Baixa estatura, cabelo cacheado,
Pele cor chocolate ao leite,
Viçosa e bonita,
Está suspirava o tanto
Que a garota do seu lado ria.
O motivo?
O lindo garoto, alto, loiro
E bem vestido,
Que bebia tanto,
O quanto não as notava.
Orgulho das moças posto em jogo,
Mas, aquela noite acabaria,
E não haveria beijo,
No máximo um sapato perdido,
De um rapaz embriagado,
Que não desejou moça nenhuma,
E não beijou por puro comodismo,
Nenhumas delas alegaria: alcoolismo.
Mas eu arrisco a palavra,
Eu ofereci minha taça de vinho,
O fiz modificar a bebida que consumia,
Tropecei em seu pé
E colei ao seu peito,
Cheguei perto de sua face,
Mais que isso seria realmente
Pedir o beijo.
Desejado.
Merecido.
Descabido para nós três.
Mas querido.
Ninguém gosta de ver homem
Caído a escada,
Com botões a menos na camisa,
E a bebida toda exposta
Na calçada,
Quem é que quer carregar um cara?
Homem bom é de porte ereto,
Senhor de si mesmo,
E principalmente,
Com todos os beijos a postos...
Que você compreenda meu entendimento,
E me permita lhe conduzir
De volta
Ao início desta história,
Todas, todas mesmo queriam o cara,
Mas ele parecia desejar apenas a bebida,
Eu das moças,
Experimentei o expor a perna,
E de tudo um pouco,
Menos a desgraça
Que houve com a coitada da Virgínia
Que de tanto passar
E esbarrar
Caiu e quebrou o salto,
Coitada,
De pés descalços,
Vestido perfeito esfregando no chão,
Motivo de descabimento,
Dali de onde eu estava,
Eu pude enxergar perfeitamente sua calcinha...
(Cá entre nós, que desgosto)!
Ao lado daquele cara lindo e desejado,
Eu jamais prestaria tanta atenção na moça,
Mas pensei que vi a dos risos embriagada,
Identifiquei tudo
Antes mesmo do fim da festa,
Hoje ninguém beija,
E é pouco homem pra tanta moça.
São quase quatro horas da manhã.
Tudo cheira a festa anterior.
Embriaguez,
Tropeções,
Beijos errados
Jogados pra longe,
Quase me sinto ofegante,
Enxugo as gotas e suor
Que colam o vestido branco
Em meios seios macios,
Chorar não adianta,
Escrever alguma coisa,
Ou contar histórias não faz sentido,
É tarde demais,
O jeito é afundar na garrafa,
Passar vergonha bêbada,
E amaldiçoar maldito cara.
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