quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Valdez, Como Você Está?

Quando você entrou
Em minha casa,
Nem só aí
Eu não o compreendi.
Você não surgiu sozinho,
Nem diria que foi o tipo
“Esqueci”,
Essas palavras você conhece,
Eu não o busquei,
“Estou bem”
Tentei fingir.
Não sei de que maneira
Minhas notícias chegaram
Até você,
De você para mim
Praticamente tudo foi descartável,
Grande programa sistemático,
Te levou para longe
E por pouco não me põe
Junto,
Para muito,
Muito distante.
Eu confio
Que você não era como estes
Valdez,
Nunca o tinha visto antes,
Ou te ouvido,
Talvez.
Bem, contudo,
Sobrenome famoso Venâncio,
Vi em você
Um alguém para respeito,
E você me pareceu
Tão imponente
Que não minha ruína
Senti medo de te contar,
Confidenciar “o quê”?
Tudo que não entendi
E que não lhe dizia respeito,
Tudo que sua função
Parecia ter competência,
E não vi você ignorando isso,
Vi você doente,
Gentil e com medo
E quando me ofereceram
A arma para usar contra você
Eu não fui capaz,
Tampouco,
Quis levar o tiro
Que lhe cabia...
Assim, subentendi,
Me afugentei
E busquei me proteger,
Com você ou sem,
Eu não saberia dizer
Caríssimo Valdez Venâncio,
Jamais estas palavras
Lhe chegariam aos ouvidos,
Ou por outros meios,
Você era um grande homem
Cobiçado,
Eu uma frágil garota
Desconhecida,
Eu consegui me sobrepor
Ao tiro que me designaram,
Mas, o deixei sozinho,
Contudo, você como foi?
Valdez Venâncio,
Se você me beijou
Eu o beijo,
Você nunca me ignorou,
Nem eu o busquei
Para conforto,
Não queria que fosse
Um adeus,
Muito menos
Assim tão tarde,
Aqui você virou pó,
No entanto,
Não foi esquecido,
Eu queria tê-lo buscado
E falado sobre isso:
As pessoas designadas
Para serviço público
De segurança
Invadindo minha casa
Por meio de audição,
Perseguição, invasão
E outras coisas.
Nisto, eu opto
Por não te ver como participante,
Mandante,
Comandante,
Ou um dos próprios.
Adeus?

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Seus Passos

Existem seres
Que são partes nossas,
Que, embora,
De fora do nosso ventre,
É como se fosse
De nossa carne.
A gente, simplesmente,
Olha dentro daqueles olhos
E vê o maior amor do mundo
Tomar proporções enormes,
Sair de nós
E chegar nele
E o chamar para perto,
De alguma maneira,
Ele sabe,
A gente entende,
É carne da nossa carne.
A gente quer ter perto,
Quer abraçar com toda força,
Proteger de todo infortúnio,
Amar de toda a alma,
Então, este amor cresce
E cresce mais ainda,
E faz milagres,
Faz coisas inumanas,
Porque o amor é isto,
É uma força que nos ganha,
Nos ultrapassa
E toca o outro e contagia.
Antes de ver Rashed,
Eu sentia que o via,
Antes de abraçar você
Fui tomada por um amor
Que de tão grande
Lhe falou sobre o que eu sentia,
Fez-se escudo para te amparar,
Fez-se soberano
Para guiar seus passos,
Mover suas pernas,
Tocar sua alma,
Guiar suas palavras,
Movimentar seu olhar
E lhe dar toda a força
De que você necessitou
Para chegar até eu.
Ver seus passos foi incrível,
Ser seu destino
É o que foi de mais indescritível,
As lágrimas que chorei
Nunca serão tão mais felizes,
O amor que lhe dei
É digno, precioso e puro,
Eu vi este amor em você,
Senti ele entre nós,
E você me permitiu que ele fluísse,
Eu amo cada um de seus passos
E vejo em você a face de um anjo,
A consumação do soberano,
Eu amei muito sentir
O calor invadir sua pele,
Subir para seus membros
E lhe dar todos os movimentos
De que você precisa
Para construir seu destino,
Que nos une
E é magnífico,
Perfeito,
Grandioso.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Pose de Revista

