tem seus segredos e medos e demonstra,

Mesmo que tente fugir ou escapar é muito humano,

Seu corpo é bem-feito, ele é por inteiro único e perfeito,

Ele é o equilíbrio em pessoa, sempre tão calmo,

Mas eventualmente, a voz dele fala mais alto,


Meu amor é poderoso,

Seus braços são fortes como só ele é,

Seu nariz tem o formato ideal no rosto perfeito,

Seus pés, são a linda base de tudo que eu amo,

Suas pernas são bem-definidas,

Eu movo os céus e a terra por ele ao meu lado,


Meu amor é poderoso,

Sou o melhor que posso ser em cada dia,

E não há outro motivo melhor que ele,

Nem haverá, ele é tudo que mais amo na vida,

Quanto a importância, ele a fez verdadeira,

Confesso o medo de que ele se vá,

Mas garanto, Meu amor é poderoso.


sábado, 6 de novembro de 2021

De Mãos dadas


Você pode soltar agora,

Não, não precisa mais segurar,

Eu disse, enquanto afrouxava meus dedos

Que estavam friccionados nos dele,


Estava segura de que era amada,

Não precisava mais do entrelaçar tão forte,

Podia solta-lo como quem libera o pássaro

E diverte-se mais ainda ao vê-lo retornar


Sem precisar aprisiona-lo,

Segura do que sentia e de que sou retribuída,

Ter alguém pelo que sente

E não pelo que convém ou obriga-se,


É uma felicidade difícil de explicar,

Felicidade intensa que vê-se no gesticular,

Ele podia senti-la em minha voz,

E prova-la em cada um dos meus beijos


Até mesmo no abraço que o brindei na mesma hora,

Ou no sussurro em que pedi: amor não vai embora,

Encerrado na promessa: neném, serei sempre sua,

É por você que amo e vivo a minha vida,


Eu não o amei o bastante, meu amor, nunca o farei,

Por mais que o ame a cada instante nunca será suficiente,

Eu te amo, fica comigo para sempre, quando vi sussurrei,

Quando um problema está prestes a se resolver,


Tudo muda ao nosso redor e fica mais evidente,

Meu ciúme estava ganhando a estrada,

Mas dessa vez ele não marchava na frente,

Nem fazia parte da paisagem que nos margeava,


Ficava para trás, à espreita, mas, distante de onde íamos,

Ele sorriu em silêncio, os braços na minha cintura,

Não precisava dizer uma única palavra eu as via,

Percorrendo os seus lábios fechados no sorriso tremular,


Sentia que ele temia perde-las, elas ganhavam importância,

Mas dentro da boca ele absorvia as minhas

E brincava com elas a percorrer sua língua macia,

Estava orgulhoso do que causava,


Honrado por todo o amor que eu sentia,

Suas mãos não se moviam apenas me seguravam,

Usava força o bastante para me manter com ele,

Apenas um leve apertar as mantinham no lugar,


Entrelaçadas, soltas das minhas, mas em mim,

No meu corpo e em cada parte minha,

É como se fosse impossível sentir assim,

Eu era acostumada a questionar respostas prontas,


Mas nunca esperei mais a que se seguiu:

Meu amor, eu te amo, não me solta!

Escapou da sua boca assim que ele me sorriu,

Sua voz saiu com tal intensidade que eu senti


Cada uma de suas palavras rodando no ar,

Era como se eu pudesse pegá-las,

Então percebi que havia algo maior que elas:

Sua boca, então o beijei terna e sôfrega,


Absorvendo cada uma delas dos seus lábios,

Lá havia mais que elas, existia também o sentimento,

Tão palpável que elas pararam de rodopiar

Tal como a brisa que nos tocava,


E vieram parar em mim de todas as maneiras,

Um arrepio me avisou sobre elas,

O ato de amor estava consumado,

Nada iria tirar isso de nós dois,


Algo que acontece pode não ficar preso no tempo,

Mas mantém-se nele naquele mesmo segundo,

Porém, nosso amor se perpetua em cada beijo,

Confesso ainda, as vezes, me vejo apertar seus dedos,


Daquela mesma forma intransigente de antes,

Porém, agora mais segura, vejo nós dois em sua face!


