Meu Gatinho

Aquele que Deus guia é bem-guiado;

Para aquele que acredita,

Mais que protetor e guia.

É amor.

-Ai é o céu?

Eu grito dirigindo o carro, 

Assim que o vejo.

Lindo.

De branco.

Me olhando.

Eu não perderia seu olhar

Por nada no mundo.

-Porquê eu estou descendo!

Eu digo gritado.

Diminuindo velocidade.

Em meio ao trânsito.

Sem acidentes.

Mas perdi os sentidos.

Ao me dirigir para o banco ao lado

Vi que não teria motorista.

Rio alto.

E retomo volante.

Ele fica olhando.

Não diz nada.

Mas eu o fiz me ver.

-E aí cara guarda meu número.

E fiz sinal para a placa do carro.

Ou seja,

Sem telefone,

E ... contato?

Ele sorri e baixa o rosto.

Eu aperto os lábios

Um contra o outro.

Sigo.

-E aí Sadia?! Essa valeta eu pago.

E viro para ele e faço sinal

De talão de cheques.

Abanando com a mão para baixo.

Tipo “pede pra parar ou seguir?”

E dali a pouco eu volto.

Fazendo valeta de tanto passar.

Gastando cada centavinho.

-Vou de cartão ou até o prazo?

Aí ele ri.

Eu faço o sinal 

"De cartão vermelho"?

E depois faço sinal 

De estar teclando.

Indagando qual preferência.

Ele já deixa o celular

De lado.

Tão lindo 

E descuidado de lindo.

E daí eu disse.

- é O céu isso!

Porquê ele é muito lindo.

Quiçá recordem.

Quiçá vejam.

Deu certo.

Ele ficou comigo.

Foi bonito.

Ele é muito gatinho.

Então, chego na minha irmã.

-Caramba, você por aqui ainda?

Ela me indaga pedindo 

O motivo de eu não ter voltado

Para casa.

-Pois é,

Estou tratando de assunto sério.

Eu digo séria.

-Caramba,

É coisa grande?

Ela indaga.

- Bem mais que isso.

Estou decidindo minha vida.

-Uau, então é muito dinheiro!

Eu rio.

- não.

É muito mais que isso.

É amor!

Junto minha mão esquerda na dela.

E rimos juntas.

Saudade

Eu não acreditei.

Fui consumida em pesar.

Não pensei que amaria tão facilmente.

Nem que o meu desacreditar

Me levaria a perder.

Eu preferi negar 

Calar a verdade.

(Não disse que o amo).

Mas falei sobre o (amor).

Sim.

Tentei mandar a ele o céu,

Colorir cada nuvem.

Me esforcei.

Desenhei flores e cores.

Tentei.

Se esquiva este que desconhece

A advertência.

Amar requer.

Amar valora.

Inclinei minha cabeça

Não por humilhação,

Por amar com toda a força.

Ergui-a através da emoção.

Segui meus desígnios.

Procurei recuperar o tempo.

Declarar sem expor.

Medo eu tenho em poucas atitudes.

Por amor.

Seu coração foi misericordioso.

Ele me ampara e entende.

Também me amava silencioso.

Soube perdoar e retornar.

Dizer que tudo o que sofremos foi mentira?

Nunca.

Está gravado nesta terra.

Provo a ele tudo que senti.

Tudo que fomos capazes.

Ele sorri.

Aprecia cada resultado.

Valora o que fiz.

Desde o menor esforço.

Eu o amo.

Breve receberão notícias.

Toda a região.

Cada cidade.

Há nesta terra os sinais.

Nas flores meus mil amores.

Por aquele que tive.

E não perdi.

Contudo. 

Não descre.

Confia.

O amor enaltece.

Não tema-o.

Recebi, infelizmente

Mentirosos e impostores.

Sim.

Nossa distância me foi terrível.

Ele me perdoa.

Eu o perdoo.

E que meu peito saiba oprimir

Minha língua.

Saiba controlar meus atos.

Do perde-lo não aceito

Nem ao menos possibilidade.

Que saiba escutar e entender.

Este coração que longe apenas sofre.

Perto enfraquece…

Passamos pouco tempo juntos

Desta vida.

Resta-nos um futuro juntos.

O futuro pelo qual buscamos

E que iniciei neste chão.

Coração saiba não ser um ingrato.

Meus passos não sejam perdidos.

