Essa suave afeição, filha da paixão,
Trouxe ao meu coração a dor da solidão,
Vieram as lembranças recordar o seu olhar,
O encontraram guardado no fundo da minha alma,
E uma lágrima solitária molhou meu rosto,
Pelo que provei do desejo,
Acho que foi meu abraço quem te chamou para perto,
Reavivando nossos sonhos de amor,
Sinto sua ausência no fundo do coração,
Pela dor da saudade que fere sem emoção,
Como meu coração ainda bate?
Só ele mesmo sabe,
Soluços, gemidos e gritos dilaceram o ar,
Até fazer da tristeza minha rotina,
Quisera eu poder afastar a dor da saudade,
Feito fogo e pólvora que em um beijo se consomem,
Mas minhas palavras levam tanta angústia,
Que melhor seriam serem pronunciadas
Ao vento árido de uma terra deserta,
Onde ouvidos não possam sequer ouvi-las,
Muito menos entendê-las,
Afinal se a dor tocou apenas o meu peito,
Talvez ela não queira ouvir minha voz angustiada,
A contar que ainda a amo,
E que mesmo sua ausência silenciosa
Foi suficiente para me fazer esquecê-la,
Não desejo que minha voz a tome de assalto,
Falando de um amor que nem queira ouvir,
Mas o vazio que sinto em meu abraço,
Só se cura se eu a trouxer de volta para mim,
De repente não é mais a gravidade
Que me segura nesta planeta,
É esta saudade que ainda pulsa forte
Trazendo seu olhar a minha alma,
Olho para o lado e vejo a flor que me deu em meu
aniversário,
Uma flor amarela o sol da natureza,
Limpo a lágrima que caiu dos meus olhos,
E faço um buquê e mando para presenteá-la,
Quem sabe quando as veja saiba que a amo,
Mesmo sem eu precisar dizer nada.
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