-Eu te amo, minha vida, saiba disso-,
Disse eu, com meus olhos espelhando amor
E um toque de afeição em seus olhos azuis límpidos,
A lua se erguia atrás de nós – a iluminar-nos -,
As estrelas brilhavam de forma extraordinária,
Uma brisa fresca brincava com nossos cabelos,
Estendi minha mão e toquei a sua – segurei-a -,
A vista espetacular do amor que declarava-se,
Estendia-se por quilômetros de distância,
A todo aquele que abrisse o olhar na direção do horizonte,
Veria os sorrisos que brincavam em nossas bocas,
E entrecortavam as juras de amor incontido,
Eu soube naquela hora que todos sabiam de nós,
Que não havia possibilidade de esconder-nos,
O que sentíamos era testemunhado por todos,
A maneira como nos tratávamos, os olhares, os sorrisos,
Recostei minha cabeça em seu ombro forte,
O amor rompia de dentro de nós e tomava forma,
No carinho das nossas mãos entrelaçadas,
Até o beijo que chegava a boca mas não era entregue,
-Eu te amo, meu amor -, repeti pondo ênfase nas palavras,
Lágrimas vieram em seus olhos e por trás delas o amor,
Entre a lua e as estrelas, não tão distantes delas,
Um amor rompia qualquer barreira e iniciava-se ali mesmo,
Na grama molhada pelo sereno da noite que se levantava,
Alguns pássaros noturnos cantavam, o mundo se erguia para
nós,
O universo desejava nos manter juntos – ouvia-nos-,
Meus lábios tremiam de desejo sem eu poder fazer nada,
Como uma criança que tem seu brinquedo e não quer largar,
Eu me encostava nele e o segurava – eu te amo, repeti -,
Ao longe um bando de pássaros revoou assustando-nos,
Passei para o seu colo, colei meu rosto ao seu pescoço,
“Deixe aquele que você tem ser aquele que você quer”,
Ouvi ressoar ao longe, mas não disse nada,
Fiquei onde estava e ele em seu silêncio presunçoso,
Senti que teria algo a dizer e que isto mudaria algo,
- Meu amor, permita a quem te abraça ficar na sua vida-,
Me vi dizer com a voz doce e convidativa, quase em
sussurro,
- Meu amor, eu confio em meu coração e ele é meu guia,
Ele me fala em cada instante a quem devo amar,
E sabe quando ele começou a sussurrar um nome sem parar? -,
Estremeci involuntária com medo de o indagar,
Mas o fiz: - não sei,
meu amor, mas você pode me falar?
-Querida, ele fez isso desde a primeira vez em que cruzei
com seu olhar,
A viu e desejou em meu abraço,
Com ânsia louca de quem não quer mais nada,
Confie no que eu digo, note a honestidade com que falo -,
Não resisti ao impulso, me afastei um pouco,
E segurei seu rosto entre as minhas mãos,
Olhei-o no fundo dos olhos, e reconheci a verdade neles,
Me aproximei o bastante para tocar em seus lábios,
Senti o estremecer dos nossos corpos em confidência,
- Sim, existe amor verdadeiro e eu o tenho entre as minhas carícias.
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