sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Basta...

 

Basta,

Bastar, até que não basta,

Mas, foi o suficiente naquela hora,

Recordo de algumas palavras,


Sim, sei nome me lembro bem,

Das juras é que quero distância,

E dele, acho que também,

Se me apego a tal esperança?


Lembro seu nome,

Falei mais do que queria falar,

Disse até mesmo o que não queria dizer,

Doces juras pronunciadas ao pé da orelha,


Vem até eu e se definem saudade,

Para aquela mulher que ficou lá atrás,

Isso seria o bastante,

Mas, para esta que sou agora?


Bem...

De repulsiva acho sua voz medonha,

Sim, lembro, lembro muito bem...

O amor obtido por língua mentirosa,


É feio e não merece ficar para sempre,

A violência da solidão a arrastará,

Acredito nisso e sei que posso esquecer,

O amor culpado é tortuoso,


Não sobrevive,

Mas a conduta daquele que ama é reta,

Recordo que te vi olhar para trás,

Não dei ouvidos ou dediquei palavra,


Apenas segui o meu destino,

Como se nem ao menos o tivesse visto,

Melhor é viver num canto as sós,

Do que conviver com alguém que não sabe amar,


Sim, o que vem através da mentira,

Parte antes que a verdade possa chegar,

Já lhe disse uma vez,

Eu não consigo mais olhar em seus olhos,


Tudo que possas dizer,

Parece que ressoa em falso,

O desejo do perverso é fazer o mal,

Você desejava me ferir ao se aproximar?


É que eu provei dos seus lábios,

E aceitei algum dos seus afagos,

De fato que nem todos,

Mas, nem tão poucos,


Bem, para a situação em que nos encontramos,

O melhor é trocar o assunto,

Dizem que o perverso não tem dó do próximo,

Eu e você, nós dois juntos,


Até que ponto estamos próximos?

Quando a mentira é descoberta,

A cortina cai e com ela a beleza,

Tudo as claras e me sinto cega,


Quando o amor fala ele provêm do conhecimento,

Sim, está certo não sei bem o que digo...

Joana abriu um armário próximo,

Tirou dali uma velha echarpe,


Fez dela uma espécie de vestido,

Limpou os lábios,

E saiu sem olhar-se... 


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