 

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Seu Beijo

 


Ele surgiu com os olhos da noite escura,

O sorriso que continha estrelas

E os lábios do néctar da flor mais pura,

Em um rosto másculo como a aurora,


Porém, seu perfil é maior que isso,

Se baseia na junção das oito maravilhas do mundo,

Ou algo parecido, seu nome não é vago,

Depois de pronunciado única vez é lembrado,


Para mim foi o maior prazer que eu poderia experimentar

Tê-lo conhecido naquela noite sem lua

Em que eu vagava sob este céu de estrelas,

Sonhando encontrar elas logo mais adiante,


Este mesmo céu em que a lua agora brilha

Foi sobre nós a única testemunha,

Pensando bem, foi mais que isso, eu diria responsável,

Agente do nosso destino a unir-nos naquela estrada,


E tudo de que eu precisava estava nele,

Mas isso nem de longe foi o que houve de melhor,

Sim, o que se seguiu ao encontro se sobressaiu em demasia,

O beijo, o beijo que guardo em minha boca ainda,


Sorri para ele com felicidade tão palpável feito a brisa,

Abracei-o como se a qualquer momento o vento pudesse mudar,

Tornando-se severo e frio feito noite tempestuosa

E sonhasse em me carregar para longe,


Onde, por mais que eu me esforçasse não o veria,

Abracei mais forte ainda quando o senti retribuir,

Meu medo tocava seu semblante e ele estremecia,

O sorriso trêmulo ficava mais bonito ainda,


Tão quente quanto a luz da aurora que acaricia,

Veja que ela nunca nasce tão quente a ponto de ferir,

Nem tão fria a ponto de passar despercebida,

Ela quando surge ilumina, assim foi ele em minha vida,


Com aqueles olhos da noite escura fazia mais do que dizia,

E o que prometia única vez: cumpria,

As estrelas que ousaram pontilhar o céu tinham o efeito do sereno,

Sentia como se tocasse nelas de uma a uma,


Dali mesmo onde estava, do abraço dele em minha cintura,

Um céu de experiência boa estava em sua boca,

Quanto mais beijava mais queria e mais sentia,

Me sentia sedenta então exigia e tomava o que podia,


A noite de estrelas serenas era tão suave que eu tremia

Sem haver frio algum apenas amor genuíno,

As montanhas que se erguiam a nossa volta eram tão altas,

Mas, dos braços dele eu via o fim delas,


Elas ficavam mais próximas a cada beijo ganho,

E distanciavam-se quando nossas bocas se desuniam,

Eu olhei para cima do seu ombro e de fato elas sumiam,

Ficavam pequenas demais diante do que eu via,


Um som gutural vinha da minha garganta,

Um gemido de amor incontido que pedia mais do que ganhava,

Era um gemido que cansava-se do meu sussurro

E queria implorar por amor até ganhar todo ele,


Um gemido que convidava a direcionar o beijo

Chamando-o para mais perto até o unir dos nossos corpos

Colados um ao outro feito única carne,

Único pulsar de dois corações que apaixonavam-se em mútuo,


-Eu te amo, me vi falar sem perceber,

- Eu também, o ouvi responder, meus olhos fecharam-se,

Não parecia haver nada mais importante que aquele instante

E vejo que ainda hoje, quinta-feira, não houve.


