segunda-feira, 7 de abril de 2025

Metallica, Nossa Paixão

A música do Metallica
Tocando no vídeo,
E nós deitados sobre a cama,
Eu e o Bruce.

Conforme,
A música tocava,
Ele bebê de quatro anos,
Se aproximava
Olhando a tela,
Querendo chegar perto.

Minha vida,
Eu sorrio a contento,
Somos fãs assumidos mesmo.
E ele engatinha,
Se esfregando no cobertor,
E vai rumo ao horizonte dele.

- É aquele grupo do mercado, mãe?
Ele indaga.
- É sim filho,
É aquele que o pai chama
Pra te ver no mercado.

Ele fica feliz,
Sorri e canta.

Depois chega pertinho
Da tela,
Sente o cheirinho,
Se esfrega desde o sorriso,
Até a orelhinha,
Várias vezes.

- mãe, eu posso
Sentir daqui o carinho!
Ele fala.
- é claro que sim, filho.

Eu respondo.
E o abraço
Com todo amor
Do meu coração
E felicidades transbordante.
Metallica é nossa paixão!

Saudades Mashy

A tarde de segunda-feira,
Trouxe novidades,
Masharey se sentiu zangado.

De algum modo de irritou,
E brigou com os filhos,
Brigou intenso e prepotente,
Beliscou os meninos,
Beliscou as meninas
E não parou.

Foi próximo da cerca
De arame farpado
E se colocou em risco,
Brigou muito,
Sofreu ferimentos
E feriu o outro.

Rarehgalo,
Um menino gordo e roliço,
Penas escurecidas e lisas,
Apanhou e bateu.

A mãe de Masharey
Correu até ele,
Juntou-o caído do chão,
De bico aberto,
Sofrendo para respirar,
Com a crista toda ferida
E sangrando.

Foi difícil a decisão,
Mas foi resolvido
Retirar Masharey do terreiro,
Agora ele vai tratar os ferimentos,
E vai ficar fechado por algum tempo.

Todos os bichinhos de reuniram
Ao redor dele,
Mas ele não retirou a coroa,
Reinou absoluto em sua
Decisão anterior,
De brigar com quem viesse,
E exigir que tudo fosse
A seu modo.

Ele está com temperamento difícil,
Preferiu ficar exilado,
Tratar a raiva
Longe da turma,
As crianças vão sentir saudades,
Mas logo volta Masharey.

Agora ele vive lá no vovô,
Junto aos outros galos.

Cada um fechado em seu
Compartimento,
Com comida e água regular,
Porém, de portas fechadas
E quatro paredes ao seu redor.

Lá existem muitos amigos,
Masharey tem muitas histórias
Pra contar,
O tempo vai passar rápido,
Vai ser lindo ver o canto de todos.

Mas, já estamos com saudades
Masharey.

Brigado

Você é aquele cara
Por quem deixou de lado
Meu celular,
Dou um tempo
Para as coisas de fora,
E o procuro
Na ponta do meu dedo.

Você é aquele garoto
Que eu toco,
Deslizo sobre sua pele,
Você é aquele
Que se eu pego apertado
Você vira estilhaços,
Como um vidro
A espalhar-se por todo lado.

Eu não sei se recolho,
Se finjo que nunca tive,
Mas, querido,
Você não é daqueles
Que ignoro,
Você é o tipo
Que sabe defender-se,
E quando fere
Você me dói pra valer.

Noutras vezes,
Você é tipo espelho,
Mil pedaços no chão
Caída de mim mesma,
Meu reflexo multiplicado
Tão pequeno
E tão pequeno,
Mas querido,
Sempre refletida.

Por quê?
O amor é isso?
Ferir-se?
Do chão,
Feito um espelho
Eu posso ver todo o redor,
Vejo além dos planetas,
Vou até muito distante,
Mas, não posso ser sua,
Querido, isto me dói a valer.

Depois eu peço desculpas,
Eu não peço,
E nós seguimos,
Sempre juntos,
Querido,
Quando eu busco
Seus olhos,
As vezes, escondido
Eu gostaria de lhe pedir
Quando você se parte
Entre meus dedos
Você se fere?

Porquê querido,
Eu lhe parto em tanto,
E em muito você cai,
Mil pedaços
Não é muito para você
Se reconstruir
E logo no outro dia
Estar inteiro para mim.

Por quê?
Você está partindo
Para mais longe que os planetas?
Você se importa comigo?

Querido,
Eu vejo meu erro,
Chego em você e distorço tudo,
Eu não quero estar sozinha,
Mas, a um dedo
E você cai do lance,
E a minha mão cheia
Aonde eu poria você?

Eu gosto disso,
De ter você ao meu dispor,
Por você eu deixo o celular,
Por você eu procuro
O site exato,
Me conecto com som alto,
Mostro que estou te vendo,
Você sempre irá dizer:
Brigado?
Isto é status de relacionamento
Ou você está contendo?!

