Ela continuava acordada,
Depois do grande beijo acontecer,
Tocava os lábios como a senti-lo,
É certo que era apenas um sonho, ainda,
Mas nada poderia impedir o outro dia,
Aquele qual, planejavam juntos...
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Fechou os olhos para sentir sua boca,
Deitada sobre a cama sob seu corpo,
Deixou de ser sonho e era real agora,
O tinha sob os seus carinhos,
E não queria mais nada,
O beijo sonhado agora era provado,
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Rolava na cama, a procura do caminho,
Qualquer coisa que a conduzisse para lá,
Levanta a mão a procura do seu celular,
Deseja digitar seu número, não resistir e ligar,
Contar sobre a necessidade de ouvir sua voz,
Do desejo intenso de adiantar o tempo, só um pouco...
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Torcia os lençóis sob os dedos,
O primeiro encontro e tão esperado,
Agora se fazia intenso e perfeito,
Em cada detalhe que ela sentia sobre o seu corpo,
A maciez e doçura das carícias que provava,
Se pudessem falar, falariam de satisfação, amor e outra coisa,
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Ela lutava contra algo maior que ela,
O desejo de aproximar uma voz ao pé do ouvido,
De encurtar a distância que estava ferina,
De sentir o grave do seu tom se tornar mais rouco,
Não menos intenso, apenas mais próximo,
Tocar o rosto que não saia dos seus pensamentos,
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Ora, daria para se dizer que foram feitas promessas,
Ou que ficaram caladas no vão de suas bocas,
Entre cada beijo que não desejava ser parado,
Mas que caia ao silêncio por puro deleite e desejo,
Como se desejasse criar uma expectativa,
Uma miragem de tudo que logo se desenrolaria...
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Acordada na noite feito uma sentinela,
A guardar o sentimento e emoção despertada,
Tentativa inútil de conter o amor que se derramava,
E que desejava sair da realidade utópica,
Para ir além dos seus dedos que tateavam às escuras,
Encontrar sua pele onde seus carinhos fariam morada,
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Depois das doze, antes das seis, dormiu também,
Apenas o sentimento se mantinha acordado,
A espreita como se estivesse abraçado a saudade,
Com um beijo de despedida e um singelo:
Querido, dirige com cuidado e por favor, fica bem,
Ela pensa: ele acredita no que sinto e digo,
Ou estou pecando por não saber demonstrar?
Mas, se cala, e pede um abraço apertado,
A pergunta é calada pelo beijo antes ainda de criar vida,
O amor permanece e ele dá a partida no carro,
À espreita e a acariciar suas lembranças coevas,
O amor antecede a frase que viria com a luz do outro dia:
Querida, você me faz sentir-me vivo, isso basta?
Perdoe-me, não sou bom com as palavras!
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