Entretanto,
A história não guarda lembranças
Daquele 06 de julho,
Dia de alegria,
Beijos,
Lágrimas por entre sorrisos
De 2015.
Não havia nada de especial
Na flor da margarida africana
Que desabrochava
Nas cores branca e marrom
Delineado num tom escuro,
O beija-flor que chegou perto
E logo se foi
Não deixou expectativas,
Nada abalava o mormaço
No dia de sol nublado.
O que não importou ao assalto
De mudar a esquina
E deparar-se com seu corpo,
Uma forasteira terra corrido,
Uma louca atiraria,
Mas eu preferi a calma de olha-lo,
Contempla-lo com tempo
E sorrisos.
Não houve uma condução
Até seu carro,
Mas houve o abraço apertado,
O sussurrar de lábios,
E um beijo longo.
Não houve troca de telefone,
Ou novo encontro.
Foi única vez.
Sem sonhos,
Sem trocas de nomes.
Nem um regresso aquele lugar
O traria,
Um belo enforcamento de ideias,
Sonhos e alegrias,
Temido sonho que houve e foi-se,
Fez sua linda entrada,
O esbarrão,
O beijo,
O fulgor da paixão,
Desgosto dos meus lábios,
Que agora,
Final de dezembro,
Decidem falar,
E possuem, então, nova felicidade,
A felicidade daquela que viveu,
E para qual só resta esperar.
Agradar o coração é simples,
Mas não imagina-se o homem ideal,
E de repente,
Ele existe,
Te beija e some,
Encerra sendo igual aos outros,
Teria lhe dado boas-vindas ao círculo
Dos idiotas,
Soubesse o que se seguiria,
Mas, foi bom por si próprio,
Eterna valia.
Tanto não se repete,
Quanto não se esquece.
Suas roupas grossas e quentes,
Sorriso simples,
Conquistador de esquinas,
Cheio de belezas, encantos e farsas.
Enquanto a chuva torrencial
Açoitava a porta de vidro
E buscava invadir o chão seco,
Ele me beijava...
Tempestades chegam e passam,
Mas sempre voltam,
Com tantos meses,
Estou querendo me adequar a ideia
Do nunca mais.
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