A moça levanta-se logo pela manhã,
Sente-se satisfeita e feliz,
Absorve o cheiro bom que seria de café,
Pois bem, dessa vez não o é,
Vem dele,
Do homem que repousa ao seu lado,
E que por tanto tempo fora esperado,
- o homem que amo,
Ela diz com um sorriso desfeito,
Há marcas de batom por seu rosto,
Mulher nem uma diria que neste aspecto
Ela sorria,
No máximo chamar-se-ia esboço,
Houve nisso,
Um sorriso ingênuo chamando-a,
Nele um sussurro de já está acordada?
Ela o abraça forte e o pede para ficar,
Ele a olha de forma indagadora:
-Então, você me ama?
Mas não ousa perguntar,
Ela junta seu corpo ao dele,
-Sim, o amo.
Mas, prefere ocultar.
Apenas cola seu rosto ao dele como um,
Beija-o sôfrega e intensa por todo o rosto,
Vira-o e chega a sua boca,
Prepara-se para o que vale a sua vida: tê-lo!
Tenta acompanhar tudo que ele pensa,
Deseja ser importante,
Deseja ser amada e correspondida,
Seus ouvidos parecem latejar, porém,
Ela sente medo que tudo se esvaia,
Feito a névoa lá fora,
Que agora se deseja sobre a janela,
Mas dentro em pouco se dissipa
É como se ela fingisse nunca estar.
O telefone interrompe o pensamento,
Ela o ignora, ele não;
Então, ela o pede que atenda,
Ele tremulo o segura e diz: alô,
Então, vira para ela e pede:
- Digo que é quem?
Ela sorri e acaricia o seu pescoço,
-Ora, amor diga seu nome.
Ele se vira e o fala com voz tênue,
Então, volta-se:
-Como me identifico?
Ela sobe a carícia para o rosto,
-Meu amor, não seja rogado,
Diga a este: é o meu amor!
Aquele que tenho para esposo.
Ele sorri diante disso,
E assim, fala, presunçoso.
(Daí para a frente, não há recuo).
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