sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Sexo

O sexo rolou,
O cara era bonito,
Rapaz de academia,
Forte e audacioso.

Ao se dirigir ao banheiro
Para fazer xixi,
Ou tirar o suor do rosto,
Ele a puxou pelo cabelo,
Enrolou entre seus dedos,
Segurou-a reclinada
Rente ao seu peito.

Suor escorria
De ambos os corpos,
Mas agora,
O suor dele lhe tocava o rosto,
Feria os olhos,
Uma ardência profunda,
Dolorida e sórdida.

Nisto,
Ele a puxou de costas,
Colocou sua camisa
Contra o peito nu,
E a jogou na cama
Com único empurrão
Na coluna.

Depois,
Pôs-se sobre ela,
Com uma perna sobre sua bunda
E a outra ao seu lado,
Beijou seu rosto,
Mordiscou a orelha,
E esfregou seus dedos dos pés
Em sua pele.

Após isso,
Levantou-se,
Puxou sua calça jeans por trás
Abriu o zíper em único golpe,
Com o braço esquerdo sobre sua coluna,
Logo abaixo da região dos braços,
E o direito arrancou a calça,
Após isso, teve auxílio de forças,
Usou ambos os braços.

Então, a virou de frente
Com ambas as mãos
E único movimento,
Sem pedir permissão,
Carinhos ou atenção,
Abriu o zíper do próprio calção,
E retirou seu pênis fedorento de lá,
O cheiro imundo invadiu o lugar,
Unindo-se ao fedor do peido dela,
Nisto, ele meteu o pênis
Em sua vagina com força
E velocidade desmedida.

- caramba garota,
Isso cheira a sangue.
Ele disse.
Baixando a cabeça e o olhar
De sobre ela
Para até a vagina
Onde ele metia o pênis sem parar,
Uma, suas até seis vezes,
Não mais que isto,
Gozou desmedido e intenso.

- faço pior.
Eu beijo, também.
Ela respondeu.
Meteu o dedo em seu pescoço,
E o puxou para cima
Até o queixo,
Então, chegou perto
E esmagou seus lábios contra os dele.
O sexo terminou de imediato,
Ele se tornou apto ao seu toque.

Com única joelhada
E todo o seu peso
Sobre o joelho esquerdo dela.
Ela apenas respondeu
Com um espaldar de mão 
Sobre sua barriga sólida 
E treinada em academia.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Nas Barrancas

Enquanto Mashy,
O rei galo,
Do terreiro de Chácara
Das Barrancas,
Perdia seu caso de flor,
Sem flor,
Na barranca do rio.

Sua mãe,
Deitada na sua tábua de descanso,
Ganhava um cocôzinho
De pássaro no peito.

Que veio
De um belo sabiá,
Amarelo, de asas escuras,
E coroa de rei pássaro,
Estilo árabe,
De cor escura, também.

O qual, por sua vez,
Voava de canela a canela,
Sobre ela.

Decidida a tomar um banho,
A mãe dele foi até o rio,
Encontrou o vaso e o trouxe.

Pitelmario,
O pato rei,
De coroa vermelha,
Estilo colar grosso,
Que inicia na testa,
Possui uma haste para cima,
E parte para a cabeça,
Até atrás de sua orelha.

Pitel decidiu nadar na poeira
Que se juntou ao lado de casa,
Não sem ter uma ideia
Inédita e inteligente,
Própria do garoto rei pato.

Ele juntou uma folha seca,
Sujou suas lindas asas brancas
Na poeira,
De maneira que a cor das folhas
E a cor das asas se confundiram,
Repousou a folha do seu lado,
E nadou na poeira
Em frente a sua mãe,
Mexendo os dois pés,
Com o peito jogado na terra,
Deslizando.

A mãe foi acometida
De grande susto,
Pensou que Pitel havia
Machucado o pé,
Correu até ele,
Juntou o garoto nos braços,
Os dois riram muito
Sentados na poeira da terra.

Bruce Wayne,
O rei cachorrinho,
Deitado na tábua de descanso
Embaixo da canela,
Apenas contemplou a cena toda.
Rindo em silêncio.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Pouso Forçado

O Pouso Forçado
Pitel,
O pato,
Decidiu comer,
E comer muito.
Comeu ração,
Comeu milho,
Comeu até bolo,
Comeu grama.

Pitel ficou gordinho.
Ele sentiu-se na janela,
Dali voou em busca de bergamota,
Contudo,
Pitel gordão,
Não mediu esforços,
Mas não obteve êxito.

Bateu suas asas,
Acelerou o vôo,
Mas, não foi tão forte,
Não conseguiu voar tão alto,
Muito menos tão distante.

A distância de cinco metros
Não foi atingida,
Ele baixou na horta,
Achou ali muita salada,
Trocou a fruta
Por folhas verdinhas.

Por ter desistido
De ir adiante
Não perdeu nada,
Mas a horta
Estava de porta fechada,
Ali Pitel ficou andou e comeu
Até sua mãe abrir a porta
E ajuda-lo.

