Ao saborearem o doce do sorvete,
Parados em frente a uma vitrine,
A contemplar uma joalheria,
Em que cada peça preciosa,
Era tão delicada quanto cara,
E se fosse fazer piada,
Daria para comentar sem dar risada,
Que até mesmo a vendedora,
Com sua maquiagem bem feita
E suas roupas refinadas, parecia cara,
Diante da ironia, ele percebeu com estranheza,
Que ao lado de sua amiga, tudo ganhava uma beleza única,
Pois ao pousar os olhos em seu rosto,
Percebeu que a alegria pulsava desde a alma ao peito,
Como se sua doce companhia fosse o mais precioso,
Desde o movimento dos seus lábios ao falar,
A atenção que entregava
Ao pronunciar com ternura cada palavra,
Seu jeito meigo de olhar,
Enfim, desde o modo de agir,
Ao jeito de se vestir,
Tudo o encantava,
E se fosse lhe presentear,
Mesmo ao escolher a joia mais linda e preciosa,
Nada lhe alcançava,
Foi neste instante que ele descobriu o valor do amor,
Quando por o mundo aos seus pés lhe pareceu pouco,
Foi então que se aproximou e novamente fitou seu rosto,
E ao brincar com seu sorriso
Com tudo que havia de mais profundo
Em sua alma,
Desejou provar o sabor de seus lábios.
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