Fazia naquele dia 13 anos,
E o dia estava bonito lá fora,
Um sol ardente e gotas de esperança,
Não aparentava haver nuvens – nada nublado,
Mas, pássaros dançavam entre si,
Ela com seus olhos verdes e tristes,
Ele com aquele cabelo dourado quase bonito,
Os raios queimavam contra seu rosto,
Um brilho molhado exalava dele,
A boca levemente contorcida para o lado,
Denunciava um sorriso que morava ali,
E que, raramente desaparecia,
Era mais que uma marca registrada,
Ele com aquele suave sarcasmo,
Parecia se divertir de cada história,
Porém, no seu toque residia a repulsa,
Mesmo que ela tentasse não demonstrar,
Não foi o tempo que deteriorou esta história,
Talvez, até o final você entenda,
Mesmo que em poucas linhas,
Porque ela jamais conseguiria explicar,
Do que sentia ao que existia havia uma ponte,
A qual já estava quase intransitável,
Distante e quase em ruínas,
Havia mais crenças nesta ponte
Que qualquer outra coisa,
A crença no convívio da realidade,
Juntas e díspares,
Dizem que homens são fortes e intensos,
Porém, gostam de revestir-se de orgulho,
Cobrem o olhar com um tom desconfortável,
Um quê de prefiro evitar para mulheres desavisadas,
Quase sempre ela preferia ficar sentada,
Muito quieta,
-Você quer dizer não
posso?
Ela indaga, embasbacada,
Contudo, já não entende as próprias atitudes,
Olha para ele, diretamente:
-Com isso?
Ele parece não entender a pergunta.
- Por favor... só quero dizer, digo entender,
Seria má vontade... da sua parte... bem,
Prefiro dizer que é má
sorte.
Ele não parece estar no mesmo lugar que ela,
Se sente sorrateiro, arredio e esperto,
Há no homem sempre um sentimento de esperteza,
Este, contudo, nem sempre o pertence,
No entanto, ele acredita fielmente em si mesmo.
Amar um alguém, deve ser diverso,
Diverso do que se diz amor... ?
Não tarde e ele vira o rosto para o lado oposto,
Então, retorna abrupto.
A vê inerte e ainda sentada – arredia,
Pega o rosto dela entre suas mãos e o vira,
Este toque também a acerta no pescoço,
No mesmo instante,
Ela já não o vê com as mãos fortes de antes,
As mãos acolhedoras que se estendiam a ela,
As mãos que sempre estariam ali para ajuda-la,
Para aconchega-la,
E percebe neste instante que de fato estão fracas,
Mas seu pescoço dá um estalo,
Seu rosto arde - ferido,
As mãos dele abertas se afastam,
E seu rosto bonito quase se parte,
Quase apaga aquele sorriso de lado,
Ela entende o quanto ele odeia isso,
O fato de sempre que ela o contempla,
Ainda guardar o mesmo sorriso de outros tempos,
Aquele que um dia ele alegou:
-Uau, como você mantem esta sua cara?
-Hã, como? Desculpa, quando você fala parece que não
entendo.
Este sorriso que de longe está quebrado,
Pois está sempre aí,
E de perto está perfeito...
É que, não se desloca.
Então, seu sorriso fica... sem razão ou motivo.
Mesmo que ela não queira,
O sorriso que permanece está manchado,
Ela chora e percebe isso,
Apenas não consegue controlar,
O pescoço parece queimar,
Mas ela se cala e evita olhá-lo,
Então, ele percorre com as mãos o corpo dela,
Ela sente uma dor incomoda percorre-la,
De repente ele a pega com força e tenta puxá-la,
Tentativa fútil de ergue-la,
Parece querer jogá-la feito um móvel,
Mas, as mãos que se apresentavam fracas,
De fato estão, então falham.
E ela ri disso.
Um riso incontrolável e sarcástico.
Permite-se cair no sofá e ri – descontrole.
-Quanto orgulho, heim?
Ela diz enquanto levanta o próprio corpo,
Não usa as mãos ou os pés,
Apenas o tronco do corpo – se reergue,
Parece estranho pensar estas coisas,
Mas, parece-lhe que algum dia faria sentido.
-Take on me.
Quanto de orgulho heim?
De mim ou de você?
O encara de frente e segura.
Ele sai sem dizer nada,
De forma afoita e desafortunada.
Ela é tomada por um sentimento de pena.
Três dias após isso,
Abre a porta e limpa a casa – livre,
Ele partiu para longe agora- aparência.
-Take on me.
Um riso solto jorra alto do seu lado.
Ela toma um susto ou finge para si mesma,
Não sabe.
-Ah? Três dias de sumiço,
A felicidade não dura tanto...
(Um muxoxo no sorriso)
Fugiste, do trabalho todo
este tempo?
-kkk, quatro dias para você, querida...
Há quatro que não voltei a trabalhar!
Ele parece feliz do que diz e seus efeitos.
-Bem querido, quatro para o trabalho,
Para eu são três mesmo,
E três bem contados.
Encerra o que faz,
Ele junta a sujeira e joga contra seus pés...
Já não atinge,
Parece que em tudo isso não há um objetivo...
Ela continua e o vento ajuda.
Tudo está como está,
No lugar certo.
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