Ai deste amor se for transgressor,

Me vejo prostrada e de joelhos.

Não.

Posso me contentar com a distância.

Não por medo.

Nem por outra coisa.

Coração desencaminhado.

Saiba dar valor quando ele está perto.

Saiba dizer que o amo.

Eu não posso fugir do que sinto.

Nisto o tempo não é misericordioso.

Nem o que amo.

Não consigo lhe incumbir tormento.

Faze-lo sofrer neste terreiro?

Neste chão de terras pedregosas?

Amor.

Senhor dos mundos.

Guia-me até ele.

Ajude-me a faze-lo ficar.

Tenha fé.

Não se apegue a coisas pequenas….

Eu cansei de sofrer.

Seu Calor

Esta registrado na palma da minha mão.

O calor da sua pele.

Não posso negar a paixão.

Nem que você esteve.

A distância de horas,

Se assemelham a uma grande distância.

Ele não erraria caso me esquecesse.

Eu cometeria meu maior erro.

Perder.

Não te-lo.

Nunca mais ver.

Não estar nem ao menos perto.

É certo eu poderia ter respeitado estímulos,

Ter me esquivado.

Preferido distanciar.

Eu poderia ter simplesmente julgado.

Eu aprendi a julgar bem.

Quando fui julgada sem oferecer prévia,

Testemunhas ou defesas…

Eu olho cada pessoa e imagino.

Olho cada canto e me vejo.

Sinto.

Eu teria escolhido um outro lugar.

Outra pessoa.

Nunca teria obtido chances.

Oferecido regalias.

Nem agora estaria em meus ataques.

Eu não o reconheceria.

Conheceria.

Nada.

Preferi oferecer meu abraço para berço,

Dar-lhe um porto.

Um lugar para ficar.

Permanecer.

Pelo tempo que quisesse.

Ele quis pouco.

Eu disse. Ótimo.

Ele pegou um outro caminho.

Eu apenas me dei continuidade.

Mais fraca e mais forte.

Sozinha e liberta.

Sonhei com as águas de sete céus,

Plantei minha terra.

Ele voltou para pastorear meu rebanho.

Eu disse. São descrentes.

Gente má e gente frívola.

Não estão aptos a entender.

E não sabem o que é limites.

Entram por um sistema eletrônico,

E não sabem sair.

Identificam-se por meio de barulhos.

E só fazem destruir.

Aqui você estará em maus bocados.

Eu na língua do soberano.

Há nisso sinais para quem tem discernimento.

Eu perdi isso a tempos.

Sou louca e desregrada.

Meu corpo dói e a mente não funciona.

Ele disse. Que linda terra!

O que você cria lhe trás retornos.

Eu olho para aquele rosto límpido,

Com uma inocência que desconheço.

E digo. É eu queria pessoas como você.

Que olham pra gente de forma direta.

Não se esquivam.

Pessoas íntegras.

Ele sorri e fica feliz.

Eu digo. Nisso perdi minha integridade.

Ele me olha.

Sim. Não acredito mais nisso.

Nem mesmo acredito em você.

Eu digo as pressas e tormentos.

Ele olha para o lado pensativo.

Não havia falado nada para eu acreditar.

Eram apenas características

E expressões específicas.

Específicas demais.

Quase perfeitas.

Eu quase via crianças correndo dele.

Aliás provenientes dele.

Tipo a partir dele eu vê-lo se infantilizando.

Algo como voltar no tempo.

E eu não queria voltar no tempo.

Reviver tudo que sofri.

Reavivar as perdas e erros.

Ele zombou do rebanho.

Se recusou a crer.

Definiu-se forte e religioso.

Eles disseram. Um combatente.

A guerra foi declarada.

Ele disse. Muito antes.

Eu estava de cabeça baixa.

Em silêncio.

Ele também ouvia-me.

Magia pura.

Eu disse levantando o rosto.

Ele disse.

Coisa boba.

Eu me assombro.

Ele não entende.

Não sofreu o encontro do lugar equidistante.

Deste tempo eu lembro bem.

E a maioria do povo o teve.

Eu tive certeza que ele não.

Então, ele não entendia.

Lembranças não irão faltar.

Mas preferia sua presença.

Abro a janela.

Colho a grama.

Reúno as estrelas.

Espero amanhecer.

Ele retira-se e volta.