“Inadmissível”.
Pensou Mikael atordoado,
Girando sua cadeira
De escritório para trás,
Para ficar de frente para a janela
Envidraçada.
Ao pegar a primeira revista
Que estava sobre sua mesa,
Deparou-se imediatamente
Com uma fotografia de sua secretária
Na primeira página seminua.
“Onde ela pensa que trabalha,
Em um bordel?”
Ela pensou.
Baixou a revista sobre as pernas,
Olhou por último bom tempo
Para o céu de azul profundo
Que se estendia
Para fora do prédio alto
Em que trabalhava.
“Será que ela pensa
Que se tornou secretaria de motel?
Ou que trabalha em um prostíbulo?”
Ele levantou a revista
Outra vez,
Lá estava ela vestida de biquíni
Deitada sobre uma cadeira
De balanço
Com os cabelos soltos
Esvoaçantes sobre os ombros,
Aliás, lindamente,
Fazendo propaganda
De um SPA para mulheres solteiras.
Mikael, mordeu os lábios
Para conter a raiva,
Ela era uma excelente funcionária,
O que teria passado por sua cabeça
Que a moveu a tomar
Uma atitude tão depravada
Quanto está?
Ele era administrador de uma
Empresa antiga de tintas,
Com nome garantido no mercado,
Sua secretária precisava
Ter tido mais ponderações
No que ela fazia para
Ganhar seu dinheiro extra.
Jogou a revista sobre a mesa,
E pegou o telefone:
-Gernuca preciso de você aqui.
Então, desligou
Sem ouvir resposta.
Assim que ela abriu a porta
Do escritório ele jogou a revista
Contra seu peito:
- que significa isto?
Você é contratada por está empresa,
Precisa zelar por sua reputação,
Você tirou fotos seminuas?
Gernuca não esperava
Ser metralhada por tantas perguntas,
-eu tenho fotos idênticas
A estás na rede social,
E ninguém nunca reclamou.
Ela respondeu.
- você vai deixar a empresa?
Ele revidou.
- você está me demitindo
Por isto?
Ora, minha casa foi hipotecada
Ou eu pago por ela
Ou irei para a rua,
E meu salário não foi suficiente
Para suprir as despesas.
Ela continuou,
Se aproximando de sua mesa,
Movendo seus lindos
E cheios lábios marrons
Na direção dele.
Mikael se sentiu constrangido,
De fato,
Sua secretária era muito sensual
E ele nunca notou isto,
E agora tudo estava evidente
E estampado em uma folha
De revista feminina.
-Não sabia sobre a hipoteca,
Por quê você não avisou?
Ele indagou levantando-se.
-Não faria diferença,
Eu precisava de muito dinheiro.
-esta certo.
Ele encerrou,
Levando a mão até os cabelos
Escuros dela,
E os pondo atrás da orelha.
-Não volte a fazer isto,
É o que peço,
Eu irei rever seu salário,
Posso lhe permitir um aumento.
Respondeu,
Sem conseguir conter a irritação
Se virando de costas
Para ela.
Não pode segurar o olhar,
Ver o rosto da garota
Que tanto admirava
E escolheu para funcionária
Ser exposto por uma miséria
Seminua numa revista
Lhe soou repulsivo.
-ok. Obrigada.
Vou esperar na minha sala
Até retornarmos a nos falar.
Ela respondeu,
Sem conseguir esconder a admiração
E atração que sentia por Mikael
Todos sabiam porque
Ela insistiu tanto em trabalhar
Com ele,
E se esforçou tanto no trabalho,
Lutaria por seu emprego,
Desejava ardentemente estar ao seu lado,
Aliás, bem mais que isso,
Ambicionava ser sua esposa.
-Você não nasceu
Para ser mulher de servente de pedreiro.
Ele disse,
Ao ouvi-la por mão no trinco
Da porta.
-voce merece pelo menos
O dono só serviço,
O mestre de obras...
Ela abriu a porta,
Saiu para fora
E se virou de frente
Para olha-lo outra vez.
-eu, talvez, acredite
Que mereça, realmente,
Você.
Ela revidou trêmula.
Ele virou o rosto para ela.
Ela manteve a segurança
E ele fez sinal
Para que fechasse a porta.
Então, ela fechou.
Suspirou,
Aos tropeços se enveredou
Para sua sala.
Com o rosto de Mikael
Preso a sua mente,
Retido entre suas ideias.
Sua dívida a mantinha
Presa ao emprego,
Sem pagá-la
Não poderia ficar desempregada.
Ela estava conectada
A está empresa e a este homem,
Porém, o que a mantinha ali,
Era muito mais que isso,
Era desejo.

