domingo, 21 de junho de 2020

Aqui Não é Mês e Agosto


São quatro horas da tarde,
Ah, doce amor, não se acovarde,
Mesmo ante a dor da saudade
Que fere a alma em cruel verdade,

Sofre calado a dor do amor distante,
Que mesmo longe não está menos abrasante,
Ah amor, como em mim ainda fere?
Passam-se as horas, porém não se difere,

Fecho meus olhos e sinto seu gosto,
É como se ainda fosse mês de agosto,
Em meus lábios o sabor suave do beijo,
Te vejo aqui, em mim não há outro desejo,

Que me perder em seu abraço,
Segura como no puro aço,
Lembra que jurou que seria eterno?
Por Deus, eu acreditei em seu amor de inverno...

Que no toque das mãos aquecia a alma,
Mas no coração ainda pulsa a calma,
Aquela mesma que viu sonhos em seu olhar,
Que mesmo tristonha com uma lágrima a molhar,

Se indaga se as lembranças também correm para te buscar,
E onde quer que você possa se encontrar,
Mancha com uma lágrima o azul do seu olhar,
Silenciosa, assim mesmo, você se cala e sofre para negar.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

18 de Junho


Hoje o dia nasceu sorrindo,
Olhei no calendário: dia dezoito,
Tão especial quanto este sorriso,
Foi olhar que era mês de junho,

E que a cinco meses nos conhecíamos,
Numa doce noite de janeiro,
Era primavera, as flores se abriam,
De recordar nunca me canso...

A primeira vez que cruzei com seus olhos,
Lembro que não tinha certeza sobre nós,
Mesmo agora, quem há de saber o destino?
Vejo seu sorriso, parece um menino!

Quero abraçar, quero cuidá-lo,
Porém quando cruzo por seus lábios:
Oh Deus, quanto o desejo!
Se em seus olhos brilham o infinito,

Em sua boca não há menos que veneno,
Desses em que se perde no brilho do sorriso,
Por não conseguir parar de imaginar seu sabor,
Desses que nem se importa em saber se é amor,

Só o que se quer é morrer em seus beijos,
Beber cada gota até o último suspiro,
Até desvanecer saciada em seus braços,
Se é amor que me mostre o destino,

Se é veneno que me privem o antídoto,
Não há desejo maior ,
Que meu último beijo,
Seja provado no calor do seu peito.

Hoje o dia nasceu sorrindo,
Olhei no calendário: dia dezoito,
Tão especial quanto este sorriso,
Foi olhar que era mês de junho,
E que a cinco meses nos conhecíamos,
Numa doce noite de janeiro,
Era primavera, as flores se abriam,
De recordar nunca me canso...
A primeira vez que cruzei com seus olhos,
Lembro que não tinha certeza sobre nós,
Mesmo agora, quem há de saber o destino?
Vejo seu sorriso, parece um menino!
Quero abraçar, quero cuidá-lo,
Porém quando cruzo por seus lábios:
Oh Deus, quanto o desejo!
Se em seus olhos brilham o infinito,
Em sua boca não há menos que veneno,
Desses em que se perde no brilho do sorriso,
Por não conseguir parar de imaginar seu sabor,
Desses que nem se importa em saber se é amor,
Só o que se quer é morrer em seus beijos,
Beber cada gota até o último suspiro,
Até desvanecer saciada em seus braços,
Se é amor que me mostre o destino,
Se é veneno que me privem o antidoto,
Não há desejo maior,
Que meu último beijo,
Seja provado no calor dos seus braços,
Inebriada aconchegada em seu peito.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Uma Estrela


Você não sente saudade?
Pergunta ela, insistente.
Eu sinto, ele responde.
Ah, como eu quero te ver!

Ela fala entre um sorriso.
Ah, meu doce menino,
Como eu queria lhe fazer um carinho,
Você de uma estrela é mais que o brilho!

