terça-feira, 11 de julho de 2023

Seu Abraço

 

Enfrentar o fim do abraço é alarmante,

Ter que me afastar dele,

Mesmo que para olhar em seu olhar,

Contemplar sua face,


Não há o que possa doer mais,

Ignorar a dor é terrível,

Soaria estranho pedir mais um pouco,

O aconchego que há nele é único,


O menino com este coração acelerado

Que parece pulsar sobre o meu,

Me dar forças para seguir adiante,

Alegria por senti-lo unido a eu,


Ágil e preciso e motivador,

Este coração parece pulsar desconhecido,

Depois de senti-lo,

Não consigo ficar tão longe,


Mesmo que seu cheiro me busque,

Nossos olhares permaneçam unidos,

Eu preciso senti-lo.

Acaricio seu corpo com movimentos lentos,


Quero permanecer nele,

Há nisto um meio?

Me vejo tocada de forma profunda,

Tão grande e intenso,


Sob a sombra da distância,

Se assemelharia a um túmulo,

Acho que ali tanto eu poderia dormir segura

Como me perder e não saber voltar,


Maior que eu um pouco,

Mais forte que meus músculos em muito,

Rígido e por vezes prepotente,

Se adentro ali não sei qual caminho pegar,


Tenho medo de olhar meu redor

E ter ido para tão distante

Até não reconhecer mais nada,

Me vejo apegada e grudada a seu peito,


Ali é quente, seguro e intenso,

Não preciso ver mais nada – preciso?

Suas mãos me seguram tão intensas,

As minhas cabem tão bem dentro delas,


Meu corpo sabe se moldar a ele,

Não tenho medo do que vejo em seus olhos,

Nele eu não temo o meu caminho,

A ponte que liga o homem amado


Ao futuro pretendido e até sonhado,

Não cai com chuva alguma,

Ela não sofre rupturas,

Seus alicerces conduzem a qualquer rua,


O lado de fora do seu abraço se assemelha a indiferença?

Pre-po-tên-ci-a a minha,

Não a sua,

Apegada a ele feito sua roupa,


Mas roupas não permanecem por 24 horas,

Elas são removidas e trocadas pela necessidade,

Esta mesma que me faz querer ficar,

Me pede que me afaste,


Andar sobre seus passos ou dentro de suas pegadas,

Me soa a algo sombrio e desconhecido,

Então, me lembro de seus batimentos,

Do seu pulsar sobre meu coração mais lento,


Chamo por sua mão e o medo se afasta,

Como tinha de ser,

Então, acho que é assim com todo mundo,

-Seus passos são grandes e profundos,


Nossa, que assombro!

Me vejo dentro deles e tão pequena,

Será que se eu for rápida eu caio?

E caindo você saberá se voltar?


Você me vê como preciso,

Entenda, estou sempre um passo atrás,

É de fato uma pegada marcante,

Ela quase cobre meu pé por totalmente.

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