Passou do meu horário
De dormir
Duas horas,
Minha razão é você,
Não encontro o sono,
E lá fora
A chuva cai fina,
Não me atrapalha,
Mas, faz neblina,
Se você fosse vir
Seria ruim.
Bem, muito ouro
Eu acho que confunde,
Embaça de alguma maneira
A visão,
E você já não enxerga
Mais nada.
Não escrevo agora
Para me despedir,
Cansei de perder,
De ver você partir,
E ficar a imaginar
Será a última vez?
Veja, nossos amigos
Se foram todos cedo,
Cedo demais para dizer adeus,
Mesmo quando tardei a dormir,
Quando busquei suas mensagens
Ou tentei um olhar,
Eles se foram,
E nunca irão voltar,
Porquê... Bem,
Para onde eles foram
Não há retorno.
Eu me iludo:
“Foi a droga”,
Contudo, você responde:
“Droga do ouro”,
Eu me faço de desentendida,
Você continua:
“Não é a bebida
Ou o cigarro”.
Eu continuo emudecida,
Você completa:
“Foi a cobiça mesmo”.
Eu confirmo com um acenar
De cabeça,
Você diz pouco e some de novo.
Eu penso
Quando irá ficar,
Eu temo
E se nunca mais voltar?
Minha razão de viver
Nunca foi o ouro
E quanto a você?
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