-Josinei, eu te amo.
São duas da manhã,
Meu coração chama por nós,
Bem isso não é notícia.
Fecho os olhos,
Talvez, você acredite que eu tenha dormido,
Mas lhe pareceria que eu acordo,
Recordo nós dois juntos,
Tem como nos ver em separados?
Sim, o amo, eu o amo e você sabe disso.
-Ah, não me fala de amor mulher...
Parece que ouço você dizer,
Chamo seu nome outra e outra vez,
Meu coração parece te ver,
Não deve ser engano o amo tanto,
Não mereço este nosso distanciamento...
Bem, nem você,
Por dentro de mim há algo novo,
Algo infinito e abundante,
Meu coração transborda em sentimento,
Te amo muito mais que antes,
E se antes não te disse,
Bem, saibas, sim o amei desde o primeiro instante...
- E você o que fez dele?
Do homem que amei desde a primeira vez,
Você alega que agora parece que ele não existe,
Isso se deve ao fato de estarmos distantes?
Por que, bem, não me decidi quanto a que ser,
- O que afirmo é amo você.
Me fala, você: quem é este homem?
Este que amo tanto mesmo sem você perceber,
Você viu que eu te amava em cada ponto?
Os seus amigos, eu acredito que percebiam,
Eles te falaram sobre isso?
Meu coração fez da sua saliva um império,
Ela escorre por dentro de mim e sinto sua falta,
Então, por vezes choro,
Como faria de outra forma,
Sinto o meu interior se esvair de você
E não fazer outra coisa além de me percorrer,
O sinto em meu corpo outra vez,
Não falo nada, mas vejo você,
Então, você retorna para mim de novo,
É como se nunca estivesse estado em outro lugar,
-O mundo é triste sem você.
Meu coração deseja fazer uma coisa, Josinei...
- O quê?
Ter você mais perto, ao meu lado,
Junto comigo,
Estou errada em te amar tanto,
Acredite eu sofro de esquecimento,
Chego ao fim e ao início,
E sempre encontro você de novo,
Talvez, você não tenha me visto,
Mas eu persegui seu cheiro,
-Eu estava errada nisto?
Este homem perfeito que amo existe,
Não se esqueça de quem você foi e é,
-Josinei, amo você!
“Por seu desprezo ou respeito?!”
Levanto a taça com o vinho forte,
Parece o seu corpo, sua pele,
Sorvo cada gota, cada detalhe,
Lembro você tão quente derramando-se...
Já são quatro horas da manhã e eu não me importo,
Levanto e vou até a porta:
-Vou, hoje, sair com seu amigo,
Espero que não se importe!
Tranco a porta atrás de mim,
É como se eu o deixasse lá dentro,
Embora saiba que o levo comigo.
“Por seu desprezo ou respeito?”
Mereço a ambos!
Onde o espírito julga vagar,
Não é interessante que permaneça vazio,
Prefiro encher de algo,
Me inundar até encontra-lo,
Espero que nisso eu não me afogue,
Deus me livre fazê-lo sofrer,
Caminho por entre as sombras,
Antes você gostava disso,
Espero que recorde quando souber...
Nessa imundície em que piso,
Eu sinto o esplendor,
Sujo o calçado na grama molhada de névoa e poeira,
Me sinto um “monte” andando as cegas,
Ah, ao passado,
Olho para trás e vejo a janela aberta,
Esta porém, era preocupação de outrora.
-Josinei, olá.
Digo ao abrir a porta do carro,
Seu amigo nem se espanta!
Ele sorri, embora eu não saiba se gosta disso.
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