terça-feira, 2 de novembro de 2021

Beijo


O olhar dele brilhou um pouco mais,

Havia nele, uma suavidade ir-reconhecida,

Com a voz séria e afetuosa ele disse olá,

O sorriso que contornou seus lábios foi o mais lindo,


Pena que não chegou até eles,

Apesar do esforço ele não o sentia ainda,

O sorriso que se desenhou não tocou nele,

Era como se fosse um disfarce do que sentia por dentro,


Terno mas silencioso, quase num tom frio,

Mas seu tom de voz era imperativo não admitia negativa,

Algo na voz dele a despertou daquela inexpressividade,

Um homem com a perfeição de traços e personalidade,


Baixava a voz quase como um gancho de direita,

Algo que não se consiga escapar tão depressa,

Que atinge em cheio bem no meio da cara,

No entanto não fere ou sangra apenas toca em cheio,


Sem o efeito indesejado da carícia, apenas a fala mais nada,

Não conta com aquela proximidade exagerada,

Diz o bastante para se fazer ouvir e ser entendido,

Não possui o tom de um abraço, não ainda,


Mas algo em sua voz encaixa em cheio no que ele deseja,

Faz com que não tenha como se esquivar,

Quando se percebe foi atingida e nocauteada por ela,

É certo que um soco inesperado no rosto é estranho,


Mas não teria outro meio para identificar o efeito,

Encerra-se com um sim balbuciado ou outra coisa,

Neste caso ele esperava por um olá e ele veio,

Foi quase com um cair de joelhos mas soou bonito,


A luminosidade do sorriso dela soava a brisa fresca,

Que chega inesperada em um dia quente e refresca,

Apaga um pouco a luminosidade com uma espécie de véu,

Olhando um nos olhos do outro os lábios dele tremem


E o sorriso que os contornavam ganha outro rótulo,

Desta vez é mais que um desenho é um ato imediato,

O sorriso desce para dentro dele,

A luminosidade se embasbaca e também chega a sua boca macia e cheia,

Neste instante não exagero na frase que se segue:


“Eles se amaram à primeira vista e mais ainda após isso”,

Seus lábios em tom rubro eram quentes e sedentos,

Havia uma necessidade nele da brisa que cobria os lábios dela,

Embora ela ofuscasse seu sorriso ele precisava disso,


A língua que embebia os lábios dela sabia o que fazia,

A mordida que se seguia não tinha a intenção de enganar,

Ela o queria e não media esforços para tanto,

O beijo se fez um pouco após o primeiro passo,


Sedento e profundo,

O horizonte que se estendia prometia sonhos,

Ela entendeu isso assim que provou seu beijo

E o sol se pôs atrás das suas costas como se caísse,


Ele reclinava por trás das águas do rio que corria,

Daria para jurar que se apagava,

Pintando suas águas como se se perdesse nele,

E foi assim que aconteceu:


Eles se perderam um no outro através do beijo,

Nenhuma promessa foi feita,

Mas neste beijo molhado muito se prometeu,

Mesmo que suas vozes dissessem monossílabos,

Mesmo que só tenha havido um beijo e mais nada.


segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Seu Olhar


Seu olhar não é mais que um tremeluzir

De diversas borboletas ao redor da luz,

Fosse ela uma vela, apagar-se-ia devagar,

Não o sendo apenas via-se cercada, nada mais,


Efeito de sombra sobre o olhar de quem olha,

Um piscar de uma estrela sem o luar,

Que embora se perca não cai para se apagar,

Não um escuro de muito tempo, nada disso,


Apenas um piscar lento e dissimulado,

Daquele que conhece seu efeito sobre o rosto amado,

Que sabe o quanto é importante e único,

Onde um segundo sem seu olhar parece muito,


É um apagar em instante pequeno e frio,

Tão frio que faz com que ela tropece no chão,

Vendo seus passos congelarem-se feito o gelo,

Sem um resvalar, apenas um desnivelar,


Um perder-se de si mesma sem um esbarrão,

Um cair-se pesada demais para mudar o passo,

Incerta quanto o que fazer ou como reagir,

Quando os olhos dele se apagam os dela morrem,


Nada além de um vazio a sua frente,

É um puxar do seu tapete e ele sabe disso,

Mas finge que não por necessidade ou prazer,

É desconfiável que ele goste do efeito que provoca,


Tem sempre seus braços abertos como se a esperar,

Ela sorri, já não sente medo, quem sentiria?

Os braços dele são fortes e ela gosta dessa forma,

Mas, seus olhos porque não mantem-se sempre abertos?