Volta sempre.

Eu me sinto feliz.

Meu rebanho é cada vez mais sincero.

E evidente.

Se definem. Perversos.

Um castigo o destruiria.

Castigos são para crianças.

Os transeuntes dizem.

Eles roubaram as infâncias.

É crime!

Eu falo em voz alta.

Eles baixam suas vozes.

Faz-se murmúrios.

Eu desconheço-os.

Ele me mantém a par de suas decisões.

Eu temo por isso.

Ele decidir e buscar coisas.

Coisas que foram sempre escondidas.

Ignoradas e mantidas aos sussurros.

Ele parece pedir que falem alto.

Eu me sinto responsável.

Saí gritando. É crime.

Clamei socorro.

Encerrei com isso.

Ele não parece dar fim.

Nem os sussussuros.

Olhares perdidos.

Eu me perdi também.

Reúno forças e limpo o terreno.

Planto, colho.

O espero.

Enquanto espero amo.

Enquanto amo, amo-o.

Sairá um vitorioso.

Vários.

Eu disse políticas públicas.

Ele disse. Invisto nelas.

As vezes eu peço.

Fale alto.

Preciso te ouvir.

Mas confesso.

O quero mais para mim.

Cansei disso tudo.

Arde os ossos do meu rosto.

A pele queima.

Ardem os ossos e músculos dos meus braços.

Minhas pernas quase se perdem.

Forças quase não as tenho.

Mas amplio a limpeza e plantio.

Fica bonito.

Eu digo. Te amo.

Se vejo as coisas feitas.

Eu gosto.

Me vejo merecedora.

Parece feitiço.

Cordas e cajados se movem.

Pessoas abandonam lugares predeterminados.

Fantasmas emergem.

Não tenha medo.

Eu ouço ele falar.

Choro sem motivo.

Agradeço a comida.

Ele é mais elevado.

Eu a tímida (intimidada).

O que seguro em minha mão direita

É o calor de sua presença.

Te Amo

Olá amor.

Hoje a conversa é outra.

Te amo.

Já fui capaz de fazer mau juízo de você.

Fui totalmente deliberada

A te expor a opiniões públicas.

Saí na rua e falei mal de você.

Falei de suas roupas e modo de falar.

Julguei sua cor e trabalho.

Disse: - mate-o!

Não haveria maior acerto.

Te chamei a prestar contas,

Julguei seus pensamentos e atos.

E sim. 

Fui capaz disso tudo e mais:

Nunca disse isso em sua cara,

Expus meus pensamentos a você

Ou lhe pedi desculpas.

Não lhe ofereci modo algum de defesa.

Ataquei-o cruelmente pelas costas.

Perdão.

Eu senti medo e não soube o que fazer.

Achei você frágil e indefeso.

E preferi atacar você.

Eles invadiram meus pensamentos,

Burlaram minhas atitudes 

E me induziram a lhe fazer juízos.

E eu fiz.

Gritei que o odiava.

Quis bater na sua cara.

Fingi que acreditei em cada coisa (que disseram).

Não.

Nunca sustentei isso na sua frente.

Tudo uma grande mentira.

Por trás eu fingi pra caramba!

Fiz o que pude pra afastar você de todos.

Eu quis lhe manter preso comigo,

Dentro de casa sem ninguém por perto.

Eu quis espantar os vizinhos.

E te-lo apenas.

Aí eu disse: mate-o.

Para um bandido fajuta,

Que eu imaginei que ficaria

A vida toda na cadeia,

Já estava nela.

Apenas porque seria eu quem o defenderia.

Eu fui das falsas,

A mais frívola.

Das baixas,

A mais mesquinha.

Eu o imaginei solitário e indefeso,

E chorei por horas e horas,

Me julguei má,

E decai pra caramba!

Fui para o estágio mais baixo do ser humano,

Me julguei a pior das piores criaturas.

Não me vi humana.

Quis fugir.

Deixar você.

Me afastar pois te fazia mal.

Quis você longe.

Eu me disse:

O que há,

Porquê você não confia neste que ama?

Enquanto minha taça de vinho estava cheia.

Eu disse:

-O amo,

Não sei viver se ele não estiver bem.

Quando minha taça de vinho estava vazia.

Eu recostada no sofá,

Incapaz de me mover

Ou encher outra taça.

Eu quebrei-a no assoalho.

