Lounise saiu para fora
De casa
Para varrer as folhas do quintal,
Nisto chega sua vizinha
Próxima ao muro e comenta:
- Sumiu um boi do potreiro.
Lounise olha para Carla,
Com seriedade no olhar.
- nossa, já foi procurado
Mas margens do rio
Para ver se não caiu na água?
Indagou.
Parando de rastelar as folhas,
E vendo com apreensão
O problema da vizinha.
- sim, percorremos toda a propriedade,
Gostaríamos de permissão
Para olhar a sua,
Ele pode ter pulado a cerca.
Ela indagou.
- claro, eu chamo meu esposo,
Vocês podem olhar tudo,
No que pudermos ajudar,
Ajudaremos.
Lounise olhou para o lado
De casa e gritou:
-Falicio!
Falicio, amor.
Falicio saiu na área
E olhou na direção de Lounise.
- me chamou?
Indagou, de agachando
Para poder ver melhor
Pois o sol fazia reflexos.
- sim. Sumiu um boi
Do vizinho,
O ajudei a procurar amor!
Ela falou alto,
Voltando a amontoar as folhas
Para recolhe-las através
De um balde.
- ajudo sim.
Falicio respondeu
E saiu para fora
Vindo até Lounise,
E beijando sua testa.
- oi vizinha,
Onde está seu esposo
Pra eu poder ajudar?
Nora o olhou apreensiva,
E chamou o esposo:
-Santos, venha pra cá
Que Falicio te ajuda
A procurar o boi.
Santos saiu para a área
De sua casa,
Depois veio até a cerca,
Estendeu a mão
Em cumprimento para Falicio.
- bom dia?
-bom dia.
Falicio respondeu.
Foram, ambos,
Andar pela propriedade
Em busca do boi,
Ou de algum vestígio
De onde ele tenha ido.
Após ajuntar as folhas
E puxar elas até a estrada
De pedras próxima a propriedade,
Lounise queimou elas
Para impedir que o vento
Espalhasse tudo de volta.
Depois disso,
Foi até o porto ver se
Enxergava algo que pudesse
Ajudar a esclarecer o sumiço.
Lá encontrou uma árvore
De sua propriedade caída,
Ela estava com o tronco
Repleto de orquídeas,
Estava com a metade podre,
O que deve ter ajudado
O vento a derruba-la.
Porém, ela não aceitou
A desculpa com clareza,
Decidiu buscar mais pistas,
Olhar ao redor para ver
O que fazer com as flores,
E o tronco.
Nisto viu no chão,
Uma moita de flores arrancadas,
Como se tivessem sido
Puxadas do chão
Na direção da propriedade.
Próximo a está moita,
Havia um sinal grande
Sobre a terra,
De terra compactada,
Como se algo grande
Tivesse estado sobre ela
Para ela se compactar.
Contudo, ninguém esteve lá,
E a árvore caiu no sentido
Horário para a direita,
E não reto para a frente
Como estava o sinal sobre a terra.
Lounise correu até Falicio,
E lhe contou o que houve.
Falicio não encontrou com Santos
Nada que pudesse esclarecer
O sumiço do boi de Santos.
- não eram pegadas
Deixadas pelo boi, Lounise?
Ele indagou apreensivo,
Retornando para próximo
De casa.
- não.
A árvore caiu
Como se fosse puxada,
Pensei que foi o vento,
Mas isto não explica
O estado da terra
Logo para cima dela.
Ela disse rápida.
- que árvore era?
Ele indagou.
- aquela antiga,
Que tinha orquídeas.
Ela respondeu
Pegando em seu braço.
- nossa, era a que
Você mais admirava.
Ele respondeu.
- sim. Pensei que você
Poderia, com a ajuda do vizinho,
Cortar os galhos
E guardaremos o tronco
Com as orquídeas nele,
Em algum lugar planejado
Para isto.
Ela disse.
- está bem, Santos,
Você me ajuda?
Falicio indagou
Olhando para trás
Onde vinha o vizinho.
- Claro, eu pego a motosserra.
-otimo, então, eu faço
Um canteiro de flores
Aqui mais próximo de casa,
E no meio faço um buraco
E o colocamos dentro,
Ele é enorme,
Da pra fazer três touceiras de tronco.
Falicio abraçou Lousine,
E beijou seu rosto.
- tá combinado.
Os dois homens desceram
Para o lado do porto,
Enquanto, Lousine capinava
O chão, e escolhia do próprio
Jardim quais flores mudar
Para lá.
Plantou num canteiro redondo,
As flores brancas e azuis
Que tinha em quantidade grandes,
Fez um buraco no meio
E esperou que os homens
Retornassem com os troncos.
Neste período, Santos pegou
A motosserra e passaram
A cortar os galhos
Mais pequenos da árvore
Primeiro, depois os mais grossos,
Tomando cuidado
Para o tronco não rolar
Na água do rio.
Então, assustados com um
Barulho que lhes chamou
A atenção, eles foram olhar
E se depararam com uma
Cobra gigantesca dormindo,
Ao redor do abacateiro.
Dentro dela,
Havia algo muito grande,
Amedrontados,
Pois suas vidas e propriedades
Estavam em risco,
Decidiram matar a cobra.
Falicio iniciou com uma pedra,
E Santos terminou cerrando
O pescoço dela com a motosserra.
A cobra teve tempo
De levantar a cabeça,
E trombar contra Santos,
Derrubando ele deitado
Sobre o barranco,
Porém, esposa de Santos
Pegou um facão e desferiu
Golpes contra a gigantesca.
Falicio continuou a atirar
Pedras até que ela morreu.
Irritados, eles cortaram ela
Ao meio e viram lá o boi.
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