Como se Deus a estivesse escolhido pelo nome,
Me apaixonei por ela, como nunca amei outra mulher,
Seus olhos tinham o mistério de uma pedra granada,
As vezes escuros cobertos pelo véu das sombras,
Como se fossem donos do luar,
Detinham o brilho de duas estrelas,
Outrora eram avermelhados na cor do amor,
Como se pudessem refletir o sentimento guardado em seu
peito,
Os astros do céu conspiravam contra ela,
Enfurecidos diante de tão rara beleza,
Feito uma rainha soberana em bondade e ternura,
Fazia o amor curvar-se e prostar-se para servi-la,
Como se do próprio amor tivesse sido esculpida,
A imagem do paraíso que encontrei em minha vida,
Fez meu coração sincero, perdido em traiçoeira
insegurança,
Cair aos seus pés feito um servo, e sair coroado ao
alcançar sua estima,
De súbito avistei meu anel-selo em meu dedo,
E com um pedido silencioso de casamento,
O entreguei a ela para que agora sua assinatura fosse
minha,
E toda escrita por ela criada seria vista como de minha
autoria,
Fique com a prata e faça como achar melhor,
Disse a ela em um ímpeto de puro amor,
Ajoelhado sobre minha perna direita,
Toquei docemente sua mão,
Segurando-a sobre minha perna esquerda,
Próximo ao calor do meu coração,
E gentilmente coloquei o anel em seu dedo,
Com a prata encarregada de conquistar ambos,
Mão e coração no fulgor de esplendida paixão,
Logo, selei o pedido com um beijo cheio de emoção,
Entre o anel-selo da minha família,
E o calor de sua pele macia,
Feito um pacto sagrado unindo passado e futuro,
Encontrava-se o anel símbolo e a razão de todo meu afeto,
Seguros no calor do mais digno amor,
Demonstrando o vigor de nosso sentimento,
Tudo foi escrito em nome do amor,
E selado com o anel símbolo.
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