E deixei ali os cacos.

-Eu chorei viu?

Eu estaria ainda chorando

Se pensasse que você não me perdoaria.

Mas estou contando,

Por pensar que agi para protege-lo,

Mas ainda assim, agi errado.

-é coisa de mulher?

Ser inconstante

E não saber demonstrar o que sente?!

Tá certo.

Em minha casa haviam imagens holográficas,

Enviadas por algum sistema eletrônico

O qual ainda não compreendo.

-isso ajuda?

Eu nunca acreditei que você merecesse sofrer.

Mas o sofrimento me afligia.

Parecia que se alimentava de mim,

Muito mais do que eu sentia.

Inspira-te no quanto eu o amo.

E não nesta narrativa fajuta.

Eu nunca serei capaz de explicar.

Apenas preciso confidenciar.

Você é capaz de interpretar sonhos.

Seu coração é piedoso e sábio.

Embora seja apenas eu e você.

Há nisto erros manifestos.

E grandes acertos.

Nós dois juntos…

Se eu pudesse devorar,

Queria devorar os erros,

Sabe?

Eu já quis devorar pessoas.

Quando me feriram e usaram este sistema

Sem eu ter feito nada.

Me encarceram a efeito criminosa.

Ludibriaram minhas atitudes.

E forjaram pensamentos.

Eu quis muito devorar…

A todos.

Cada vez que falavam meu nome,

Mentiam a meu respeito,

Buscavam me controlar, mandar, usar…

(Estuprar).

Não gosto de falar sobre isso muito alto.

Mas fui cruelmente estuprada.

Eles forjam conversas e imagens

Nas minhas redes sociais,

E eu nem sou acometida a conversas,

Expõe sexo e violência em minha cara.

Feriram meus olhos.

Meu corpo.

Eu fugi aí quis fazer você fugir.

Eles pareciam muitos.

E todos tão fortes.

Como eu poderia dizer:

Não escrevi.

Depois quando tive que dizer:

Não fiz.

A defesa se dificultou mais.

Eu apostei na corrida,

E deixei no início da estrada a bagagem,

Eu pensei que você iria precisar de roupa,

Eu tendo apenas você,

Era o bastante.

Sem você estou morta.

Encarcerada em minha propriedade.

Eu nem fui ainda.

E você, achou a mala pronta?

Espero um aguaceiro,

Cuido do chão e tudo que como.

Não posso te confirmar motivações.

Eles nunca apresentaram.

Com você não será diferente.

Caramba,

Para você estar aqui comigo 

Eu olho seu rosto e penso:

“Já te acharam”.

Eu não me sinto bem em te ver estuprado.

Mas violentado…

Como posso protege-lo?

Também te deixei chinelos e sapatos.

Amo

Vejo-me num acerto evidente,

Amar você.

Me estimular por nós.

Buscar as sombras de uma árvore fresca,

Parar o tempo,

Provar tâmaras doces.

Ter seu beijo,

Um tapete gramado sob os pés.

Derramar sobre seus lábios

Água de pêssegos turcos,

Sem ferir sua boca

Ou suas mãos com as cerdas.

Acrescentar uvas do nosso jardim das delícias,

As uvas que plantamos juntos.

Considero ser sua um jogo,

Uma diversão onde me incentivo a esmo.

Céu, que céu?

Não haveria um sem você,

Sem seu abraço a proteger-me,

Seus carinhos para abrigo.

Entrai em nosso paraíso,

Você fez estas árvores - uma a uma.

Cada adubo colocado,

A espécie, o controle de crescimento.

Colhei nossas delícias.

Senta-se comigo nesta terra fresca.

Não.

Não tenho como agir diferente.

Invisto.

Tempo, dinheiro e esforço.

Por nós.

Por este céu mais azul e límpido,

O ar mais puro.

A saúde do seu sorriso.

Há muito neste coração que pulsa,

Ele o chama.

Mesmo em meu silêncio,

Ele é capaz de ser forte e suficiente,

Ele busca por você,

Mesmo que em dia específico pare.

Só você é capaz de me reavivar.

Mesmo eu estando perdida,

Só você pode me encontrar.

Meu coração rejeita agressores.

Sobrevoa acima de densas nuvens,

Vejo mais longe,

Cuido daqui para chegar até você.

Sem abismos,

Sem montes elevados,

Apenas nosso campo vasto,

E querido - flores e frutas frescas.