O Show Continua

Houve certa banda musical
Que fez sucesso absoluto
Desde a primeira música
Até a última
Todas foram reconhecidas
Pelo público
Devido a qualidade
E o som muito bom,
Ela disse:
No meu navio pirata
Não entra gente de bem
Eu até dou carona
Mas não aceito sem um vintém,
Tem que querer encontrar
O tesouro em ouro ou jóias,
Se for melhor,
Tem que trazer consigo
O mapa.
É assim,
Aqui todos pegam o leme,
Todos sabem a direção,
Icem as velas,
Preparem os canhões
Já sabemos pra onde ir,
Precisamos chegar lá.
Este é o navio que não naufraga,
É aquele que não sabe esperar,
Não há capitão,
Seguimos o mapa
Com o tesouro maior,
Este é o destino,
A voz que dita as regras,
Vamos todos juntos garotos.
Garotas não são aceitas,
Exceto as que lutem
Muito bem na espada,
Não tem frescura,
Unhas feitas,
Cabelos jogados
Sobre os olhos,
Pra entrar aqui no navio
Precisa saber remar,
Jogar brasa no fogo,
Manter a direção,
Chegar.
Juntem os papagaios,
Arrumem o tapa olho,
Prefiro roupas escuras,
Nada de frescura,
Sirva-se de todo o whisky,
Vodca ou tequila,
Meta pinga na guela,
Icem as velas,
Direção ao tesouro,
Não paramos por nada.
O caminho da banda foi sucesso,
Ela nunca parou de tocar,
Todos os ouvidos
Pedem por ela,
Das bandas esta entre as melhores.
Ocorre,
Que ela conseguiu adeptos,
Seguidores e perseguidores,
Neste caminho,
Optou por fazer um show,
Este show ela não poderia
Ter feito,
Ao percorrer o caminho
Até os palcos,
Num deslize o baterista caiu,
Bateu a cabeça,
Sangrou.
Ao pedir socorro,
Outro rapaz invadiu os palcos,
Tomou a bateria,
Fez o show todo,
Ninguém reclamou,
A semelhança
Foi tão perfeita
Que, talvez, ninguém notou.
No entanto,
Está história tem final triste,
Ou não,
Depende pouco de opinião:
O baterista foi parar no socorro,
O show acabou,
O avião alçou vôo:
Um baterista estranho acompanhou.
A agenda da banda
Não parou,
Bandas não cessam,
Shows não escasseiam,
Com o calendário riscado
No dia agendado
O piloto voou,
Levou quem levou,
Ficou quem ficou,
O show continua,
A música não para.
Enquanto isso,
O navio flutua,
Onda sobre onda,
Tem caminho certo,
O ouro espera,
Espadas em mãos,
Garotas e meninos,
Todos de mãos na cintura
E olhar para o horizonte,
Lá, bem próximo
A não sei aonde,
Lá está nosso tesouro,
"Vamos navio ande",
Gritam juntos
Levando um pé para diante.

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Recém casados

Lá, amor,
Bom dia,
Amo você,
Amo seu cheiro,
Amo cada manhã
Que mal abro meus olhos
E já o encontro.
Não há dia
Que eu achei ruim,
Não há nada que me fira,
Tenho você
E você é parte de mim,
Meu escudo,
Meu amparo,
Meu refúgio,
Meu amado.
Amo seu olhar,
Seu cheiro,
Sua cor que me conquista,
Seus carinhos
E tudo de nós
De todos os dias.
As vezes,
Fujo de onde estou
E me ponho a pensar
Em mulheres de anos atrás,
Mas, prefiro minha realidade
Em tudo que houve
Ou haverá,
Nossa realidade me trouxe você,
Você é meu tudo,
Minha vida,
O motivo do meu existir,
Sem você não sou nada,
Não consigo me imaginar
Sem você,
Eu, simplesmente,
Não existiria.

