quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Para Todo o Sempre

Um anjo de Deus,
Cruzou meus olhos nos seus,
Para que o mundo pudesse testemunhar,
Um amor que vai além das promessas,

Que une o sagrado das estrelas,
Com a vida que irradia em seu olhar,
Tendo o céu e a terra como testemunhas,
De um amor que transborda
Para além das palavras,

E alcança minha fala,
Quando digo que eu te amo,
E alimenta meu corpo
Quando te protejo em meus braços,

Preenche meu silêncio,
Traz vida ao meu coração,
Um sorriso aos meus lábios,
Por cada segundo de sua atenção,

Porque amor, eu te amo,
E escolhi a vida, apenas para te manter protegida,
Guardar a inocência refulgente em seu olhar,
Provar a pureza capaz de salvar,
O néctar que reaviva a alma,

Por isso, ergo minhas mãos para o céu e declaro:
Com todo o amor que há em meu peito,
Que mesmo que mil flechas cortem meu sangue,
Eu te amarei muito além do "para todo o sempre",

Porque em você encontrei um coração puro,
Um olhar bondoso e sonhador,
E uma alma cheia do amor divino,
A espera do meu amor.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Coração Íntegro

Aconteceu que apesar de sagrada,
Nem toda história está escrita nas estrelas,
E tendo Deus recusado a mostrar sua face,
Moisés passou a cultuar imagens de bronze,

Costurando vestes como símbolo de honra e dignidade,
Cultuando um Deus Corrompido, adorado através de sangue e carne,
E o número doze que representava o coração humano,
Foi resumido a doze pedras preciosas identificadas por um selo,

Onde foi gravado cada um dos nomes dos representantes de suas doze tribos,
E o milagre Divino foi diminuído ao valor do ouro,
A custa do sofrimento vertente no suor humano,
O amor foi tão proibido à raça humana
A ponto de um santuário ser erguido sobre a terra

Para representar um distanciamento 
Entre as pessoas e o Deus Salvador,
A prata que comprava o perdão,
Era a mesma que dilacerava o coração,

Ao entregar o coração como sentença,
O povo ofertou suas vidas a um falso profeta,
Que se perdeu na fala do diabo
E conduziu a raça humana para o inferno,

Um ditador que via no olhar do menino
A possibilidade de construir um exército,
E no exército a probabilidade de domínio,
E o amor, foi condenado ao impuro,
Pela voz e força de um ditador profano,

E o povo que viu o inimigo cair á espada,
Feliz pelo Divino ter quebrado suas algemas,
Agora se via exposto à terra desértica,
Que feito à lâmina de uma lança os ameaçava devorar,
Sedenta por vida em semelhança daquelas pessoas,

E a fartura Divina outrora prometida,
Diante do olhar da serpente valiosa,
Consumia a alma da raça humana e engolia suas vidas,
Apesar de doze bandeiras ostentarem os emblemas de cada família,
Não se podia considerar que era o sopro da vida que alimentava suas narinas,

O nome do Deus foi profanado pelo custo do ouro,
E da carne e sangue humano,
A ganância satisfeita por lágrimas humanas,
As palavras sagradas desvirtuadas por mentiras,

O fogo maléfico usado para conter o pranto da raça humana,
Era o mesmo que as diminuía ao estado de mercadoria,
Forjadas como flechas no fogo da batalha,
Mas ao retornarem á travessia do Mar Vermelho,
Nenhum Deus abriu suas águas,
Por lhes faltar um coração íntegro.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Renascer Para a Vida

No calor do abraço apaixonado,
Senti o amor tomar posto,
E se manifestar no som da respiração,
Em cada batida do coração,

Um olhar apaixonado depois,
E o universo parou para nós dois,
Então, com um beijo delicado
Ele afastou meu capuz,
Em uma delícia que não se traduz,
Apenas para que seu desejo ávido,

Pudesse penetrar meus lábios,
De um jeito intenso e sublime,
Daqueles que incendeia a pele,
E encontra a alma,
Um passo adiante das estrelas,

