Denir sentiu um chute
Entre as costelas
E cambaleou de dor,
Enquanto uma mão,
Dura feito o aço,
O manteve ereto
Tateando por sua roupa.
Num ímpeto de medo,
Ele não soube
O que a mão gélida queria,
Tentou olhar para trás,
Ver quem era a pessoa,
Porém, levou um golpe
Contra as costas.
Se retorceu de dor,
Cuspiu longe algo,
Que poderia até mesmo
Ser um dente,
A dor tomou conta
De seu corpo .
Depois disso,
Um braço de ferro
Atingiu seu ombro
Com força aterradora,
Deixando Denir de joelhos.
Ele se jogou contra
A calçada,
Se levantou com um salto,
E virou-se rapidamente
Para se defender,
Levando um braço ereto
Para a frente
Buscando reprimir o golpe
E o outro deixou
Pronto para o ataque.
Levou outro golpe
De alguém
Que estava ao seu lado
Sobre a cabeça,
Era forte demais,
Quem quer que fosse,
Estava preparado
E não iria desistir de feri-lo.
- o que você quer?
Ele gritou entre cuspos.
Um revólver encostou
Em sua cintura,
Colou sobre sua roupa
E fez click,
O estalo sinalizou
Que o gatilho foi puxado,
Nada informou
Quando foi solto
E o tiro cortou fora a fora
O corpo de Denir
Que gritou ao ser rasgado
Por uma bala.
Foi um movimento errado,
Um passo em falso
Ter se localizado ali
Onde estava,
Não soube o motivo
Mas acarretaria sua morte.
- o que você quer?
Ele gritou de novo.
Um homem magro
Saltou na sua frente,
Rápido a ponto
De não ser reconhecido,
Antes de seu corpo
Repousar no chão
Ele levou um chute
Contra a barriga de Denir
Que arfou.
- me dá seu dinheiro!
Disse o homem.
Então, sua mão percorreu
A roupa de Denir
Encontrou sua carteira
No bolso da calça,
A removeu sem aviso,
Denir projetou seu pé
Para o alto
E conseguiu chutar o revólver
Para longe,
Mas a dor o impediu
De ser mais rápido.
E o rapaz magro,
A passos largos
Cruzou sua frente,
Sacou a arma da calçada,
Virou o braço contra o rosto
De Denir e atirou sem virar-se.
Desferiu três tiros,
No quarto tiro virou-se
E o encarou nos olhos,
Denir que estava agachado
Com uma mão na calçada
E a outra contra as balas,
O olhou com medo,
Conseguiu olhar dentro
Dos olhos daquele que não
Sentia medo
Ou vontade de parar.
O homem veio contra ele
Com três passadas
Levantou o pé com toda força
E atingiu Denir no queixo,
Fez saltar sangue,
Depois com uma joelhada
Acertou seu peito,
Então, baixou a arma,
Com a mão dobrada o atingiu,
Desta vez,
Gastou seus últimos dois tiros.
O corpo de Denir
Se moveu de um lado
Para o outro de dor
E medo,
Sangue voou por sua camiseta,
Depois, ele caiu sobre a calçada,
Imóvel.
O homem pegou sua carteira,
Com prazer e segurança,
A colocou no bolso e saiu
Por trás do prédio de esquina
Onde houve o incidente fatal.
Denir tinha uma carteira grossa,
Do tipo barata,
Com pouco dinheiro,
Mas, lhe custou a vida.
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