Sempre que você me vem a lembrança,
Confesso que eu choro,
Gostaria de poder voltar atrás,
Mas tudo sempre foi tão difícil para nós dois,
Então, após o choro,
Me vem um alívio e eu posso suspirar,
Por Deus pode-se morrer de amor?
Acreditaria se eu dissesse que te amo!
Sim, amo você desde sempre,
Mas até então tudo que mais senti foi medo,
Você acha que o medo que atemoriza aprisiona?
Querido, por favor, pode me falar
Se estou aprisionada a você,
Ah, meu doce amor,
As suas articulações,
Me vejo presa a sua boca,
As suas mãos, entrelaçada as suas pernas,
Então, você sabe o tanto que eu fiz por você?
Você entende todas as vezes que chorei,
Me perdoe se nem em todas chamei seu nome,
Me desculpa se lhe poupei um sorriso ou outro,
E ainda, me perdoa se contive o suspiro,
Você viu a lágrima que sempre escorreu no rosto,
Querido, foram tão poucas vezes que nos amamos,
Então, me diga porque estou por entre seus dedos?
Mas aqui tão distante?
Sim, eu o vejo com outra,
Sim, antes também e você sabe,
Ah, se eu morrer de amor,
Você recordará a minha face?
Sinto medo de te perder,
Então, por Deus me perdoa se nunca o tive?!
Longe do seu toque,
Por entre as suas garras,
Mesmo que você não queira me perdoe,
Me sinto ligada a você,
Me entenda se eu amo meu nome por entre seus dedos,
Me queira mais se souber que aprecio suas articulações,
Aqui me disseram que irão te proteger,
Você acreditaria nisso?
Então, por quê eu desacredito?
Sua língua quando pronuncia meu nome,
Que sensação lhe trás?
Eu gosto quando seu gosto me vem a boca,
Aliás, eu gostaria muito,
E você?
Me diga o que pensa,
Você esqueceu de nós tão fácil,
Então, querido, porque me sinto presa a você,
Por Deus, passam-se os anos,
Mas você não passa,
Acredite eu te espero,
A cada romper da autora - aurora,
Em cada rosto que passa,
Eu procuro o seu ainda,
Sou obrigada a lhe ver com outra,
E agora? Não sou capaz de aceitar,
Querido, estou agarrada as suas calças,
Você, pode tirá-las?
Eu apreciaria,
Você não imagina o quanto eu gostaria,
Querido, se importa se eu ficar nua?
Não, não me sinto bem com tanta roupa,
Querido, estou sofrendo, você se importa,
Estou presa as suas botas,
Você anda com jeito,
Não me pisa ou machuca,
Quer matar-me sozinha?
Estou presa as suas articulações,
Recordo cada uma sobre meu corpo,
Querido, dispa-se das botas ou segure-as,
Mas, por favor, meu amor,
Retire as calças,
Sabe? Tem uma marca em voga,
Meu anjo,
Por Deus, retire a cueca ou afaste-a,
Preciso sentir seu tecido,
As suas articulações, querido,
As minhas doem agora e as suas,
Preciso estar por entre os seus dedos,
Entenda que eu gosto disso...
Você acha que por muito tempo vivi nisso?
Não, eu acho que soube disfarçar,
Sempre que o vejo,
Eu imagino isso,
Mas, por favor querido,
Dispa-se ou afaste, só um pouco!
Ah, por favor,
Você pode me perdoar por tudo que eu fiz,
Ou melhor, tudo que eu não fiz,
Bem, não disse eu te amo,
Não cuidei de você,
Não passei na sua rua,
Contive meus suspiros a todo custo,
Jurei não sentir saudade,
Espalhei seu nome pela cidade,
Mas disse que você estava solteiro,
Ignorei que pudesse sentir dor,
Passei algumas vezes,
Por você com outro,
Mas entenda ele era um otário,
E você o mais lindo!
Por Deus, me coloque por entre suas articulações,
Eu gostaria de estar por entre os seus dedos,
Você esqueceu de mim assim tão fácil,
E eu aqui lhe jurando, nunca te quis,
Mas se houver um lugar entre seus dedos,
Por favor, por um instante,
Me coloque por entre suas articulações,
Mande ela para escanteio,
Eu acho, que ainda saberia aplacar o gol,
Será que você duvida disso?
Apenas dispa-se ou afaste um pouco a roupa,
Ora querido, não seja tolo,
Encontre para mim um espaço.