segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Três Horas da Tarde

Três horas da tarde de sexta-feira,
Ocorrência no centro da cidade,
Tendo como vítima uma advogada bem sucedida,
E como autor um homem não identificado que usava uma máscara na face,

O criminoso a esperava no estacionamento do subsolo do banco,
E logo que ela desativou o alarme do carro,
Este estranho saiu do nada e lhe apontou uma arma,
Pedindo que lhe entregasse a bolsa

Sem oferecer resistência,
Ela pediu calma com a voz alterada que denunciava fobia,
Com as mãos trêmulas pegou a bolsa,
E com lágrimas no olhar pediu que poupasse sua vida,

A alguns metros daquele ponto,
Um homem estranho aos fatos,
Achou os movimentos suspeitos
E se aproximou oculto para o caso de necessitar prestar socorro,

Alcançando o fim da conversa
Antes que o bandido oferecesse resposta,
O cidadão surgiu com um movimento rápido
Detrás de um dos carros com um salto,

E se posicionou atrás do bandido,
Com um movimento brusco fez a arma cair ao solo,
Com um estalo seco que lhe doeu aos ouvidos,
E o imobilizou aplicando uma chave de braço no pescoço,

Soltando o bandido desacordado no piso frio e sujo.
Ao se voltar para a moça, 
A viu agradecê-lo trêmula e angustiada,
Comovido, o cidadão ofereceu um lenço
Para secar suas lágrimas,

E se apresentaram um para o outro,
Reconhecendo-o como um homem íntegro,
Ela lhe entregou um cartão do escritório
E o convidou para tomar um suco.

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