Deus sabe que até o sol foge sem eles para refleti-lo,

As estrelas mudam o passo, movem-se entre si mesmas,

Efeito borboleta na barriga da menina que sonha,

Ela a ouve roncar, parece que chama, o coração padece,


Bate descompassado já sabe chamar seu nome,

O tom gélido que ele usa, a menina conhece,

Fica melhor quando ele se embasbaca com as palavras,

Deus sabe bem o quanto ele é inteligente,


A menina fica cálida entre o afeto e o orgulho,

Sente-se maior por ser dele, a mulher que ele escolhe,

Deus sabe o quanto a honra ser a que ele prefere,

O rubor que sobe a face não passa de disfarce,


Ela saboreia o efeito dele sobre ela como a abelha na flor,

Porém, dizem por aí que ela não guarda rancor ou veneno,

Difere do animalzinho, ser indefeso e pequeno,

Já disse, ao lado dele a menina é muito maior,


Alguém em que se pode depositar confiança

Aposta neste amor existente entre os dois,

Quando mais ama o homem mais ele fala,

Ela o ama e não cala, tão grande é sua intensidade,


Que o amor entre os dois é reconhecido na rua,

Comentário para a falta de assunto da cidade,

Sonho para aquele que sonhou encontrar alguém,

Realidade que existe na alma e vida dela,


Quanto a isso não pesa dúvida,

Como eu disse, o que pesa é quando seu olhar se fecha,

Coloco uma vírgula nesta frase para recuperar o fôlego,

E para ter a chance única de olhar seu rosto de novo,


Embora eu torça e muito por esses dois, eu o amo,

Bem, ela poderia pronunciar seu nome nestas linhas,

Apenas se quisesse, pois o dele ela ocultou,

Quem quiser chama-la, chame-a: eu!


 

sábado, 30 de outubro de 2021

Um Desejo Realizado

 


