quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Apertei Sua Mão Com Força


A sombra continuava lá,

Escura, tremeluzente, parecia sorrir,

Então, peguei a mão dele com força,

Sentia segurança e algo mais ali,


Um tremor percorreu meu corpo inquieto,

Tive medo, me agarrei ainda mais nele,

Ele me virou de encontro ao seu peito,

A sombra era densa mas fragilizava-se,


Não sei se era sua intenção,

Porém, via que não ocultava as estrelas,

Nem os vagalumes ao nosso redor,

Era como se algumas delas quisessem nos tocar,


Piscavam a nossa frente, felizes por nós,

Se algumas delas tivessem desgrudado dos céus,

Não seriam poucas as que estavam ao nosso dispor,

Acho que reconheciam nossos sonhos


E vinham de lá só para realizar-nos um ao outro,

Respirei seu cheiro e o trouxe para dentro de mim,

Queria dizer que o amava e o disse,

Mas sentia muito mais do que poderia descrever,


A montanha não se movia a nossa frente,

Apenas as suas árvores,

Elas pareciam brincar por entre as flores do alto,

Suas folhas voavam para longe,


Não eram apenas nossos os sonhos,

E eu sentia que elas partiam para procura-los,

Silêncio, outra vez,

Seu suspirar tocava meus cabelos,


Era um acariciar quente que me envolvia,

Seu coração pulsava por entre os meus dedos,

Seu peito parecia que me pertencia agora,

Uma mão em seu coração, em cheio,


O rosto recostado um pouco antes, do lado,

A outra mão um pouco acima, em seu ombro,

Não tentei segurar com toda força não seria necessário,

Nem teria força o bastante para contê-lo,


Ele ficava porque era sua vontade ficar comigo,

Me amava mesmo tendo todas as alternativas,

Se sentia como sentia era porque o queria,

Nenhuma palavra se fez necessária,


Mas, eu sussurrei eu te amo no mínimo 10 vezes,

Até beijar seu peito e molhar sua camisa

Com uma ou duas lágrimas,

Então, disse vinte vezes eu te amo,


Pedi perdão pelos meus erros e medos,

Deus sabe pedi até pelos pensamentos desengonçados,

E fui perdoada por cada vez que errei,

Perdoei-o, por uma vez mais de cada desculpa minha,


Dei a ele sempre uma chance a mais de êxito,

Não por nada, apenas porque merecia,

Ser em mim e sobre tudo o meu vencedor,

Desejei nunca ser melhor que ele em nada,


Por sentir um amor calmo, ingênuo e humilde,

Não tentei fazer mil promessas uma única vez,

Apenas disse que queria amá-lo até o para sempre,

Mesmo se todas as estrelas despencassem no horizonte,


Mesmo que por um triste destino o sol não acordasse,

Mesmo que esta sombra que tremia diante de nós

Deixasse de tremer e em algo maior se tornasse,

Suas mãos envolveram meu corpo e apertaram,


Fecharam-se uma na outra em minhas costas,

Eu estava segura, fosse o que fosse,

Estávamos seguros um no outro e em nosso amor.

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