domingo, 21 de setembro de 2025

Foi Amor ou Deveria Ser

Como Genar imaginaria
Que Erick usaria a faixa
De pedestres justamente
No instante em que ela dirigia?
Em meio ao tráfego intenso,
Parado junto a tantas outras
Pessoas,
Por quê, justamente,
Naquele instante ele
E apenas ele decidiu passar?
Retirou-se debaixo
Da casinha de ponto de ônibus,
Colocou uma perna
Em direção a faixa,
Depois a outra,
E seguiu como se fosse o dono,
E de fato,
Da empresa ele era,
Mas, da via pública?
Aí não.
Da via pública ele não era.
Bem, Genar não imaginou
Que ele entraria na pista,
Ele não deve ter pensado
Que ela pararia tão bruscamente
Sobre ele,
Até que o carro colidiu
Contra sua perna,
Ela gritou de medo,
Ele abriu a boca assustado,
Não disse nada
E ela depois de desfazer todas
As marchas,
Acertou o pedal do freio.
- Cara, eu te acertei?
Ela gritou da janela aberta.
Três carros pararam bruscamente
Atrás dela,
Ao seu lado um carro enorme
E vermelho dirigido
Por um idoso de cabelos brancos
Sofreu uma colisão traseira,
Rodopiou e bateu
Contra sua porta.
- Cuidado!
Ele gritou
E levou a mão sobre o capô
Do carro dela,
E depois para o alto.
Ela nem pode ver a batida,
Realmente, o rosto resplandecente
De Erick era absurdamente
Perfeito.
Foi amor,
Ou deveria ser.

Schaul

Certa vez,
Anie decidiu ir até
Sua vizinha fazer a unha.
Deixou seus filhos,
Paul e schaul dormindo.
Sem esquecer de se voltar,
Ir até o quarto,
Beijar o rosto de um,
Virar-se para a outra cama,
E beijar o rosto do outro.
Se afastou do quarto,
Segura de que ambos
Ficariam bem,
Um tinha dois anos
O outro um.
Ela fechou a porta,
Depois fechou, também,
A porta de saída.
-Ola. Mirtiz, caso você
Ouça algum barulho
Me avise,
Eu deixei as crianças dormindo.
Ela falou.
Abriu o portão sozinha
E entrou.
- claro, sua casa fica
Aqui do lado
Não é possível
Que elas acordem
Sem que as ouvimos.
Anie sorriu em retorno.
- pois é, Argun está trabalhando,
As crianças me tomam o tempo,
Eu gosto de bem sentir bem,
Escolher um tempo para mim,
Sabe?
Ela disse.
-Sim. Certo.
Os filhos exigem do nosso
Tempo... Você prefere o vermelho?
Mirtiz indagou.
Tendo pressa em escolher
As cores e iniciar o enfeite
Das unhas de Enie.
Paul abriu os olhos,
Buscou pela mãe
Pelo quarto e não a viu,
Com pouco esforço
Ele levantou da cama,
Foi até a porta,
Abriu a porta e continuou
Sem ver a mãe.
Porém, não fez barulho,
Ao retornar para o quarto
Encontrou Schaul ainda
Dormindo,
Ele parecia um anjo,
O seu anjo.
Paul foi até a cama,
Chegou bem perto
E com algum esforço
Pegou o bebê no colo.
De passo a passo,
Chegou até a porta
Do quarto que deixou aberta,
Seguiu pelo corredor,
Então, se enroscou no tapete
E caiu sobre Schaul
De maneira que seu ombro
Bateu contra o pescoço
Da criança,
Schaul bateu com a cabeça
Contra a parede,
Sangrou.
Schaul não chegou a chorar,
Paul, sentou no chão,
Não entendeu como caiu
Ou nem porquê o menino
Não acordava.
Então, cansado,
Ele deitou ao lado
Do irmão,
O abraçou com carinho
E ficou ali olhando o teto.
“Eu tinha dois anos
Quando meu irmão sumiu,
Eu o amava muito,
Por quê ele nunca voltou?”
Paul indagou seus pais
Enquanto tomavam café
As oito da manhã
De quinze anos depois disso.
-Schaul?
Indagou sua mãe.
Enquanto tomavam um gole
De café
E o olhava assustada.
-por quê indaga filho?
Indagou Argun.
-“ele está demorando muito,
Eu já sinto saudades.
Paul falou.
Argun levou sua mão
Até a da esposa
E chorou.

O Assassinato no Domínio Público

A família Barbieri foi exposta, Por poucas motivações, Desvio de verba pública: O patriarca aproveitou-se De suas funções de...