Era aniversário de namoro,
E seria regado a flores, bombons e vinho,
Ele voltou às sete horas do trabalho,
E mesmo com o semblante cansado,
Enternecia o rosto,
Ao carregar um brilho no olhar,
E um sorriso adorável nos lábios,
Escondi-me atrás da porta e fiz silêncio,
E lhe recebi com uma chuva de pétalas de rosas,
E da mesma forma que se puxa o gatilho de um tiro
certeiro,
Pulei nas suas costas e lhe pedi rendição,
E mantendo o abraço apertado,
Salpicado por mordidinhas e beijinhos molhados,
Lhe fiz prisioneiro ao dar voz de prisão,
Com uma doce música a embalar a ocasião,
Mas de um jeito nada inesperado,
Me rendi ao seu cheiro,
E ao tentar provar o sabor dos seus lábios,
Ele desfez o abraço com facilidade,
E me puxou para a frente,
De dominadora passei a vítima dos carinhos mais ardentes,
Envolta em seus braços protetores,
Nem preciso mencionar como foi a noite,
Regada a pétalas de flores,
A verdade é que eu lutava contra as palavras,
Na tentativa de demonstrar o quanto o amava.
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