Sonha comigo,

Quiçá aprecie meu esforço,

Releve os erros,

E valorize estes pequenos sonhos.

Sou para vós aquela que te ama,

Temo castigos de dias terríveis,

Luto por nossa misericórdia,

Lindo é este chão que adoro,

E o melhoro para o homem que amo.

Este que é humano e pequeno,

Eu que sou egoísta, medrosa e lutadora.

Te amo.

Você me ama.

Lembra que não quero sucessores.

Você é único.

Tudo que sinto é verídico.

Isto que me impulsiona a cobra-lo.

Também é.

Há algo de terrível, que fere e é capaz de matar.

Há castigo pior?

Sim, suas existências.

Terra ruim produz plantas inúteis,

Mas pessoas ruins são abrangentes.

Faço seu ar.

Seu chá da manhã,

O frescor para seu descanso,

As frutas para alimentos,

As flores para te animar,

De todo esforço e dor,

Guardo um abraço,

Amparo.

E querido, a verdade.

São aptos e dispostos a matar.

Pessoas ruins que agem as escondidas.

Você acha que esta terra parece envenenada?

Querido, é importante que você analise,

Esteja próximo.

Seja capaz de compreender.

Minhas dores me afastam deste chão,

Reguardo-me para te esperar.

Retorno e tento fazer ficar melhor.

Tenha por nós e este chão boa emoção.

Aceite um tempo abraçado

Sobre está árvore cheia de frutos.

Recosta-se neste galho forte,

Colhe uma fruta,

Fica entre suas folhas.

Me deixa fazer seu retrato.

Amo-te.

Sua Espera

Beleza de grande proporção.

Se resume coração?

Sentimento, carinho afeição?

Bem. Então, beleza também pode-se expressar.

Ou, tentar.

Como conseguir?

Falar do seu sorrir…

Jogo-me em seu olhar,

Não meço atitudes ou palavras.

Me desculpar.

Ou me atiro em cada palavra sua.

Me afundo como em profundo mar,

Sem ondas eufóricas ou perigos,

Apenas me jogo em seus olhos.

Você desmede minhas palavras,

Descontrola-me por dentro,

Quero ser dona de seus pensamentos,

Estar em seu querer.

Menosprezo todo o resto.

Resta-me você.

Por inteiro,

Ou metades.

Quero tê-lo.

Egoísta ou perfeita esperta?

O coração que oprimi se levanta,

Os poentes da terra decaem,

Nem a lua é tão perfeita,

Você está distante.

Abençoado olhar que me estende,

Sonhado carinho que surpreende.

Meu amor cumpre generosa promessa.

Sentir algum dia.

Entregar-se a um homem.

Sonhar.

Querer alguém.

Você me proporciona este querer.

Parabéns, cara inteligente.

Suporto a distância com resignação,

Mas tomada em emoção.

Antes amar que ser fria,

Como sofre esta que só faz correr os dias.

Creio que você não entenda.

Diante de você dias não sabem correr.

Nenhuma que te olhar

Pensaria de outra forma,

Não me atrevo a aceitar mentiras,

Me preencher de discursos habilidosos,

Você é mais que isso.

Edificado o homem que amo.

Me entrego a sua devoção,

Abandono todo ídolo inventado,

Adeus a solidão,

Abandono para aquela que só conheceu o falso,

Vítima de carinhos violentos.

Um amor perfeito.

Sou do amor ignorante,

Mas não poderia ser-lhe ausente.

Amor elevado acima dos mundos,

Escondidos sob sete véus,

Disposto a ser aberto ao seu olhar,

Resistir a sua beleza,

Triste provação que faço a esmero,

Quarenta dias marcados a esperar,

Vê-lo,

Esforçar-me a ganhar seus pensamentos,

Não é muito.

Não é nenhum esforço,

Desejar ser sua.

Doce anjo querido.

Não me verás.

Mas estarei a sua espera.

Fiel de cada olhar.

Presente por toda rua.

Te aguardando em cada lugar.

Serva de palavras.

Sedenta por seu olhar.

Poupa seus esforços de me ignorar.

Liberta para simplesmente estar.

Quarenta dias ou tantos que precisar.

Querido, estarei lá.

Querido

Que Allah me proteja,

Que faça o que seu abraço

Foi capaz,

Mas hoje enfraquece.

