Vamos a um passeio,
Te convido a galgar comigo,
Você fica no alto do morro,
Eu subo a colina,
Lá do alto pode-se ver
Um pequeno lago,
De águas limpas e doces,
Sabor de frutas frescas,
Caso você resvalar,
Eu te asseguro por entre
As estrias de terras mornas,
Caso você caia:
Pica!
As vezes,
O olhar daqui de cima,
Embora,
Não seja tão terno
Feito o mergulho
Em águas serenas,
Valem os buracos de seu casaco,
Que você se esquiva ao subir,
Valem o tirar da roupa,
Expor o peito nu,
Sentir o suor escorrer
Até penetrar o chão,
Ver o resvalar do chinelo,
O molhar de cada dedo,
O cheiro que exala,
Vale tudo isso e mais.
Agarrar-se a este sentimento
É aceitar sentar,
Se acomodar por suas espécies,
Ficar.
Mexer-se sobre terra morna,
Até formar um sinal
De onde você esteve,
Deixar sua marca,
Sair e permanecer,
Nunca querer desistir de estar.
Espichar os pés,
Sentir cada músculo,
Agarrar-se a vegetação,
E não ter razão,
De tanto estar tão bem,
E ainda no raso,
Porém,
O afundar-se nestas águas,
Não vale o mergulho louco,
Que é isso?
Exige o cuidado,
O conhecimento da decida,
Mas se der pica,
Apenas se prenda a este fio,
Solte-o com cuidado,
E permita-se,
Entre e saia quantas vezes quiser,
Fiquei e deixe sua marca,
Aprofunde-se com tudo que tiver,
Sinta-se molhar e ser convidado.
Quando se mergulha em águas doces,
Não há tanta cerimônia,
Gemidos e carinhos incontidos,
Tantos quanto forem os cuidados,
Tantos serão as horas para se estar,
Verão, inverno ou primavera,
É destino certo,
É pica!
E esquecer de seu peso
A mergulhar
Sem querer voltar,
Ser convidado a ficar,
Desejado,
Entregue,
Submerso me diga
Quanto tempo você pode ainda?
Aguenta,
Por favor, aguenta,
Veja o tanto que vale a subida,
O desenrolar da descida,
Esteja, cara,
Permanece muitas horas,
Entenda,
Deu pica!
Simplesmente, fica!
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