Frutinhos de Canela

Na tarde do dia
05 de abril do ano de 2025,
A Chácara Ahmed recebeu visitas.

Um casal distante
Veio passar algumas horas,
Aproveitou e se deliciou
No pé de canela,
Que soltava seus frutinhos
Amadurecidos.

A canela carregou tanto,
Que seus galhos
Arcavam com o peso,
Ficou tudo azuladinho,
Cada cachinho de canela,
Com muitos frutinhos,
Diversos cachinhos
Em cada ponta de galho.

O pé de canela cresceu bastante,
A cada ano ele ganha
Uns cinco metros.

Nisto, aquele casal de aves
Ficou feliz e satisfeito.

Comeu trepado no galho,
Voando de um pé para o outro,
Andando da ponta do galho
Ao início,
Voando de uma extremidade a outra.

O Bruce Wayne
Nunca ficou mais feliz,
O casal se juntou
Para ajudar ele a colher
Os frutinhos,
E ficaram na pontinha do galho
Mais baixo
Para fazer peso.

O galho encostou no chão,
Bruce pulava feliz,
Colheu com as duas mãozinhas,
Colheu o frutinho na boca,
Feliz da vida.

Depois,
Pegou uma lata de guardar café,
E encheu a latinha
Com os frutinhos
Para usar depois em doces,
Chás e temperos.

No final da tarde,
O casal de aves,
Negras com um bigode vermelho,
Os Jacus ganharam consentimento
Do Bruce para dormir
Na árvore.

A felicidade foi incrível.
Eles ligaram o radinho
Metallica,
E dançavam de um galho
No outro.

Jogando canela na boca
Como se fosse pipoca,
Sentados no chão e rindo.

Bruce se divertiu.
Ele adora a época de colheita
Dos frutinhos.
Pois, é anjo de menino.

Namadinha a Danadinha

O verão do ano 2025
Foi intenso,
Namaduna foi ao pet
Pediu corte novo
Retirar todo o cabelinho.

Isto mesmo!
Ficou carequinha.
Quem aguentou foi PrinssosRah,
Seu pelo cresceu
De maneira extraordinária.

Ele virou um urso de pelúcia,
Contudo,
Tem suas peculiaridades.
Ele não quer ser pego no colo!

Não.
Prefere ser garoto solto
Ao vento com a grama
Batendo em suas patinhas,
No colo?
Não!, nunca!

Sua mãe tentou
Dar um abraço no menino,
Retendo ele sobre suas pernas
Por algum tempo,
O garoto se exaltou
E tacou seus dentinhos.

Mordeu a mamãe.
Lindo menino,
Do sorriso mais perfeito.

Imediatamente, foi solto
Junto com Namy.

Namadinha,
Acordou logo cedo
De sua caixa de calcinhas,
Biquíni e sutiã,
E advinha:
Sete lindos ovinhos
Que ela passa, agora,
O dia todo
E a noite toda lá chocando.

Era cedinho da manhã,
A mamãe dela tomava
Um café colhido do lado da horta,
(Colhido, torrado no forno,
E moído com o pau de fazer massa).

Com leite retirado da vaquinha,
Pelo vovô,
E o açúcar feito pelo
Próprio pai,
Retirado da cana de açúcar
Do lado do quintal,
Aquele mesmo onde Namady
Colhiam as suas minhoquinhas
Para encher seu papinho.

Bem, feito o café,
Tomado com bolinhos,
Namady levantou
Rebolando o rabinho
Naquele corpo gordinho,
Tomou água no potinho,
E pediu colo para a mamãe.

A mamãe,
Que estava sentada na cadeira,
A pegou,
Abraçou, acariciou e beijou.

Namady ficou tão feliz,
Que fez cocô ali mesmo,
Sobre a calça da mamãezinha.

No cocô saiu um verdinho.

A mamãe ficou super feliz,
Pois agora Namadinha
Estava muito melhor
E sem verminhos,
Todavia,
Ela soltou Namadinha no chão,
Com beijinhos
E foi logo cedo para o banho.

Danadinha, a Namadinha!

A Perninha Ferida

As nove horas
Da manhã de segunda-feira,
Masharey e o Mohagalo
Iniciaram a cantoria.

Cacarejaram por muito tempo,
Em conjunto e bem alto.
Masharey subiu no pé
De figueira da China,
E lá do galho,
Bem no finalzinho
Ele cantou outra vez.

Masharey fez tão bonito,
Que seu andar até o fim do galho
Pareceu um desfile
De um pezinho rapidinho
Atrás do outro,
Foi lindo ver.

O galho balançava
Para cima e para baixo
Com ele,
Parecia um balanço.

