segunda-feira, 10 de julho de 2017

Cavalheiro da Justiça

O som de um tiro seco
E um corpo foi ao solo,
Chegou a tempo de sentir o sangue em suas mãos,
Mas tarde para salvar seu coração,

Ao senti-lo inerte em seus braços,
Sem a oportunidade para uma última frase,
O sangue tomou seus olhos,
E as trevas moldou sua face,

O sangue de um inocente que manchou sua roupa,
Agora lavaria sua alma,
Segundo a inteligência: o mal tem muitos nomes,
Então encontrou como saída caçar do executor ao mandante,

E com a força da dor
A sangrar sua alma sem pudor,
Vestiu sua armadura,
Para se tornar um cavalheiro a serviço da justiça,

E a sentença? Morte lenta e impiedosa,
Tão logo abraçou a vingança,
E decidiu que o sangue de seu irmão que foi ao chão,
Marcou a terra, mas não seria em vão,

Pois não daria abertura para o perdão,
Por sua partida libertar as sombras em seu coração,
Sua morte seria apenas o começo,
A sorte dos anjos que o teriam ao seu lado,
E o azar do inimigo que fugiu acovardado,

E com Deus como testemunha,
Cavaria uma tumba e os condenaria a dor eterna,
Pois agora que a caçada começou,
E a morte o alcançou,

Não poderiam se salvar,
Nem teriam onde se esconder,
Pois assim como a vida não pode voltar,
Sorte do inimigo ser encontrado primeiro pela morte.

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