quinta-feira, 4 de abril de 2024

Te Amo

Olá amor.
Hoje a conversa é outra.
Te amo.
Já fui capaz de fazer mau juízo de você.
Fui totalmente deliberada
A te expor a opiniões públicas.
Saí na rua e falei mal de você.
Falei de suas roupas e modo de falar.
Julguei sua cor e trabalho.
Disse: - mate-o!
Não haveria maior acerto.

Te chamei a prestar contas,
Julguei seus pensamentos e atos.
E sim. 
Fui capaz disso tudo e mais:
Nunca disse isso em sua cara,
Expus meus pensamentos a você
Ou lhe pedi desculpas.
Não lhe ofereci modo algum de defesa.
Ataquei-o cruelmente pelas costas.

Perdão.
Eu senti medo e não soube o que fazer.
Achei você frágil e indefeso.
E preferi atacar você.
Eles invadiram meus pensamentos,
Burlaram minhas atitudes 
E me induziram a lhe fazer juízos.
E eu fiz.
Gritei que o odiava.
Quis bater na sua cara.
Fingi que acreditei em cada coisa (que disseram).

Não.
Nunca sustentei isso na sua frente.
Tudo uma grande mentira.
Por trás eu fingi pra caramba!
Fiz o que pude pra afastar você de todos.
Eu quis lhe manter preso comigo,
Dentro de casa sem ninguém por perto.
Eu quis espantar os vizinhos.
E te-lo apenas.
Aí eu disse: mate-o.
Para um bandido fajuta,
Que eu imaginei que ficaria
A vida toda na cadeia,
Já estava nela.
Apenas porque seria eu quem o defenderia.

Eu fui das falsas,
A mais frívola.
Das baixas,
A mais mesquinha.
Eu o imaginei solitário e indefeso,
E chorei por horas e horas,
Me julguei má,
E decai pra caramba!
Fui para o estágio mais baixo do ser humano,
Me julguei a pior das piores criaturas.
Não me vi humana.
Quis fugir.
Deixar você.
Me afastar pois te fazia mal.
Quis você longe.

Eu me disse:
O que há,
Porquê você não confia neste que ama?
Enquanto minha taça de vinho estava cheia.

Eu disse:
-O amo,
Não sei viver se ele não estiver bem.
Quando minha taça de vinho estava vazia.

Eu recostada no sofá,
Incapaz de me mover
Ou encher outra taça.

Eu quebrei-a no assoalho.
E deixei ali os cacos.

-Eu chorei viu?
Eu estaria ainda chorando
Se pensasse que você não me perdoaria.
Mas estou contando,
Por pensar que agi para protege-lo,
Mas ainda assim, agi errado.
-é coisa de mulher?
Ser inconstante
E não saber demonstrar o que sente?!

Tá certo.
Em minha casa haviam imagens holográficas,
Enviadas por algum sistema eletrônico
O qual ainda não compreendo.
-isso ajuda?
Eu nunca acreditei que você merecesse sofrer.
Mas o sofrimento me afligia.
Parecia que se alimentava de mim,
Muito mais do que eu sentia.

Inspira-te no quanto eu o amo.
E não nesta narrativa fajuta.
Eu nunca serei capaz de explicar.
Apenas preciso confidenciar.
Você é capaz de interpretar sonhos.
Seu coração é piedoso e sábio.
Embora seja apenas eu e você.
Há nisto erros manifestos.
E grandes acertos.
Nós dois juntos…

Se eu pudesse devorar,
Queria devorar os erros,
Sabe?
Eu já quis devorar pessoas.
Quando me feriram e usaram este sistema
Sem eu ter feito nada.
Me encarceram a efeito criminosa.
Ludibriaram minhas atitudes.
E forjaram pensamentos.
Eu quis muito devorar…
A todos.
Cada vez que falavam meu nome,
Mentiam a meu respeito,
Buscavam me controlar, mandar, usar…
(Estuprar).
Não gosto de falar sobre isso muito alto.
Mas fui cruelmente estuprada.

Eles forjam conversas e imagens
Nas minhas redes sociais,
E eu nem sou acometida a conversas,
Expõe sexo e violência em minha cara.
Feriram meus olhos.
Meu corpo.
Eu fugi aí quis fazer você fugir.
Eles pareciam muitos.
E todos tão fortes.
Como eu poderia dizer:
Não escrevi.
Depois quando tive que dizer:
Não fiz.
A defesa se dificultou mais.

Eu apostei na corrida,
E deixei no início da estrada a bagagem,
Eu pensei que você iria precisar de roupa,
Eu tendo apenas você,
Era o bastante.
Sem você estou morta.
Encarcerada em minha propriedade.
Eu nem fui ainda.
E você, achou a mala pronta?

Espero um aguaceiro,
Cuido do chão e tudo que como.
Não posso te confirmar motivações.
Eles nunca apresentaram.
Com você não será diferente.
Caramba,
Para você estar aqui comigo 
Eu olho seu rosto e penso:
“Já te acharam”.
Eu não me sinto bem em te ver estuprado.
Mas violentado…
Como posso protege-lo?
Também te deixei chinelos e sapatos.

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