Ele subiu bem no fim,
Olhou para Mohagalo
E abriu as asinhas e cantou
Alto e profundo
Olhando do chão
Até onde a vista alcançava.

Mohagalo abriu suas asas,
Ergueu o peito pro alto
E cantou por muito tempo.

Mohagalo é filho de Masharey,
Mas criou-se enorme
E corpulento,
Possui penas vermelhas
Como o sol poente.

Algumas são pretas
E elas brilham ao sol
Sob um efeito verde e azul,
É inacreditável como
Aquelas pernas vermelhas
Percorrem o corpo dele
Lisas, e espessas até o rabo
Azul.

Suas pernas parecem cabelos
De tão lisas e brilhantes,
No entanto, são grossas.
Suas pernas são compridas
E magras.

Entre os dois
A cantoria foi longa,
Então, Bruçane foi ver
O que havia.

Eles pediram saúde
Ao galinho filho do Masharey,
O Mahagalinho,
Ele caiu ao correr
E feriu uma perninha.

Calorosa em seus sentimentos,
Bruçane juntou sua camiseta,
Segurou com as patinhas,
E rasgou com os dentes,
E junto ao Bruce Wayne,
Wolverine e Bruçano,
Eles amarraram a perninha
Do irmão que estava manco
E torceram por sua melhora.

Mohagalinho ficou feliz,
Foi até o cochicho de pneu,
E comeu bastante da ração
Molhada com água
Que havia lá.

- então, como você está irmãozinho?
Indagou Masharey com sua asinha
Sobre a coluna de Mohagalinho
Que comia feliz.

- estou muito melhor.
Respondeu ele,
Erguendo a cabeça,
E sorrindo.

Depois ele levou o pescoço
Ao redor do pescoço do paizinho,
E abraçaram-se.
- que bom, meu filhinho!
A turminha ficou toda feliz.

domingo, 6 de abril de 2025

Fim de Casamento

Alguém bateu na porta,
Três vezes,
Chamou meu nome.
Eu estava com o chuveiro
Ligado,
A água morna
Percorria meu corpo.

Eu cantava
Uma canção romântica,
Antiga e esquecida.

Ouvi de volta,
Palmas altas surgiam
Da minha área,
Pensei comigo mesma:
Mas o portão esta fechado,
Não há como alguém
Ter entrado”.

O barulho continuou,
Eu desliguei o chuveiro,
Parei para ouvir
E não pareceu engano.
Mas eu não esperava ninguém.

Saí fora do banheiro,
Olhei o celular,
Não havia mensagem,
Então, sem avisar
Ninguém viria.
O que seria?

Soltei o celular
Sobre o sofá,
Estava abrindo a porta
Do banheiro,
Quando surgiu um estranho,
Me abraçou pelas costas.

Eu quis reconhecer o cheiro,
Tentei me esquivar
Para ver quem era,
Mas dois braços fortes
E masculinos me envolveram
Sem dizer nada.

Apenas usou sua força,
Eu estava nua,
O chuveiro estava desligado,
Então, ele me empurrou
Até a água,
Ligou fortemente o chuveiro,
Pegou o chuveirinho,
E o empurrou
Contra as minhas narinas,
Até o final.

Eu tentei suspirar,
Tentei gritar,
Tentei respirar...

Eu lembro que meu ex marido,
Finalmente foi embora,
Depois de dez anos de casados,
Ele deixou nossa casa.

Mas não sem prometer,
Eu volto,
E você irá me querer
Menos ainda que hoje.

Meu último suspiro
Foi está lembrança,
Ele abrindo a porta
Depois de ter saído,
Colocado o rosto lá dentro,
Com seus olhos azuis ofuscados,
Seus lábios me dizendo isto,
Ele retornando o passo
Que deu até a sala,
E fechando a porta.

Depois disso,
Tudo se apagou,
Eu arfei,
Arfei sem querer,
Eu busquei o ar,
Eu quis viver,
Por Allah,
Como desejei a vida.

Água retornava
Do meu corpo,
E água entrava por ele.

Me vi aos doze anos,
Sentada sobre minha
Cama de solteiro
Lendo o Alcorão:
“Ó Meus servos que vos excedentes em detrimento de vós mesmos, não desespereis da misericórdia de Deus. Deus perdoa teus pecados. Ele é compassivo e misericordioso.”

Logo, as páginas se ofuscaram,
Eu movi a mão,
Quase abri os olhos,
Eu estava inerte no chão,
Tudo foi se apagando.

Eu me senti carregada,
Eu acreditei que estava,
Não sei se naquele estado
Se acredita em algo,
Fui, depois, jogada no asfalto.
Não senti dor.
Tudo ficou escuro.

Primeira Noite

Ninguém duvidaria Que conhecer uma garota Dentro de um casamento É o maior erro da vida, Exceto eu, Que encontrei a madrin...