Todo pecado é ato de rebelião contra Deus,
Mas meu pecado não poderia ser maior,
Foi contra aquele que mais amei,
Teve por resultado a dor,
Triste angústia de um coração que ama,
E já não sabe se pode recuperar.
O orgulho, nisso, é o mais destrutivo,
Ver o rosto corado e em prantos,
Não por vergonha devido ao erro,
Mas por manter um tapa na cara
Que nunca foi dado,
Nem menos merecido.
Não.
Ele não me bateu.
Mas foi responsável por minha ruína pessoal,
Não sei se ainda tenho coração,
Cai em solidão profunda,
Destruída, abalada e aos pedaços,
Resta pouco, muito pouco.
E este pouco se junta tão rápido
Ao seu sorriso,
Que entendo tudo de que preciso,
Seu abraço e carinho.
Errei por um minuto,
Não fui forte o bastante,
Não pude impedir o fato,
Nem venci a tentação. Errei.
Por quê!
Vejo-me naquilo tudo
E pouco resta do que houve para entender.
Ignorância.
Tolice.
Naquele grande abraço dele
Me coube.
E isto foi tanto
Que não soube me conter.
Naquele porto seguro,
Naquele pequeno moço grande homem.
Eu errei.
Abraçada a ele e desesperada.
Errei.
Saudade você não verá mais neste rosto,
Apenas dor.
Sim. Dor e por quê!
Obsessão por mante-lo comigo,
Doentia numa entrega sem reservas,
Mas houve.
Reservas, mentiras e segredos.
Por pouco tempo, muito pouco.
Mas a olhar para o hoje,
Com o contar das horas percebi
Que nem tão pouco.
Notifico a ponta da língua,
Quem dera nunca mais sentir ou falar,
Não me valem beijos ou promessas,
Há soluços em meus pensamentos,
Um agudo de promissor.
-Adeus foi por você meu amor!
E nisso vi ele soltar minha mão direita e ir,
Guardo o calor, cheiro e dor.
Debaixo do peso desta tristeza
Febril eu ainda sonho muito,
Olhos serrados,
Sonhos despedaçados,
Descalço os pés para sentir o piso frio,
Queira Deus houvesse um descuido,
Um resvalar e
Adeus profundo.
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