Eu escolhi obedecer e acreditar,
Seria uma conversa social,
Com o trivial, sexo passageiro,
Mas, seu olhar me pediu mais que isso.
Eu não consegui resistir,
Meu olhar não pedia exigia você aqui.
Convidei- querido, vamos ficar juntos?
Peguei sua mão esquerda
Retirei-a de sua postura e a trouxe para meu seio,
Deslizei apenas um pouco,
Recostei ao meu coração.
-me entenda, é bem mais forte que eu.
Aqui de pernas trêmulas não posso
Para de olhar em seus olhos.
Imaginar sua boca
É mais que lhe dar crédito,
Não consigo vencer o que sinto.
-Vamos ficar juntinhos,
Tipo assim, mais íntimos.
Soltei sua mão em minha perna direita,
Levei-a para a frente.
Lhe fiz me tocar,
Sou confessa,
Me desculpa.
É tolice obedecer a um olhar?
Que droga,
Seu olhar me exigiu tanto de sentimento.
Quis protege-lo,
Ter você comigo,
Transar com você por horas e horas.
-Rahat.
Eu disse para mim
Olhando o chão,
Contemplando meus pés cansados.
Foi o primeiro nome que tive comigo,
Ele, o primeiro, grande cara que desejei,
Suor, lágrimas e outras coisas.
Quis provar do que antes não queria.
Virei para ele toquei seu rosto e o trouxe,
Pareceu tão fácil
Que não ousei tocar mais forte,
Fiquei sorvendo seu cheiro,
E sua saliva.
-Sede!
Eu disse e mais nada.
-Dê quê?
De viver, provar, intensificar.
-Sede de amar.
Jamais esquecer, errar ou ficar distante.
Ilusão, fadiga, opressão.
Que droga o direito parecia gritar ao ouvido,
Tanto tempo entregue a estudos,
Agora, então, o amor!
Ora, o tolo, ingênuo e nada simples amor!
Nada mais sórdido que se apaixonar tão fácil.
Querer, exigir, estar, pertencer…
-Rahat não me fez senão bem.
Amei-o tanto, tão rápido e fácil
Que tudo gritava aos meus ouvidos,
Irritava e era diferente,
Eu não sabia reagir,
Querer tanto,
Ser possuída e não possuir.
O ato de ser de alguém é complicado.
Não o beijei.
Vingava-me de quem despertava tanto amor.
Vingava-me de todos os que um dia
Eu tentei sentir afeto,
Cada beijo ou carinho inventado,
Vingava-me de mim por ser tanto
E tão terrivelmente sua!
Eu precisava do gosto do perder,
Imaginar não te-lo,
Não ser,
Já não me pertencia,
O solo em que eu estava sedia,
O anterior todo se rompia,
E ele, íntegro e passível ao meu redor.
Quem pensasse mal dele me feria,
Me vi obrigada a reprimir-me.
-Por que sentir desta maneira?
Eu o indago em voz alta.
Quero uma resposta sobre eu mesma,
Entender solo que tanto pisei
Se apresentar tão desconhecido.
-Ora, eu desperta por um homem!
Irônico, estúpido, desmedido.
Cativa deste homem.
Serva do sentimento pertencer,
Amar um bem-querer
Mais que ama-se a liberdade.
Estar liberta por ser.
Ser sua. Querer.
Querer é complicado.
Proximidade.
Beijo indecorado.
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