Conta a história que uma moça,
Com o cabelo adornado por uma flor de primavera,
Andava pela estrada de braços abertos,
Com um sorriso nos lábios que iluminava os olhos,
A brincar com a chuva que suavemente lhe tocava,
Brincando nas poças de água que se formavam,
Andava de olhos fechados por reconhecer aquele caminho,
Sentindo o cheiro da terra molhada,
Das flores das árvores que desabrochavam em frutos,
Porém não imaginava que o campo a sua frente,
Lhe reservasse uma surpresa diferente,
Entre a chuva e o barulho de um trovão,
Se deparou com algo que sobressaltou o coração,
Um tropeção e teria ido ao chão,
Não fosse as mãos do cavalheiro que a seguraram,
No entanto a flor do seu cabelo caiu sem perdão,
Assustada não sabia se se desculpava,
Ou se tateava a flor que lhe enfeitava,
Então passou as mãos sobre os olhos,
Tentando limpar a chuva que embassava sua visão,
Com um sorriso tímido se desculpou com emoção,
Mas antes que a flor pudesse se sujar,
Antes mesmo de tocar a terra molhada,
O rapaz a segurou com um sorriso meigo,
Se ofereceu para recolocá-la em seu cabelo,
Enquanto a protegia sob seu guarda-chuva,
Usando uma mão ele a colocou em seu lugar,
Talvez por descuido sua mão roçou em seu rosto,
Com seu corpo tão próximo ao dela,
Ficou inebriada com seu cheiro másculo,
E o amor fez seu toque parecer uma carícia,
Dentro do ruído da chuva,
Ninguém precisou falar nada,
Para entender se tratar amor a primeira vista,
Entre a cortesia e o descuido o amor ganhou forma.
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