sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Solidão

Como é triste a dor que sangra o coração,
Quando restam apenas as lembranças,
A te abraçar ao frio da solidão,
Sufocar na dor da ausência a sua alma,

Escuridão e dor a sangrar sem limites,
Solidão e amor se confundem no horizonte,
Um frio imenso o paralisa,
Mas não, não fala nada,

O medo cega, ensurdece, domina,
Tenta fazer algo mas não consegue,
Até o pensar lúcido o abandona,
Só resta a alma em ruínas a se debater,

As mãos vazias sem ela para abraçar,
Fecham-se e agarram o nada,
Sem sua amada para amar,
Nem sabe o que fazer para trazê-la de volta,

Ventos, nuvens, rajadas, estrelas inúteis,
A ama ainda o que pode fazer?
Desesperado, abandona-se cansado,
Sente-se morrer, não se importa,

Como viver sem ela ao seu lado?
Uma lágrima quente e solitária corre pelo rosto,
Chega ao vazio do coração e o inunda,
A fala emudece na garganta,

Afunda nas lágrimas que sufocam a alma,
Imensa saudade que leva também as lembranças,
Triste vazio onde abandona seus condenados,
A alma, na correnteza deste abismo,

Quem a ressuscitará?
Quem a fará novamente sonhar?
A ama e precisa do seu bem-querer,
Uma luz de esperança o ilumina por dentro,
Mas esta luz não demora a esvanecer,
Falta a chama dos seus olhos.

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