Falo daquele mesmo
Que se encontra em seus olhos,
Pois você, meu doce homem,
É feito a estrela do horizonte

Que, às vezes, parece distante,
De dia se apaga pela luz do seu sorriso,
Assim é você em seu doce silêncio,
Que, por vezes, te mantem inerte,

Parece imune deste sentimento,
Não se curva a saudade,
Que tanto machuca por dentro,
E a noite se esconde por entre as nuvens,

Mas está sempre lá,
Brilhando lindamente,
Mesmo quando se esconde a luz do luar,
Como se esta espera bastasse pelo sabor de amar.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Tarde De Maio


Hoje o sol nasceu sorrindo,
Doce segunda de maio,
Nenhuma nuvem ousou atrapalhar,
Este dia que a você me apresentava

Há exatos quatro meses atrás,
Fosse essa uma história de amor,
Tanto teríamos a falar,
Mas de pura cumplicidade ela se faz,

E quem é que consegue contrariar,
Este maio azul que vejo em seu olhar,
E que sussurra algo sobre se gostar,
Mas que, por algo mais, se recusa a amar,

Como versos que saem da alma,
Que fala sobre algo que não se quer acabar,
Mas que também, não se atreve a se desenhar,
E fica assim, nas entrelinhas,

Na simples mensagem de bom dia,
Ou naquele boa noite diário,
Que vem sempre desejando bons sonhos,
E que me basta para te manter perto,

Com promessas rabiscadas no fundo da alma,
Que as vezes emergem em um eu te amo,
Confessados numa mensagem qualquer,
Sem esperar resposta do meu bem-querer,

Pois se basta pelo simples ato de amar,
Talvez seja isso, essa doce entrega
Que da mesma forma tímida que se manifesta,
Também nunca quer acabar.

sábado, 16 de maio de 2020

Do lado de Dentro


Com um passo ele já estava ao seu lado,
Perto demais para que ela pudesse evita-lo,
Eu te amo, ele disse com um sorriso,
A promessa chegou aos seus ouvidos,

Mas ficou distante do seu coração,
Pode ver no fundo dos seus olhos,
Que de modo algum ali vivia a paixão,
Seus corpos estavam próximos,

Isso ela não pode evitar,
Mas tão distante estavam os sentimentos,
Cruel demais para se poder falar,
Mal sabia ele que no fundo de sua alma,

Já vivia alguém que há muito ela não via,
Mas por quem, muito sentia,
E como o sussurro
Em que a promessa foi pronunciada,
Fraco demais era o sentimento
Com o qual foi falada,

A quem ele queria enganar?
Dizia que a amava
Mas nada disso demonstrava,
E dentro dela: como seu coração palpitava,

Ah se certo alguém pudesse ouvi-la,
Talvez assim entendesse o quanto o amava!
Pois dentro dela, nada além da saudade ecoava...
Libertando-a de falsas promessas,
Impedindo-a de, outra vez, ser enganada!

terça-feira, 5 de maio de 2020

A Carta


Espero querido que me perdoe
A liberdade de escrever-lhe,
Mas a saudade insiste
Em buscar-te,

Com um único pedido
De que quebre este silêncio
E volte para o abrigo do meu abraço,
Aquele que ainda guardo aqui comigo,

Na esperança de te encontrar,
E mais uma vez poder te entregar,
Desculpe a caligrafia borrada
Foi escrita no furor das minhas lágrimas,

Também me perdoe pela hora,
Mas, deves saber, saudade não se convida,
Ela chega e fica a espera,
E, as vezes, machuca mesmo sem dizer nada,

Queria poder dizer que te amo,
Mas estou cansada de promessas,
Que mesmo se ditas a meia voz,
Soam melhores se caladas,

Espero que não seja este um adeus,
Pois fui a única a ver sonhos nos olhos seus?
Tanto teria a te falar,
Mas o papel obriga-me a terminar,

Selo, então, com um beijo,
Aquele que me destes com um abraço,
Pouco antes de se colocar
Em algum lugar longe do meu olhar.


A Plantação de Pêra e Maracujá

Os pais de Pitelmario Fizeram uma linda plantação, Araram o campo, Jogaram adubo, Molharam a terra, Então, plantaram pêras...