sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Sim, Sabemos.


Seu beijo,

Que falar?

Seu abraço,

Preciso dele,


Sinto que o relógio atrasa,

Sempre que você não está,

Ele dá meia volta e aqui está,

Você, nós dois e mais nada,


Depois desce a realidade,

Após o banho da sua lábia,

Cá estou em desigualdade,

Pois é, a sua espera,


E a indigência que produz esta saudade?

Oh, lamento daqueles esquecidos,

Infortúnio de quem conta os instantes,

O espero,


Me sinto um dura criatura a esmo,

Não tenho seus beijos nem os esqueço,

Às três horas da tarde,

E aqui são duas da madrugada,


Se meus olhos estão abertos?

Fechados tal como nesta hora,

E você?

Aqui ao meu lado,


Dentro de mim,

Em meu abraço,

Colado a tudo que vivemos,

Às três horas saudade,


As duas da madrugada seus beijos,

Pode-se dizer que a verdade salta aos olhos,

Sim, ela me faz ver até o que não quero,

Repouso a mão no colo,


Pego a fotografia e o vejo,

Nela está com outra e você sabe,

Enquanto eu aqui o espero,

Confesso não saber o que fazer,


Mas você sabe que eu sei,

E ainda sim permaneço,

Você saberia me dizer o por quê?

Conto o tempo e desejo que passe,


Quero te ver e nem sei se quero,

É esta triste saudade que dá vida ao lamento,

Ou seriam os seus beijos?

Em quê me prendo?


Você não me ama?

É, eu sei disso...

Sua fala, ela cala-se,

E não é por que você fala com ela,


Sou eu e é você,

Acho que é nós dois juntos,

Me calo, também,

Mas, este coração que aqui bate,


As vezes, parece que nem respira,

Mas, ele o procura, você entende?

Ouço o ranger da porta,

Imagino que se abre,


Me mantenho onde estou,

Segura do que sinto e sou,

Olhos fechados, foto guardada,

Você sabe sobre ela,


E eu sei também,

Se você parar para me ouvir falar,

Talvez, eu também o escute.

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