Janaina iniciou faculdade,
Conheceu Romiro no bar,
Ele jogava sinuca,
Ela frequentava o lugar
Nas horas vagas.
Janaina dividia apartamento
Com uma amiga,
Mas, para ficar mais barato,
E assim, custear os gastos,
Iniciado o namoro com Romiro,
Soube que ele tinha apartamento
Próximo ao bairro da faculdade,
Para ir passar uns dias com ele
Foi decisão simples,
Pra sair lhe custou um pouco.
Romiro se enciumou
Com suas amizades,
Na primeira semana
Escondeu algumas roupas,
Contudo, já não segunda
Houve o que ela jamais
Imaginaria...
Na saída do banheiro,
Enquanto ela estava de toalha,
Molhada e indo para o quarto
Para pôr a roupa.
Ele surgiu
Num vulto,
A pegou pelos cabelos,
E lhe deu três socos
Contra o rosto,
Janaina gritou,
Olhou para Romiro,
Não o reconheceu,
Sentiu medo.
Ele estava com os olhos
Esbugalhados e vermelhos,
Enrolou os cabelos dela
Contra seus dedos
E a puxou até a sacada,
Lá puxou sua toalha:
- aqui esta está vaca!
Então, a empurrou contra
A murada de vidro,
E lhe deu outro golpe
Contra a coluna
A derrubando nua no chão.
Depois disso,
Ele foi até a churrasqueira
Onde assava carne,
Pegou uma madeira
Que queimava em fogo,
E veio para sua direção:
- eu sei,
Você acha que eu
Não te mereço!
Romiro gritou,
Enquanto Janice estava
Ajoelhada com as mãos
No azulejo da varanda,
Olhando o chão e cuspindo
De dor.
Não notou o que Romiro fez
Até que ele encostou
A madeira em brasa e fogo
Contra seu ombro
A fazendo se retorcer dor,
O cabelo de Janice
Ficou em chamas,
Seu rosto começou a foguear.
Ela gritou,
Levou uma mão até
O cabelo e o apagou,
Depois se rolou contra o vidro
Da murada
Tentando ficar calma
E se livrar das chamas.
- Romiro, por favor,
Você está deformando
Meu corpo!
Ela gritou.
- maldita!
Romiro disse,
E levou a madeira,
Agora em brasa
Contra o rosto dela.
Empurrando até o chão.
Janice chorou,
O empurrou com os braços,
Tentou chuta-lo
Para se afastar,
O fogo ardia dentro da pele,
Cicatrizava seu rosto
Para sempre.
Num golpe,
Conseguiu jogar
As duas pernas contra o braço
Dele que segurava a madeira,
Quando a madeira
Caiu longe
Próximo a churrasqueira
E Romiro se virou para buscá-la,
Janice conseguiu fugir,
Nua para o quarto.
Trancou a porta.
Ramiro logo chegou.
- abra a maldita porta!
Ela não se moveu.
Se enrolou no cobertor,
Escondeu o corpo
E o rosto que ardiam.
Romiro sentiu ódio.
Puxou o sofá para a frente
Da porta,
Buscou mais madeira
Com fogo e fez a labareda
Sem pensar no que haveria,
O sofá ficou em chamas,
E as chamas se estenderam
Para a porta,
Depois para dentro do quarto,
Tudo foi muito rápido,
Janice não teve tempo
Para fugir,
Romiro sim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário