sábado, 15 de julho de 2017

Respeito!

Não pediu minha autorização,
Agora não conte com minha aprovação,
Não importou minha opinião,
Então não vem pedir perdão,

A vida tem suas próprias consequências,
E eu sou uma pessoa humana,
Não sou obrigada a concordar,
Por ser a forma como pensas ser certa,

Respeito sua atitude,
Mas em letras gritantes,
Defino sua decisão,
Como ferina ao meu coração,

E se antes não quis dividir,
Porque agora importa o meu sentir?
E por favor, não vens falar de amor,
Só porque entregou meu peito a dor,

Se desde criança fui machucada,
Porque pensas que agora preciso ser amada?
Estou farta de tantas cicatrizes,
De pessoas que ferem alegando proteger,

O meu grito é por respeito,
Só por isso luto por meus direitos,
E você me deixou sozinha,
Largada a própria sorte,
Agradecendo a cada dia,
Por resistir a cada encontro com a morte,

E agora que machucou,
Acha que concerta por falar de amor?
Saibas que se fosse questão de perdão,
Nem à minha alma concederia absolvição.

A Flor

Com a dor no coração,
Uma flor foi ao chão,
A despedaçar-se sobre o solo,
Feito o amor que agora dilacera meu peito,

Amor que com a mesma intensidade que te entreguei,
Hoje fere minha alma como nunca imaginei,
Por você me fazer acreditar em sonhos que nunca antes sonhei,
Mas sem dar a oportunidade para me defender,

Decidiu pelo adeus sem ter um porquê,
Feriu os sonhos que também eram seus, me abandonando ao sofrer,
Hoje eu sei que o brilho dos seus olhos,
Nunca emitiu além do meu reflexo,

Como um espelho sem conteúdo,
Que devolve a imagem por ser vazio,
E quando acreditei nos seus sentimentos,
Nunca pude ver além do meu amor,
Que por ser demasiado intenso valia por nós dois,

E crer nas palavras que você pronunciava,
Foi fácil por ser a fala que meu coração ansiava,
Vi o que não existia 
Por amar além do que você retribuía,

Agora sei que usou o calor do seu abraço,
Apenas para deixar um espaço 
em meu peito,
E a doçura dos seus lábios 
ao me tocar com um beijo,

Veio embebida em veneno,
Feito uma adaga a ferir meu peito,
E agora, na angústia das minhas lágrimas,
Busco acalentar o vazio onde foi seu lugar.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

O Sucesso

O destino é algo em construção,
Conforme a consciência de si próprio
E a voz silenciosa do coração.

A coragem de manifestar os sentimentos
É o que dá força para viver a vida,
De ultrapassar o ato de simplesmente existir,

Porque a chave para conquistar qualquer sonho,
Encontra-se dentro de si mesmo,
Pois se acorrentar a conceitos prontos
É estagnar a criatividade do cérebro.

Mas o sucesso por si próprio não terá valor,
Se não tiver alguém com quem o dividir,
Um alguém por quem expressar amor,
Que pode ser manifestado
No brilho de um olhar apaixonado,

No cumprimento de um amigo,
Nos lábios de um estranho ao manifestar um sorriso,
Mas é preciso se atentar para o fato,
De que as manifestações de carinho

Desde as mais elaboradas as mais singelas,
Não substituem o aconchego de um abraço,
A proximidade do ser amado,
Porque enquanto tudo é passageiro,
Nada substitui o calor humano.

Longe de Você

Mais um mês se passa longe do seu abraço,
E eu sobrevivo, mesmo com o sol brilhando
Na cor dos seus olhos,
Mas nesta manhã, como por compadecimento,
O céu acordou nublado,

E a primeira gota de chuva caiu em meu rosto,
Feito a lágrima que permanecia escondida em meus olhos,
E com a visão turva pela neblina,
E o coração ansioso pelo reencontro,
Te via em cada pessoa que transitava pela rua,

Ao dar voz ao meu sentimento,
Podia sentir seu cheiro no vento que acariciava meus cabelos,
Até meus sonhos estavam vazios,
Por acordar e não ter você ao meu lado,

Sinto o sofrimento de uma dor sem fim,
O inverso do sentimento que enquanto me conquistava, afastou você de mim,
Fecho meus olhos para trazer você para perto,
E ao dar voz ao desejo que consume meu peito,

Penso que deveria ser proibido um amor tão puro não ser correspondido,
E um sorriso se forma em meus lábios,
Mas ferido, seu brilho se recusa a tocar meus olhos,
E pensar que o doce de seu olhar,
Onde encontrei tantas promessas,