Um caminho sôfrego, em ladrilhos metálicos,
Em que as carícias percorrem todo o corpo,
Como se quisessem memorizar o percurso,
Que nos guia ao paraíso,

Penetrar os segredos mais íntimos,
Até nos ver imersos em intenso enlevo,
Entre beijos, afagos e sorrisos,
Através de sussurros, gemidos e desejo,

Até transbordar o contento,
E saciar mesmo a sede mais árida,
Como um milagre que faz a flor nascer no deserto,
No deleite do amor, que faz renascer para a vida.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Vida

Com que autoridade você invade meu cérebro?
E tenta programar sistematicamente meu psicológico,
Controlar através de impulsos meu corpo?
Minha cabeça lateja feito sinos do inferno,

Tentando proteger meu decreto perpétuo,
De separar o santo do profano, o puro do impuro,
Sou um ser humano honesto,
Mereço um mínimo de respeito,

Não sou um soldado,
Me recuso a ser manipulado,
Em tempos de tirania e injustiça,
Quando até a lei trabalha contra o povo,
O cavalheiro da justiça assume seu lugar na história,
E qual é a diferença entre o homem comum e o cavalheiro?

É que o cavalheiro sopesa no coração os seus pecados,
Porque entre o xerife e o religioso,
Não há como precisar qual é o mais profano,
Ao coração de um ser humano honesto,
Que busca seu sustento pelo suor do próprio rosto,

Mas o injusto, ao conhecê-lo pelo nome,
Busca a todo custo macular sua imagem,
Endeusando a si próprio em ouro,
As custas do sangue e lágrimas do povo,

Condenando-o a miséria e desesperança,
Para que vejam como abrigo, os braços do inimigo,
Me recuso a ser um joguete em minha própria vida,
E lutarei por ela com punhos metálicos,
E flechas de fogo,

Me recuso ao beijo do traidor,
Me nego a percorrer a vida sem amor,
Assim me encaminhei para a batalha,
E me juntei ao exército de seres humanos,
Não posso dizer que tive escolha,
Apenas me recusei a ser programado,

Ao final da guerra, com o coração a derramar
Lágrimas sangrentas no olhar,
Me ajoelhei com o joelho direito,
E olhei triste, dentro daqueles olhos corajosos,

Seu filho me pediu para devolver,
Disse ao pai, ao lhe entregar a espada,
Mas sem a espada, como ele poderá combater?
Apenas abaixei a cabeça, sem resposta,

Sem o abraço fraterno ele seguiu na minha frente,
Liderando o caminho para o azul celeste...
Mas com sua espada alcançamos a vitória,
E hoje podemos acreditar em sonhos,
E sentir o amor preencher nossas vidas,
Interrompi a fala do pai, em prantos.

sábado, 26 de agosto de 2017

Eu te Amo

Ao final da tardinha, Me sentei na grama,
Apreciar o sol que partia, Cedendo lugar a lua,
E coloria o céu nos tons mais variados,
- Fazemos parte de um plano de Deus. - pensei comigo,

Encantado com o jardim que florescia,
Com o cantar dos animais noturnos,
E com os sonhos que iluminavam meus olhos,
Era inexplicável a magia que me envolvia,

Antes, ainda, de o dia terminar de escurecer,
Sorrindo, vi a primeira estrela despontar no azul celeste,
E conforme o céu foi mudando para os tons mais escuros,
Outras estrelas foram surgindo no firmamento,

Trazendo consigo o mistério e o sereno,
Então abracei meu corpo para afastar o frio,
- Alguma estrela cadente hoje?
Disse ela ao chegar e afagar minha face.

- Ainda não. – respondi sorrindo.
Então ela colheu uma flor,
Beijou suas pétalas e me entregou,
- Eu te amo muito meu amor.