Pitel é um lindo pato gordinho,
Feliz por isso,
Ele se alimenta muito,
Goza de boa saúde,
Come de tudo.

Viva a Pitel que sabe se alimentar
E se proteger.
Pitel é bem cuidado.
Pitel é amado.
Pitel come de tudo um pouco,
Eita, patinho gorducho.

domingo, 15 de dezembro de 2024

Minha Avó

O vento uiva na janela,
Ao longe uma está aberta,
Suas aberturas se chocam,
Uma dobradiça range sem parar,
A outra se quebra no primeiro estalar,
A abertura fica pendurada,
A bater da parede até sua outra parte.

Eu acordo assustado,
Há vento lá fora,
Sinto medo de que uma árvore caia,
Atinja a casa,
E eu morra dormindo.
Desconhecer o motivo da sua
Própria morte,
Deve ser o mais terrível,
Eu imagino.

Jogo o cobertor para longe,
Saio da cama,
Procuro abrigo,
Corro até o quarto da minha avó,
Abraço sua cintura.
Ela está trêmula,
Amedrontada em pé,
Contempla a parede de mãos juntas
E reza.

Antes de eu chegar até ela,
Ela reza por mim,
Eu me achego nela
E suas preces se intensificam.
Pede a Allah cuida deste menino,
Allah a ouve,
Eu sinto isso,
Abrigado a sua barriga,
Abraçado com a minha cabeça
Apertando-se contra seu ventre.

Allah sabe o poder de uma avó,
Suas preces chegam ao céu,
Debruçam a seus pés
E o convencem.
São preces que não precisam ser gritadas,
Exclamadas ou buscadas,
Chegam a Allah
Por terem sido pronunciadas
Por sua boca.

As avós tem este poder,
De nos dar todos os mimos,
Melhores carinhos,
E o abrigo mais seguro.
O vento ressoa forte,
Bate contra a parede de madeira,
Tão intenso,
Que penso como ela não se rompe.

Um galho quebra,
Açoita a parede,
Mas eu não sinto medo.
A janela bate ainda mais forte,
A porta vem para a frente,
Bate intensa,
A madeira se sustenta,
A tramela aguenta,
E minha avó não se move,
Estamos seguros,
Mãos unidas em prece,
Allah nos ouve.

Flor

Beijo uma flor branca,
Respeito seu cheiro,
Colocada entre minhas mãos fechadas em prece,
E a trago no peito.
Desejo acalentar a dor.

Falar de um amor
Que nunca falei o suficiente,
Mas, desta vez, em silêncio.
Está a quem devo confidências
Não mais me ouve,
Com ela,
A deitar-se,
Apenas o silêncio.

Mas sentimentos
São capazes de alcançar
Onde nenhum outro algo
Seja capaz,
Então, se eu cuidar desta flor,
Pôr meu cheiro,
Sentir meu amor,
E transmitir a ela
Meu aconchego,
Ao repousar ao lado desta que dorme
Em silêncio profundo,
A flor demonstrar por meu amor
Tudo que não sou capaz.

De repente,
Ela possa aquecer-se,
Sem murchar,
Sem desvanecer,
Possa assim,
Desta maneira,
Trazer calor
A este silêncio gelado.

Eu tive tempo para falar antes,
Com a flor grudada ao peito,
Eu penso isto,
Mas não aproveitei tantos momentos
E podendo dizer
Não o disse.
Agora ela repousa em silêncio.

E minhas palavras,
Por mais que eu queira,
Não poderão mais dizer nada.
O vazio profundo a toma,
O silêncio ganhou suas falas,
Um escuro distanciamento
A toma do meu alcance,
Jogo a ela a flor,
Suas mãos já não mexem-se,
Seu corpo não reage,
Está flor ficará com ela.
Eu não posso ficar.
Não nos é permitido.

sábado, 14 de dezembro de 2024

Perdi o medo do Amanhecer

Eu morri mil anos
Antes de te conhecer,
Morri a cada dia,
Por medo de te perder.
Fechei meus olhos,
Tive medo de abri-los
E você não estar,
Fiz o que pude para te convencer
A ficar,
Permanecer,
Estar.

Eu achei você sozinho,
Perdido neste mundo insano,
Distante da família,
Confiante e seguro,
Quis protege-lo,
Foste tu o enviado para eu,
Vou apenas me apossar,
Ter você,
Devolver só depois,
E que não houvesse o amanhã.

Desejei desesperadamente
Não ter um passado
De morte a cada dia,
Ou mesmo um futuro
Em tal agonia.
Apenas o hoje
E nele você.

Senti apego em seu desamparo
De estar sozinho,
Calor no seu abraço,
Quis a felicidade
De estarmos juntos.
Anos se passaram,
Aos poucos
Perco o medo do passado,
E não sinto estranheza
Em abrir os olhos
E constatar novo dia.
Você está comigo.

Casada por Acaso

O término do namoro Levou Ana ao dezenove Pote de dez litros de sorvete, Já conhecia todos os sabores, Brincava com as cores...