Nunca fui de me dar por inteira,
Muito menos de dar tudo que tenho
De mãos beijadas
E rosto orgulhoso.
Do contrário.
Costumo cobrar
E cobro caro.
Então, foi o primeiro beijo.
Uma recusa sua.
E outro beijo.
Nova recusa.
Sair de casa foi difícil
Depois disso.
Queria me ver livre da ameaça
De te encontrar por aí.
Certo.
Correto.
Nem discuto.
Você não me quis.
Eu não sou obrigada
A ser o alvo do seu sorriso,
A presa de suas artimanhas,
O motivo de te fazer feliz.
Ria de outra.
Aprenda a se expressar.
Busque outra vagina.
Não quero ser seu passatempo.
Não sou garota de plástico
Para virar seu brinquedo.
Uma voz sexy e segura
Vem da porta ao me ver entrar.
Pânico e medo generalizado.
Me vejo parar.
Fechar os olhos
E quase rezar.
Peço a Deus que não me reconheça
Que ninguém me perceba.
Desejo sumir de vista.
Existir sem ser tão notada.
Te olho de soslaio.
Meio encoberta pela noite.
Você se destaca por onde esteja.
Não tem como não te ver.
Eu não entendo porque cisma comigo.
O que há em mim de tão especial,
Qual o motivo de sua busca.
E o de após isso.
Sua fuga.
Parece um neurótico,
Quase veste as roupas que visto.
Será que me vê como uma espécie de alvo?
Ponto de apoio.
Objeto a seu gosto?
Seu olhar possui efeito calmante.
Além de todo o meu medo,
Há um quê em específico
Que me leva a te querer.
Ser sua outra vez.
Embora, está seja a última coisa que esperaria,
A última para a qual eu estaria preparada.
Estar com você no mesmo ambiente,
Me recostar em seu colo,
Tomar o mesmo drinque,
Dividir um beijo…
O que você faz?
Parece que me procura.
Depois outra coisa reverbera,
E você liga o motor de partida.
Essa aceleração de respiração,
Do pulso,
Este olhar sereno para você,
É o que me deixa intransigente,
Me vejo consciente demais de sua presença.
Quero que não me veja
E imploro para que esteja comigo.
Sentimentos controversos,
Que me deixam incomodada.
Não sei se você nota.
Mas é como se todos os outros
Tomassem um chá de sumiço,
Num mesmo copo sujo,
De gole a gole,
Até a última gota,
Sem dividir nenhum pouco comigo.
Quase desejo que se afoguem,
Que nunca mais voltem.
Insegura e sem ter o que fazer.
Não vejo mais ninguém.
Tudo que consigo fazer é te olhar.
Andar até certo ponto
Contando os passos feito idiota,
Como se você estivesse comigo na mira,
Um erro e eu abatida!
Destruída por dentro.
Você me deixou e eu lembro.
O chá de sumiço foi todo bebido.
Será que há algum para esquecimento?
Bebo um gole e chego,
Esqueço o fora que levei
E peço um beijo.
O básico de noites escuras.
Você levanta a mão e cumprimenta,
Eu respondo,
Mas nem sei se é comigo.
Faz um comentário
E joga um sorriso,
De pronto fui abatida,
Destruída,
Nem preciso de bebida,
Corro para o seu lado
E me jogo ali feito idiota.
Depois finjo que saio
Para ver se faz diferença,
Levar um fora é uma merda,
Mas não beijar é uma desgraça!
Insistente e avassalador,
Depois do beijo pode haver sexo,
Nada mais tentador,
Horas e horas de divertimento,
Que se dane o ódio,
Os remorsos por todos os erros,
Calmaria e alento.
Sexo é coisa de talento!
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