Disse ela, no instante em que sentou
Ao meu lado e me abraçou.
- Também te amo muito
E por isso me recuso a ser um erro,

Um soldado programado,
Insuficiente para te proteger – respondi a abraçando.
- E você precisa de estrela cadente? – indagou-me com um sorriso.
- Não se eu a tiver ao meu lado,
Encerrei entre carinhos, sorrisos e beijos.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A Carta

Sentado sobre a grama em frente a fogueira,
Na noite de primavera,
Apreciava sob a luz do luar,
O desabrochar do jardim que ela estimava,

E no crepitar das chamas recordou seu olhar,
Enternecido pelo brilho das estrelas,
Lembrou dos seus lábios macios sobre a sua pele,
E se sentiu derreter,

Seu coração pulsou forte,
E uma lágrima solitária percorreu sua face,
Então lembrou da caixinha que ela deixou de presente de despedida,
Levantou e a buscou na escrivaninha,

Dentro havia um filme e uma carta,
Há um ano e cinco meses da despedida,
E ele nunca soube o motivo de ela ter ido embora,
Indeciso entre abrir a carta ou queimar,

Sentia suas mãos tremular,
Mas a força das promessas de amor outrora feitas,
Lhe deu forças para acalmar o aperto no coração,
Então abriu a carta com toda atenção,

Em letras afiadas e borradas por lágrimas,
Ela contava que estava indo embora,
Porque descobriu que foi traída,
Dizia, também, que com toda a força da sua alma
Ela ainda o amava, por isso evitou a despedida,

E ainda informava que caso ele correspondesse seu sentimento,
Ela manteria o mesmo número de telefone para contato,
Entre lágrimas ele pegou o celular e discou seu número,

E assim que ela ouviu sua voz,
Ele a ouviu suspirar saudada e sentiu seu coração acelerar,
Segundos antes de ele confessar entre lágrimas que ainda a amava.

Vida

Meus punhos com sede de justiça,
Unem-se em prece pedindo aos céus esperança,
Meu corpo cansou de ser uma máquina programada,
E agora clama pelo cálice da vida,

Libertar-se da prisão do medo,
Igualdade entre os seres humanos,
Fraternidade entre as nações da raça humana,
Quebrar as algemas da desesperança,

Em que o alimento é vendido pelo preço da desonra,
Com a angústia e o desespero de sobremesa,
Minha alma encarcerada clama por vida,
Sinto fome de justiça, tenho sede de respeito,
Sua uma pessoa humana, não mereço preconceito,

É por isso que Deus é minha força e salvação,
Pois o mesmo sopro que deu vida ao meu coração,
Também lançou ao mar o exército inimigo,
Fez o carrasco afundar como chumbo,

Consumido pelas águas profundas do coração do mar,
As mesmas águas que se firmaram como muralhas,
Para que eu e seu povo pudéssemos passar em segurança,

O inimigo que se vangloriava por ter direito à espada e carros de guerra,
Sucumbiu ao amor pela vida,
Seu próprio coração de pedra,
Os afundou em águas salinas,
Enquanto eu e seu povo passamos em terra seca,
Seguros por sua mão direita.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A Lua

Com a lágrima a silenciar a garganta,
A mulher acorrentada olha as estrelas,
Presa a promessa que não poderia ser quebrada,
Sozinha, sentindo a vida se esvair das suas veias,

Porque será que no frio da noite
A lua se apresenta tão inconstante?
Gelada, precisa do sol para brilhar,
As vezes se perde em si mesma,

Como se precisasse de motivos para renascer,
E porque não precisaria se é tão frio e escuro o anoitecer?
Feito um manto de solidão,
Cala a fala do coração,

Sozinha e entristecida em sua dor,
Será que ainda acredita no amor?
E se não acreditasse será que se negaria a iluminar?
Diga linda lua, porque é que ainda brilha?

Silenciosa em sua angústia,
Faz do véu de estrelas,
Um manto de lágrimas,
Triste vento noturno,
Suspiro sofrido dos apaixonados,

Que ao tocar o firmamento
Desce em orvalho aos enamorados,
Seria este o motivo de contemplar o céu abraçado?
E o brilho que ilumina o olhar,
Seriam pequenas estrelas que identificam a pessoa amada?

E o beijo que antecede o sorriso,
O encanto do firmamento expresso em calor humano?
Diga linda lua, porque é que ainda brilha?
Talvez porque se sinta amada.