Fiquei me virando de um lado para o outro,

Não era questão de nervosismo mas saudade,

Procurava-o, mais forte que a marca do seu beijo,

Mais intenso que o meu acordar a murmurar seu nome,


Estou bem aqui, implorei para ouvir,

Toquei meu peito, o quis aqui como ele estava em mim,

Forte, seguro da atração que exercia,

Intenso, ciente da paixão que resistia,


Senti um puxão forte e a saudade se estilhaçou,

Caiu inerte afogada ao beijo que se iniciou,

Minha mão foi colocada ao lado da cabeça,

E um corpo se debruçou sobre o meu, másculo,


Ele exigia de mim tudo que eu prometia,

Nada além do que eu tinha para oferecer,

O suficiente para acender o amor que em nós existia,

Insuficiente para forjar algo entre a gente,


Fui abraçada e tomada por uma força estranha,

Esta força me levava a fazer coisas sem pensar,

Fiquei aliviada ao ouvir que a voz dele também o identificava,

O amor entre nós era intenso demais para se atenuar,


Um gemido de um beijo sedento acorda a madrugada,

Mais faminto que o lobo que deseja tocar a lua,

Mais lúcido que o luar quando toca a terra nua,

E brinca por entre as nuvens com as sombras que a desenha,


O ar que saia da sua boca tinha uma fragrância doce,

Ele penetrava em mim com um roçar em minha pele,

Agia feito uma carícia a embeber de mel meus lábios,

Me entregava serena e exigente em seu corpo intenso,


Seu cheiro tinha sabor de amor e eu mergulhava nele,

Seu gosto era penetrante mais que isso: viciante,

Me faz recordar a primavera quando o sol é ameno

E abraça as flores só para vê-las desabrochar,


Porém, é muito melhor que isso,

Eu toquei seu rosto com carinho e ternura,

Quis ter certeza que ele estava comigo,

Parecia uma miragem, uma criação da alma,


Sua voz provocava emoções e acordava outras,

Rememorava tudo que vivemos com mais calor,

Ele havia deixado sua marca em meu corpo suado,

Nem bem ela iniciou a se apagar e ele retorna,


Tinha mais sabor que o cheiro suave da noite de outono,

Mais bela que a estrela cadente que caia

Atrás das suas costas na altura da janela onde eu a via,

No exato instante em que eu fechava meus olhos,


Provava o sabor profundo do seu beijo

Saciava o meu desejo e fazia meu pedido: Tê-lo comigo,

Fica comigo me vi pedir dessa vez de olhos abertos,

No meio do beijo entre um roçar de lábios e outro,


Não quis esperar outro momento,

Era mais forte que eu e precisava ser dito,

Sim, o vi dizer sem acreditar mais ainda no que ouvia,

Isso até que ele selou a promessa com um selinho


Sobre os meus lábios que se fecharam, não por nada,

Queriam guardar a promessa,

Porque naquela hora o que eu diria se dispensava,

Valia mais a jura que era feita em hora perfeita,


O vi ficar em mim absorto dentro do meu amor,

Investindo no que eu sentia e queria de nós,

Na janela outra estrela cadente caia em vão,

Eu já não tinha mais o que pedir, mas a via,


Acho que ela quis sacramentar que a promessa foi ouvida,

Ou apenas se perdeu da imensidão em sua busca,

Eu porém, não buscava mais, tinha tudo que precisava.


sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Sem a Próxima

 


Eu balanço a cabeça e pisco os olhos algumas vezes,

Embora estivesse voltado de onde estava antes,

Nada ao meu redor estava no lugar certo,

Lá onde eu havia me escondido não havia nada,


Não é como estar presa em um lugar escuro,

Como se o sol estivesse sido roubado pelas sombras,

Lá havia apenas a ausência de tudo,

Senti como se a lua estivesse distante e perdida,


Enquanto o sol se punha e adormecia absorto,

As estrelas, nesta hora eram pequenas demais para brilhar,

A terra havia se movido, em seu lugar havia o vazio,

Não posso dizer que eu caia, mas que não me movia,


As forças se esvaiam dos meus punhos cerrados,

Nada para confiar ou o quê buscar,

Era maior que eu e menor que o silêncio,

Um coração estava calado, o que o traria de volta?


A lua tênue despedaçada parecia se retornar aos poucos,

Conforme fui me recuperando percebi que ela se restabelecia,

Como se de tudo que foi não restasse mais que retalhos,

Brilhava em metade e a outra se pontilhava nas horas,


Então o vi, parado como se não soubesse o que fazer,

Desejei tocá-lo, sentir suas mãos provar seus afagos,

Mas todo o esforço que fiz não foi suficiente,

Não consegui me mover nem ao menos dizer algo,


Me faltou o fôlego ele estava ou não onde parecia estar?

Parecia se mover na direção do vento,

Então, eu não importava o bastante para ele se aproximar?

Conforme minhas vistas se afirmavam ele parecia outro,


Será que não queria estar onde estava?

Sua imagem não era mais que um tremeluzir incerto,

Ao longe, num sussurro ouvia ele falar algo para alguém,

Sua voz parecia tão distante quanto uma miragem,


Engoli algumas vezes em seco e sem lágrimas,

Uma voz feminina lhe chamava a atenção, ele gostava,

Estou bem aqui, tentei dizer sem saber porque faria,

Naquela hora, eu não importava ou bastava,


Havia a possibilidade e ele gostava da aventura,

Eu já pertencia ao conquistado, sem o sabor da novidade,

Minha voz entendeu o recado se recusou a emergir,

Há pouco ele havia me beijado, agora eu perdia a tenacidade,


Cada detalhe gravado em mim,

Se algum dia alguém esquece uma traição eu não iria,

Fechei os olhos, confesso, por pouco tempo,

O bastante para ouvir tudo o que não queria,


O suficiente para ver o que meus olhos se recusaram,

Senti um pulsar um pouco mais forte e des-ritmado,

Jurei que nunca iria perdoar em caixa alta,

Assim que algo dentro de mim virou não mais que estilhaços,


Meu coração foi jogado contra uma parede fria,

Vi as poucas promessas que fiz se romperem aos pedaços,

Desejei seu abraço, apenas esta vez e não outra.

Comida do Leito do Rio

E, Houve fome no rio, Os peixes Que nasceram aos montes, Sentiam fome. Masharey o galo Sofria em ver os peixes sofrerem, ...