Um dia simplesmente iria partir,
E se recusar a eternidade do meu sentir,
Deixando no espaço do meu abraço,
O vazio de um tempo suspenso,
Em que sempre retorno a reviver nosso começo.

terça-feira, 11 de julho de 2017

Otimismo

Por mais complicado que estiver o caminho,
Sempre haverá brilho se o percorrer com otimismo,
Pois a vida responde conforme o que você irradiar,
E o pensamento tem o costume de se tornar palavras,

E estas por sua vez, guiam cada ação,
Mas não haverá o que temer se o amor for o olhar do coração,
Se é possível sorrir na tristeza,
Será infalível evoluir com a alegria,

Abandonar o medo de expressar os sentimentos,
E traçar o destino em conformidade com seus sonhos,
A vida exige um esforço maior,
Ela prefere que inove ao se deparar com a dor,

Pois o comodismo é sinônimo de sofrimento,
Porque quem nada faz, nunca terá o que alcançar,
E se você traçar seus passos,
Com um sorriso a iluminar os lábios,

E um abraço caloroso para ofertar a um amigo,
O seu caminho poderá ser o mesmo,
Porém terá chances maiores de enlaçar o sucesso,
E cada vez que você estender a mão,
Sempre poderá tocar um coração,

Mas cabe saber que os erros são próprios da condição humana,
E por ser algo que as lágrimas nem sempre podem mudar,
Nem sempre um pedido de desculpas poderá concertar,
Mas não há nada que o amor não possa curar.

Para Nunca Mais Voltar

Com a simplicidade de uma carta,
Mil vezes amassada,
Outras milhares de vezes relida,
Decidiu encerrar o namoro,
Sem nem ao menos enfrentar meu choro,

Usou de uma caligrafia linda,
Como se fosse ensaiada,
Para esconder por trás da letra aveludada,
O veneno de uma espécie de espada,

Que em pequenas doses,
Camufladas em cada palavra,
Me feria com tal intensidade,
Que cortava do peito a alma,

Não aceitei o triste fim,
E decidi lutar por algo que tinha tanto valor para mim,
Vesti meu melhor vestido,
E como adorno: o colar de pérolas que havia me presenteado,
E parti ao seu encontro,

Tão logo o avistei, lhe pedi explicação,
Mas em seus olhos encontrei, um frio que partia o coração,
Em prantos, apenas indaguei o motivo de me ferir tanto,
Pois nos passos que dei ao construir meu caminho,
Nunca escolhi ferir como preço do meu êxito,

Com ódio nos olhos e jeito de quem era superior,
Se aproximou com feitio ameaçador,
E com os dedos arrancou o meu colar,
Fazendo as pérolas caírem ao solo,
Como as lágrimas que rolavam dos meus olhos,
E com um passo para trás,
Escolhi partir para nunca mais voltar.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Cavalheiro da Justiça

O som de um tiro seco
E um corpo foi ao solo,
Chegou a tempo de sentir o sangue em suas mãos,
Mas tarde para salvar seu coração,

Ao senti-lo inerte em seus braços,
Sem a oportunidade para uma última frase,
O sangue tomou seus olhos,
E as trevas moldou sua face,

O sangue de um inocente que manchou sua roupa,
Agora lavaria sua alma,
Segundo a inteligência: o mal tem muitos nomes,
Então encontrou como saída caçar do executor ao mandante,

E com a força da dor
A sangrar sua alma sem pudor,
Vestiu sua armadura,
Para se tornar um cavalheiro a serviço da justiça,

E a sentença? Morte lenta e impiedosa,
Tão logo abraçou a vingança,
E decidiu que o sangue de seu irmão que foi ao chão,
Marcou a terra, mas não seria em vão,

Pois não daria abertura para o perdão,
Por sua partida libertar as sombras em seu coração,
Sua morte seria apenas o começo,
A sorte dos anjos que o teriam ao seu lado,
E o azar do inimigo que fugiu acovardado,

E com Deus como testemunha,
Cavaria uma tumba e os condenaria a dor eterna,
Pois agora que a caçada começou,
E a morte o alcançou,

Não poderiam se salvar,
Nem teriam onde se esconder,
Pois assim como a vida não pode voltar,
Sorte do inimigo ser encontrado primeiro pela morte.

Comida do Leito do Rio

E, Houve fome no rio, Os peixes Que nasceram aos montes, Sentiam fome. Masharey o galo Sofria em ver os peixes sofrerem, ...