Meu senhor, esposo.

Protetor.

Que possa ser maior que isso.

Provenho de um povo que vence.

Superou a tudo.

Preciso de seu amparo que fortalece.

Sim.

Depois de te conhecer

Não sou capaz de seguir sozinha.

Conto com você.

Não importa a miragem

Ou a mentira que espalhem.

Nós dois somos maiores.

Que Allah nos resguarde.

O amor aproximou-se.

Não sou capaz de me esquivar.

Depois de tanto combate.

Posso ser sua.

Me sinto pronta.

Lhe sou suficiente!

Veja a sinal que Allah nos manda!

Ele acredita no que sentimos.

Pois o amor é nosso servo leal.

Nos une e mantém.

Há quanto tempo buscamos isto?!

Pertencermo-nos.

Vivermos o que sentimos.

Me desculpa se não aceito empecilhos.

Ou qualquer coisa que eu não queira.

Este que nós atinge é igual ao outro.

Lembro de passar pela rua.

E minha túnica ser rasgada por trás.

Apedrejada em plena rua.

É assim que se sente uma mulher desnuda.

Exposta.

Não.

Não sou nada a comentários.

Frente a frente com um otário

E ele pensa que é meu dono.

Por quê motivo?

Se minha túnica é revolta,

Nem por isso estou solta,

Exposta a todo vento que leva.

Ora, bem sabes que alguns ares

Não são capazes de levar adiante.

Que castigo me faz

Este que desonra o nome de nossa família,

Acha que sou pessoa para ser mostrada?

Chego a toda castrando.

Se levanto a túnica não é para mostrar

Meu belo par de pernas.

Chego matando.

Entenda,

Não é mal algum proteger-nos.

Minha túnica nunca me foi cárcere.

Não a mantenho revolta para sofrimento.

Não quero mostrar meu corpo.

Expor minha idade e detalhes.

Minha nudez é sua.

Não é para conhecimento público.

Maldito otário.

Retirar minha roupa.

Me expor a maldade medíocre.

Aquele me castigou ao pecado.

Não fecha teus olhos para o ocorrido.

Me aproximei a cumprimentar,

Ele me condena ao martírio?

Não acredite no que fala.

Não passa de um maldito mentiroso.

Pensas que sou lhes pecadora?

Ora, jovem sultão,

Escrava de nossa paixão.

Nunca outra coisa.

Louvado Allah.

Aquele não foi um ser humano.

Procura carrega-lo para distante.

Não consigo estar a par da ideia de ser…

A pessoa largada a sorte,

Exposta a ideias de um qualquer.

O amo.

E não é pouco.

Por arte e extinto.

Por vontade e sentimento.

Você não foi capaz de evitar aquele.

Tudo bem.

O tempo mostra-se complacente.

Você continua belo,

O mais incrível possível.

Eu não.

Me odeio por aquilo.

Me rejeito devido aquele.

Chega o mês de abril.

E não me é nada tranquilo.

Os dias se tornam compridos.

E você o que fez?

Vai traze-lo para nossa casa?

Deita-lo em nosso sofá?

Faze-lo me tocar de novo?

Que maldito homem você é

Ou se torna pouco a pouco?

Estou a beira de rejeita-lo

E nunca soube disfarçar.

O céu azul

Traz doçura ao que digo,

Vem sereno o meio-dia.

Hora do almoço.

Alegra-me o rio que corre

E protege seus peixes.

Querido, quem quer manter

Se avive.

Um afago temperado a traição.

Emboscada maldita!

Terna desonra a minha devoção.

Por quê você permitiu tal coisa?

Por ser mulher devo desconfiar de meus sorrisos?

Por ser bonita preciso me afastar de todo local,

Me acobertar de tantas roupas,

Ótimo.

Colocar-me com todos os adornos,

Pois bem!

Será que devo ter medo de ser carregada?

Devo me munir de todo peso para evitar?

O que houve?

Ser tão pesada a ponto de romper colunas?

Querido, definhar meu corpo?

Não sou capaz.

Seja mais suficiente para afastar o outro!

Há pouco vento!

Posso soltar meu cabelos

Sem temer que seu cheiro traga infortúnios,

Por exemplo…

O excesso de vento ajuda,

Ou atrapalha?

Querido, já não sei do que você é capaz.

Mas por favor, o seja!