quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A Lua

Com a lágrima a silenciar a garganta,
A mulher acorrentada olha as estrelas,
Presa a promessa que não poderia ser quebrada,
Sozinha, sentindo a vida se esvair das suas veias,

Porque será que no frio da noite
A lua se apresenta tão inconstante?
Gelada, precisa do sol para brilhar,
As vezes se perde em si mesma,

Como se precisasse de motivos para renascer,
E porque não precisaria se é tão frio e escuro o anoitecer?
Feito um manto de solidão,
Cala a fala do coração,

Sozinha e entristecida em sua dor,
Será que ainda acredita no amor?
E se não acreditasse será que se negaria a iluminar?
Diga linda lua, porque é que ainda brilha?

Silenciosa em sua angústia,
Faz do véu de estrelas,
Um manto de lágrimas,
Triste vento noturno,
Suspiro sofrido dos apaixonados,

Que ao tocar o firmamento
Desce em orvalho aos enamorados,
Seria este o motivo de contemplar o céu abraçado?
E o brilho que ilumina o olhar,
Seriam pequenas estrelas que identificam a pessoa amada?

E o beijo que antecede o sorriso,
O encanto do firmamento expresso em calor humano?
Diga linda lua, porque é que ainda brilha?
Talvez porque se sinta amada.

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