2:30 Horas da Madrugada

Ocorrência de violência doméstica,
As duas horas e meia da madrugada,
Ao chegar a casa uma linda mulher sai a porta,
Em pânico e com lágrimas no olhar,

Acuada maquiou um pouco os fatos,
Com medo da repercussão que teria o caso,
Mas ainda assim, relatou o assédio e desrespeito por parte dos vizinhos,
Acompanhados pelo descaso e agressividade do esposo,

Os policiais ofereceram ajuda através de rondas ostensivas,
Mas em troca ela teria que se sujeitar ao estado de prostituta,
Deveria entregar o corpo se desejasse receber socorro,
Trêmula de medo ela rejeitou-se ao favor,

E as ameaças e perseguições passaram a ser de toda ordem,
E o maior alvo passou a ser seus familiares,
Não tardou e ela, acuada, aceitou as investidas,
Cedeu sua inocência pela proteção da família,

Sofreu violências no corpo e no psicológico,
Feito uma máquina programada,
Vítima de um sistema que não segue regras,
Alvo de toda espécie de corrupto,

Do rei ao ladrão,
Todos queriam um pouco da sua atenção,
Mas negando-se a fazer sentido,
Aos poucos ela se soltou das algemas,
E afastou a faca da garganta,

Escapou da prisão psicológica,
Recusando a ser violada como pessoa humana,
Não tardou e o homem de farda bateu a sua porta,
E ao receber a recusa,

Tirou a arma de dentro do cós da calça,
E lhe ceifou a vida com um tiro na cabeça,
Então pegou o rádio comunicador,
E passou a relatar a ocorrência,
Respirando contra a justiça,

Alegou que chegou no dever de ofício,
E ao encontrar a entrada lacrada com sistema de segurança,
Disse que sem violência não seria possível a entrada,
Pois a porta estava fechada por dentro,

Por isso se viu obrigado a usar a força,
E com o tiro que rompeu as defesas,
Acabou, também, por desfalecer a vítima,
Sem testemunhas e insatisfeito com as audiências,

O marido se sentiu no dever de honrar a morte da esposa,
E assim a notícia ganhou repercussão mundial,
A polícia esta no local, noticiava o telejornal,
E se aproxima do suspeito,

Não se sabe precisar o início da perseguição,
A polícia responde por ameaça e assassinato,
Refém, o filho de um policial da região,
Alvo encontrado, suspeito não identificado,

Vejo que suspeito e refém estão caídos,
Mas espere, parece que agora o policial esta sangrando,
Ora vejam, mais um policial foi morto em trabalho,
E assim da vítima ao herói bandido,
Três corpos foram ao solo, desfalecidos.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Amor, você torna o amor humano

Amor, eu te amo,
Na quantidade de estrelas do firmamento,
Somado ao pó da terra,
Multiplicado pela areia do mar,

Te amo ao infinito e com todo o ar que eu respiro,
E um segundo além do meu último suspiro,
Amor eu te amo,
Pelos ideais em que você acredita,
Por injetar em minha boca árida,
O fluído da vida,

Por olhar em meus olhos,
E penetrar além do meu corpo,
Conhecer minha alma
E cuidar dos meus traumas,

Amor, eu te amo por você me respeitar,
Amor, obrigada por me ver como uma pessoa humana,
Amor eu te amo,
Por me acorrentar em seu abraço,

E me abrigar de todo o perigo,
Amor, eu te amo,
Pelo tempo do eterno e mais um pouco,
Amor, você torna o amor humano,

No sonho do seu olhar,
No encanto do seu sorriso,
No calor da sua pele a me afagar,
No néctar do seu beijo,

No vigor do seu corpo,
Na ternura da sua fala,
Na magia da música,
No filme que passa na tela,
No poema que acaricia a alma,

Amor, você torna o amor humano,
Amor, você é único,

Amor, você torna o amor humano,
Amor, você é único,
Amor, você torna o amor humano...

Torrentes de Água

Choveu por toda parte, A chuva embaçou o para-brisa, Deixou cega a toda vista, E retirou-a de seus devaneios, Assim que lama...