domingo, 21 de setembro de 2025

Foi Amor ou Deveria Ser

Como Genar imaginaria
Que Erick usaria a faixa
De pedestres justamente
No instante em que ela dirigia?
Em meio ao tráfego intenso,
Parado junto a tantas outras
Pessoas,
Por quê, justamente,
Naquele instante ele
E apenas ele decidiu passar?
Retirou-se debaixo
Da casinha de ponto de ônibus,
Colocou uma perna
Em direção a faixa,
Depois a outra,
E seguiu como se fosse o dono,
E de fato,
Da empresa ele era,
Mas, da via pública?
Aí não.
Da via pública ele não era.
Bem, Genar não imaginou
Que ele entraria na pista,
Ele não deve ter pensado
Que ela pararia tão bruscamente
Sobre ele,
Até que o carro colidiu
Contra sua perna,
Ela gritou de medo,
Ele abriu a boca assustado,
Não disse nada
E ela depois de desfazer todas
As marchas,
Acertou o pedal do freio.
- Cara, eu te acertei?
Ela gritou da janela aberta.
Três carros pararam bruscamente
Atrás dela,
Ao seu lado um carro enorme
E vermelho dirigido
Por um idoso de cabelos brancos
Sofreu uma colisão traseira,
Rodopiou e bateu
Contra sua porta.
- Cuidado!
Ele gritou
E levou a mão sobre o capô
Do carro dela,
E depois para o alto.
Ela nem pode ver a batida,
Realmente, o rosto resplandecente
De Erick era absurdamente
Perfeito.
Foi amor,
Ou deveria ser.

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