As frases surradas do poeta,
Repetidas, escritas, lidas,
Agora em forma de promessas,
Ditas, faladas, sussurradas,
Lá pelos mil ouvidos
De caras diferentes um do outro,
Já não soam com a mesma veracidade,
Ou intenção do início.
De repente, eles se reconheçam,
Conversem e identifiquem os resquícios,
É cada cara um cara novo,
Cada face um amor perfeito,
Tão sonhado e querido
Quanto qualquer outro.
Por quê modificar as palavras,
Se as frases contam o que sente-se.
A questão é decorar o que dizer,
Devorar cada beijo,
Não confundir nomes,
E saber que é amor desde o começo.
Um suspiro a perder-se no decorrer da luta.
A realidade se esclarece ao redor,
Se é amor permanece,
Se não for apenas é questão de
Tempo perdido,
Novo romance,
Frases a acalorar a face,
Ditas num sussurrar sobre um rosto
Que se aquece pela promessa
E se vê arrepiar até a nuca,
Por uma boca que não tocar
Mas conta.
Um chocar de olhos,
Ouvidos atentos,
Lábios unidos e lacrados,
Com a verdade a pisar seus pés,
Pela garota que se posiciona ao lado
E não corta a sua frente.
Demole,
Derruba o que for,
Leva a ruína,
Fim ao que não é amor.
Pedaço a pedaço,
Rompido todo o percalço,
O beijo,
No primeiro encontro,
Com o primeiro cara que surge,
E se ressurgir um antigo rosto,
Beija-se também este,
Toda aterradora poesia que envolve
Não toca apenas o início,
Faz o retorno,
Envolve,
Promete novo encontro,
Promove.
O primeiro beijo só deveria surgir
Lá pela décima badalada da meia-noite,
Assim, é que se é com príncipes,
Espera-se e espera-se.
Passa vontade,
Tropeça em frases e frases,
Até que o sino ressoa no palácio,
Não, baby, nada disso.
Certamente,
Que no que refere-se ao amor,
O esperar tarda demais o poema no ouvido,
E o esperar caleja os pés,
Melhor é seguir o horário do poeta,
Poema repetido no ouvido,
Ou na face,
Ou nos lábios,
Não caindo bêbada a seus pés,
Ótimo.
Beijo e promessas.
Isto reaviva tudo!
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