O amor irradiava do seu olhar,
E um calor invadia minha alma,
Por efeito do simples contemplar,
Sentia meu corpo inteiro se avivar,
E se este fosse meu último suspiro,
Tive a certeza de que avistei o eterno no brilho dos seus
olhos,
Tão certo quanto o meu corpo inteiro conseguia
estremecer,
Ao menor contato com sua pele,
Enquanto minha garganta se tornava árida,
E na boca a fala se perdia,
Em um sussurro rouco para ser pronunciado ao ouvido,
Um gesto instintivo do meu corpo,
A ansiar pela oportunidade de proximidade,
Uma reação insana que gritava por sua atenção,
Ao tornar as palavras impalpáveis ao coração,
Uma tortura lenta que acorrentava a alma,
E ao calar o amor em minha fala,
Apenas as lágrimas rompiam o ar,
E na busca por romper o espaço entre nós,
Me agarrei a paixão devoradora,
E com a fala metálica,
Um eco que expressava a alma,
Pedi se me concedia a honra de um primeiro beijo,
Apenas pelo espaço em que o eterno
Pudesse alcançar seu término,
Ou pelo tempo em que um segundo,
Conseguisse apanhar a beleza do seu rosto perfeito,
Pois de repente, o para sempre se tornou insignificante
Diante do quanto importava te pertencer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário